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Início > Textos > Categoria > Literatura > literatura - um modo de vida

literatura - um modo de vida

Categoria: Literatura
Visitas: 2
Comentários: 1
literatura - um modo de vida

Assim à primeira vista, ou ao ouvido, literatura soa a algo de eruditos, especialistas, “inteligentes mais do que a conta”, intelectuais (ou “intectualóides”…), enfim, “caixas de óculos”, gente chata e sem interesse para aqueles que não sejam tão apaixonados pelo saber e pela cultura como esses “papa-livros” e, como não costumam ser esquisitos, tudo o que de redacção lhes aparecer à frente. Estes nem nas noites frias de Inverno devem dar descanso aos pobres volumes deixando que eles fechem a capa… E só não os devoram de cima a baixo, porque, pelo menos no Ocidente, a escrita e a respectiva leitura se processam da esquerda para a direita! O pior é se têm algum filho médico que, por defeito profissional, não pode ver apêndices e desata a cortar as últimas páginas dos livros todos…!

As ofertas literárias são cada vez mais amplas e diversificadas, e, hoje em dia, desde que se seja minimamente dotado e se possua uma mensagem a transmitir e dinheiro ou patrocinadores, quase qualquer pessoa tem a possibilidade de publicar escritos seus. Muitos escolhem a poesia para se lançar. Normalmente, esses poemas decorrem de momentos de grande sofrimento ou de uma paixão assolapada e de sentimentos e/ou estratégias associados. Alguns versos são aquilo que se poderia apelidar de heróicos, uma vez que consubstanciam a coragem de alguém em divulgar uma coisa sem pés nem cabeça que resolveu escrever…!

Outros bons escritores, infelizmente, apenas são reconhecidos já após o falecimento, havendo obras póstumas de grande envergadura e conteúdo. Estas não representam livros que o autor escreve depois de morto, como pensam individualidades menos bafejadas pelo poder de reflexão, mas dizem respeito à publicação já fora de vida do autor.

Nos tempos que correm, e em boa parte mercê da má alimentação que se faz, há um número crescente de indivíduos a utilizar a sanita para pôr a leitura em dia. É o chamado dois em um: enquanto fazem força para o “cocózinho” sair, vão-se focando nas notícias desportivas e da actualidade nacional e internacional, ou, dependendo dos gostos, tendências e maturidade, aproveitam para ler umas bandas desenhadas (de alto teor pedagógico, diga-se de passagem). Assim sendo, de há uns anos a esta parte, foram aparecendo umas tampas almofadadas, mais esbeltas e, sem dúvida, confortáveis para o efeito. Tanto a posição como a disponibilidade mental verificada no contexto de um W.C. todinho só para si favorece a leitura atenta e inequívoca das entrelinhas… ou “entredesenhos”…

Maria Bijóias

Título: literatura - um modo de vida

Autor: Maria Bijóias (todos os textos)

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Comentários     ( 1 )    recentes

  • M.L.E.- Soluções de ClimatizaçãoDaniela Vicente

    12-09-2012 às 20:55:00

    para ler não precisa ser grande erudito ao sábio, basta perceber como é mágico um livro. perceber como viajamos sem sair do sofá. perceber como nos apaixonamos sem sair do sofá. só custa as primeiras páginas até captar a história e depois já ninguém nos pára. não interessa onde lemos: no metro, no autocarro, no café, na escola, na casa-de-banho, etc. só interessa ler.

    ¬ Responder

Comentários - literatura - um modo de vida

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Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

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Tema: DVD Filmes
Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.\"Rua
Este texto irá falar sobre o filme Ex_Machina, nele podem e vão ocorrer Spoillers, então se ainda não viram o filme, vejam e voltem depois para lê-lo.

Impressões iniciais:

Ponto para o filme. Já que pela sinopse baixei a expectativa ao imaginar que era apenas mais um filme de robôs com complexo de Pinóquio, mas evidentemente que é muito mais que isso.

Desde as primeiras cenas é possível perceber que o filme tem algo de especial, pois não vemos uma cena de abertura com nenhuma perseguição, explosão ou ação sem propósito, típica em filmes hollywoodianos.
Mais um ponto, pois no geral o filme prende mais nos diálogos cerebrais do que na história em si, e isso é impressionante para o primeiro filme, como diretor, de Alex Garland (também roteirista do filme). O filme se mostrou eficiente em criar um ambiente de suspense, em um enredo, aparentemente sem vilões ou perigos, que prende o espectador.

Entrando um pouco no enredo, não é difícil imaginar que tem alguma coisa errada com Nathan Bateman (Oscar Isaac), que é o criador do android Ava (Alicia Vikander), pois ele vive isolado, está trabalhando num projeto de Inteligência Artificial secreto e quando o personagem orelha, Caleb Smith (Domhnall Gleeson), é introduzido no seu ambiente, o espectador fica esperando que em algum momento ele (Nathan) se mostrará como vilão. No entanto isso ocorre de uma forma bastante interessante no filme, logo chegaremos nela.

Falando um pouco da estética do filme, ponto para ele de novo, pois evita a grande cidade (comum nos filmes de FC) como foco e se concentra mais na casa de Nathan, que fica nas montanhas cercadas de florestas e bastante isolado. Logo de cara já é possível perceber que a estética foi pensada para ser lembrada, e não apenas um detalhe no filme. A pesar do ambiente ser isolado era preciso demonstras que os personagens estão em um mundo modernizado, por isso o cineasta opta por ousar na arquitetura da casa de Nathan.

A casa é nesses moldes novos onde a construção se mistura com o ambiente envolta. Usando artifícios como espelhos, muitas paredes de vidro, estruturas de madeira e rochas, dando a impressão de camuflagem para a mesma, coisa que os ambientalistas julgam favorável à natureza. Por dentro se pode ver de forma realista como podem ser as smart-house, não tenho certeza se o termo existe, mas cabe nesse exemplo. As paredes internas são cobertas com fibra ótica e trocam de cor, um efeito que além de estético ajuda a criar climas de suspense, pois há momentos onde ocorrem quedas de energia, então fica tudo vermelho e trancado.

O papel de Caleb á ajudar Nathan a testar a IA de AVA, mas com o desenrolar da história Nathan revela que o verdadeiro teste está em saber se Ava é capaz de “usar”, ou “se aproveitar” de Caleb, que se demonstra ser uma pessoa boa.

Caleb é o típico nerd introvertido, programador, sem amigos, sem família e sem namorada. Nathan também representa a evolução do nerd. O nerd nos dias de hoje. Por fora o cara é careca, barbudão com uns traços orientais (traços indianos, pois a Índia também fica no Oriente), bebê bastante e ao mesmo tempo malha e mantém uma dieta saudável pra compensar. E por dentro é um gênio da programação que criou, o google, o BlueBook, que é um sistema de busca muito eficiente.

Destaque para um diálogo sobre o BlueBook, onde Nathan fala para Caleb:
“Sabe, meus concorrentes estavam tão obcecados em sugar e ganhar dinheiro por meio de compras e mídia social. Achavam que ferramenta de pesquisa mapeava O QUE as pessoas pensavam. Mas na verdade eles eram um mapa de COMO as pessoas pensavam”.

Impulso. Resposta. Fluido. Imperfeição. Padronização. Caótico.

A questão filosófica vai além disso esbarrando no conceito de “vontade de potência”, de Nietzche, mas sobre isso não irei falar aqui, pois já há textos muito bons por aí.

Tem outra coisa que o filme me lembrou, que eu não sei se é referência ou se foi ocasional, mas o local onde Ava está presa e a forma como ela fica deitada num divã, e questiona se Caleb a observa por detrás das câmeras, lembra o filme “A pele que habito” de Almodóvar, um outro filme excelente que algum dia falarei por aqui.

Talvez seja uma versão “O endoesqueleto de metal e silicone que habito”, ou “O cérebro positrônico azul que habito”, mesmo assim não podia deixar de citar a cena por que é muito interessante.

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Jhon Erik Voese

Título:Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

Autor:Jhon Erik Voese(todos os textos)

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Comentários

  • Suassuna 11-09-2015 às 02:03:47

    Gostei do texto, irei conferir o filme.

    ¬ Responder
  • Jhon Erik VoeseJhon Erik Voese

    15-09-2015 às 15:51:02

    Que bom, obrigado! Espero que goste do filme também!

    ¬ Responder

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