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Macau – chegar a casa do outro lado do mundo

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Categoria: Viagens
Comentários: 1
Macau – chegar a casa do outro lado do mundo

Jorge Álvares, o explorador português que chefiava a armada que chegou a Macau entre 1554 e 1557, cuja estátua se ergue no centro da cidade, jamais imaginaria ter o apoio dos mandarins locais para o seu estabelecimento naquelas paragens e a transformação da península num buliçoso empório comercial entre a China, o Japão e a Europa.

Com ruas assaz movimentadas e barulhentas e templos e jardins onde impera o silêncio (que não traduz, contudo, ociosidade ou momentos de paragem), Macau haveria de ficar para sempre marcada por algo que se entranhou na sua própria alma: a multiculturalidade.

A presença portuguesa mistura-se com a cultura chinesa e o resultado é uma mescla de sabores a todos os níveis: texturas ocidentais com especiarias do Oriente; igualdade entre religiões como o Budismo, o Confucionismo, o Taoísmo, o Catolicismo, o Protestantismo, o Islamismo, a fé Bahá’í e as práticas ancestrais chinesas; preservação de património que inclui fortalezas, palácios, moradias coloniais, igrejas dos séculos xvi a xviii, templos com mais de 800 anos e, inclusive, um centro histórico que a UNESCO decretou Património Mundial.

O Largo do Senado (pavimentado com calçada portuguesa), os Largos de Camões, de S. Domingos e da Sé, as ruínas de S. Paulo, as igrejas de Santo António, de S. Lourenço e de S. Domingos, a Fortaleza do Monte (que ainda ostenta os 22 canhões com que os Portugueses derrotaram a marinha holandesa, disposta a conquistar Macau, a Fortaleza da Guia, com o farol e a capela de Nossa Senhora da Guia, para além do cheirinho a pastéis de nata na rua denotam ainda uma forte presença portuguesa no território. De facto, numa terra que nem sequer é cristã veem-se iluminações de Natal e presépios espalhados por todo o lado, o que designa tolerância, respeito, abertura, visão universal, reconhecimento de pertença assente numa determinada cultura: a portuguesa.

As ilhas, que distam a poucos minutos de autocarro da cidade não são exceção, estando repletas de templos, edifícios históricos, miradouros e restaurantes de cozinha chinesa, macaense, portuguesa e tailandesa. Existe uma vida noturna intensa e os apreciadores de corridas de cavalos estão como “peixes na água”.

Coloane, outrora um esconderijo de piratas prontos a pilhar os navios, transformou-se num espaço campestre perfeitamente apetrechado para a realização de desportos aquáticos, pedestres e outras alternativas de lazer em família.

No Jardim de Lou Lim Ieoc (provavelmente o mais chinês de todos), pratica-se tai-chi, faz-se a dança dos leques e observa-se a ponte de nove curvas e as diversas farras que vão tendo lugar.

Se mal se ouve falar português fora da administração, muitas são as formas de não deixar morrer um povo e uma cultura completamente arreigados na natureza dos macaenses. E todas estas disposições coabitam com exemplar harmonia em Macau, sem admirações nem desconfianças, porque cada um sabe quem é, vive as suas tradições e respeita o ser e os costumes dos outros.


Maria Bijóias

Título: Macau – chegar a casa do outro lado do mundo

Autor: Maria Bijóias (todos os textos)

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Comentários     ( 1 )    recentes

  • SophiaSophia

    14-06-2014 às 06:32:43

    Que povo esplêndido! Macau realmente é um destino de viagem que vale muito a pena!
    Cumprimentos,
    Sophia

    ¬ Responder

Comentários - Macau – chegar a casa do outro lado do mundo

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Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

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Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: Literatura
Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal\"Rua
Gertrude Stein foi uma escritora de peças de teatro, de peças de opera, de ficção, de biografia e de poesia, nascida nos Estados Unidos da América, e escreveu a Autobiografia de Alice B. Toklas, vestindo a pele, e ouvindo pela viva voz da sua companheira de 25 anos de vida, os relatos da historia de ambas, numa escrita acessível, apresentando situações caricatas ou indiscretas de grandes vultos da arte e da escrita da sua época. Alice B. Toklas foi também escritora, apesar de ter vivido sempre um pouco na sombra de Stein. Apesar de ambas terem crescido na Califórnia, apenas se conheceram em Paris, em 1907.


Naquela altura, Gertrude vivia há quatro anos com o seu irmão, o artista Leo Stein, no numero 27 da rue de Fleurus, num apartamento que se tinha transformado num salão de arte, recebendo exposições de arte moderna, e divulgando artistas que viriam a tornar-se muito famosos. Nestes anos iniciais em Paris, Stein estava a escrever o seu mais importante trabalho de início de carreira, Three Lives (1905).


Quando Gertrude e Alice se conheceram, a sua conexão foi imediata, e rapidamente Alice foi viver com Gertrude, tornando-se sua parceira de escrita e de vida. A casa, como se referiu atrás, tornou-se um local de reunião para escritores e artistas da vanguarda da época. Stein ajudou a lançar as carreiras de Matisse, e Picasso, entre outros, e passou a ser uma espécie de teórica de arte, aquela que descrevia os trabalhos destes artistas. No entanto, a maior parte das críticas que Stein recebia, acusavam-na de utilizar uma escrita demasiado densa e difícil, pelo que apenas em 1933, com a publicação da Autobiografia de Alice B. Toklas, é que o trabalho de Gertrude Stein se tornou de facto reconhecido e elogiado.


Alice foi o apoio de Gertrude, foi a dona de casa, a cozinheira, grande cozinheira aliás, vindo mais tarde a publicar algumas das suas receitas, e aquela que redigia e corrigia o que Gertrude lhe ditava. Assim, Toklas fundou uma pequena editora, a Plain Editions, onde publicava o trabalho de Gertrude. Aliás, é reconhecido nesta Autobiografia, que o papel de Gertrude, no casal, era o de marido, escrevendo e discutindo arte com os homens, enquanto Alice se ocupava da casa e da cozinha, e de conversar sobre chapéus e roupas com as mulheres dos artistas que visitavam a casa. Depois da morte de Gertrude, Alice continuou a promover o trabalho da sua companheira, bem como alguns trabalhos seus, de culinária, e um de memórias da vida que ambas partilharam.


Assim, este livro que inspirou o filme “Meia noite em Paris”, de Woody Allen, é um livro a não perder, já nas livrarias em Portugal, pela editora Ponto de Fuga.

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Liliana Félix Leite

Título:Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

Autor:Liliana Félix Leite(todos os textos)

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