Ponha-se a caminho!
Geralmente, viaja-se para conhecer novas paragens, para alargar conhecimentos e vivências, para enriquecer o nosso espólio cultural e “laurear a pevide” em sítios que nos digam algo de diferente, que nos surpreendam e “fintem” as malhas dos problemas e dificuldades que nos aprisionam.
Se no dia-a-dia se for uma pessoa extremamente organizada, metódica, limpa, arrumada e tão direita que mais parece que se engoliu o pau da vassoura, porque não agarrar um bilhete para a discrepância e tornar-se, por uns dias, num turista de calças de ganga, sapatilhas e máquina fotográfica em punho, esboçando uma expressão de espanto e êxtase com tudo o que se nos depara, num ser desgrenhado e cheio de lama, a escalar montanhas ou a fazer circuitos de bicicleta entrando em todas as poças que se forem encontrando, num atleta de ocasião que corre à procura de sossego, enfim, em alguém tão distinto que nem os mais próximos pudessem reconhecer? Isto sim, seria transportar-se verdadeiramente para outra realidade, o que, no fundo, constitui o objectivo principal de qualquer viagem. Além do mais, há que manter a competência no que toca ao merecido repouso! É um acto de pura sensatez, que se pode traduzir num investimento de grande valia, presente e futura.
Há quem goste de viajar para perto, talvez pela segurança que a semelhança e a cercania aportam, enquanto que as preferências de outros apontam para locais distantes, com costumes opostos, fusos horários inversos e comidas esquisitíssimas. Mesmo dentro do próprio país é possível encontrar ritmos e tradições bastante díspares. Contudo, é certamente no estrangeiro que as divergências mais se fazem notar. E é esta diversidade que atrai tanto os espíritos mais abertos e ávidos de novidades.
Paralelamente, o “currículo” pessoal sai imensamente favorecido. Não é a mesma coisa dizer-se que se esteve na praia vizinha a tomar banhos de sol, que muitas vezes não passam de meros escaldões, e deixar que os recuerdos façam notar uma passagem por Madrid, Paris, Veneza, Nova Iorque, e outros locais de excelência, ou que o tom da pele denuncie uma temporada na República Dominicana ou algo que o valha…
Seja pelos ares, gastronomia, belezas naturais, aventura, clima, arte e história das localidades, ou simplesmente por si mesmo, o importante é pôr os pés (ou as rodas, ou as asas, dependendo de para onde se for) ao caminho!
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Comentários ( 1 ) recentes
- Sophia
15-06-2014 às 01:31:16É realmente existem momentos que devemos nos deixar levar pelo caminho. Muito bom!
¬ Responder
Cumprimentos,
Sophia