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E depois de um aborto

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Categoria: Saúde
E depois de um aborto

Se saber que se está gravida de um filho desejado e esperado é magnífico, passar por um aborto pode ser o cair de um pano de uma peça ansiada onde se sonhava com um final feliz.

A ocorrência de um aborto quando a gravides foi planeada é um turbilhão complicado de gerir e uma dor muito complicada.

Mesmo que o aborto ocorra no início da gravides, há que ter em conta que muitas gravidas vivem a gestação de forma intensa desde o início. A partilha com o Ser que já está na sua barriga, os sonhos, os planos, os desejos de conhecer o seu pequeno bebé são momentos que se vivem todos os dias a todos os instantes pela gravida.

Abortar é um risco que todas as gravidas correm e mesmo com todos os
fatores que a sociedade nos oferece para que a taxa de abortos baixe todos os anos, estes episódios acontecem e sempre acompanhados por sentimentos extremamente complicados.

Em primeiro lugar vem a negação e nos primeiros dias, aceitar a realidade pode ser de uma ansiedade completamente descontrolada. Negar o episódio é o princípio de um doloroso processo.

Dar a notícia aos mais próximos e ter de enfrentar aqueles que já sabiam da gravides mas não sabem do aborto. É viver permanentemente o aborto e ter de “mastiga-lo” à exaustão.

Num segundo passo vem a culpabilidade. A mulher culpabiliza-se sobre o ocorrido. “Se eu tivesse tido aquele cuidado” ou “onde é que eu errei” são apenas algumas perguntas entre as milhares a que não vai encontrar resposta. A culpa pode não ser de ninguém e tem de perceber isso o quanto antes. Uma ajuda do seu médico obstetra é fundamental nesta fase tão depressiva. Faça-lhe todas as perguntas lógicas e permita-se até às mais absurdas.

Encontrar mulheres gravidas, mães a amamentar, pais que passeiam os seus bebés e receber notícias de que uma amiga está gravida podem ser fatores que a façam retroceder num processo de equilíbrio.
Deverá sentir-se apoiada e procure no seu companheiro uma ajuda. Não se esqueça que ele também estará em sofrimento, pelo que a vossa união é fundamental.

Vá ao médico e insista consigo mesmo em pedir ajuda psicológica se achar que não consegue recuperar-se sozinha. Pedir ajuda só vai prepará-la para outros momentos na sua vida e quem sabe até para uma nova gravides daqui a algum tempo.


Carla Horta

Título: E depois de um aborto

Autor: Carla Horta (todos os textos)

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Comentários - E depois de um aborto

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Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

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Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: DVD Filmes
Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.\"Rua
Este texto irá falar sobre o filme Ex_Machina, nele podem e vão ocorrer Spoillers, então se ainda não viram o filme, vejam e voltem depois para lê-lo.

Impressões iniciais:

Ponto para o filme. Já que pela sinopse baixei a expectativa ao imaginar que era apenas mais um filme de robôs com complexo de Pinóquio, mas evidentemente que é muito mais que isso.

Desde as primeiras cenas é possível perceber que o filme tem algo de especial, pois não vemos uma cena de abertura com nenhuma perseguição, explosão ou ação sem propósito, típica em filmes hollywoodianos.
Mais um ponto, pois no geral o filme prende mais nos diálogos cerebrais do que na história em si, e isso é impressionante para o primeiro filme, como diretor, de Alex Garland (também roteirista do filme). O filme se mostrou eficiente em criar um ambiente de suspense, em um enredo, aparentemente sem vilões ou perigos, que prende o espectador.

Entrando um pouco no enredo, não é difícil imaginar que tem alguma coisa errada com Nathan Bateman (Oscar Isaac), que é o criador do android Ava (Alicia Vikander), pois ele vive isolado, está trabalhando num projeto de Inteligência Artificial secreto e quando o personagem orelha, Caleb Smith (Domhnall Gleeson), é introduzido no seu ambiente, o espectador fica esperando que em algum momento ele (Nathan) se mostrará como vilão. No entanto isso ocorre de uma forma bastante interessante no filme, logo chegaremos nela.

Falando um pouco da estética do filme, ponto para ele de novo, pois evita a grande cidade (comum nos filmes de FC) como foco e se concentra mais na casa de Nathan, que fica nas montanhas cercadas de florestas e bastante isolado. Logo de cara já é possível perceber que a estética foi pensada para ser lembrada, e não apenas um detalhe no filme. A pesar do ambiente ser isolado era preciso demonstras que os personagens estão em um mundo modernizado, por isso o cineasta opta por ousar na arquitetura da casa de Nathan.

A casa é nesses moldes novos onde a construção se mistura com o ambiente envolta. Usando artifícios como espelhos, muitas paredes de vidro, estruturas de madeira e rochas, dando a impressão de camuflagem para a mesma, coisa que os ambientalistas julgam favorável à natureza. Por dentro se pode ver de forma realista como podem ser as smart-house, não tenho certeza se o termo existe, mas cabe nesse exemplo. As paredes internas são cobertas com fibra ótica e trocam de cor, um efeito que além de estético ajuda a criar climas de suspense, pois há momentos onde ocorrem quedas de energia, então fica tudo vermelho e trancado.

O papel de Caleb á ajudar Nathan a testar a IA de AVA, mas com o desenrolar da história Nathan revela que o verdadeiro teste está em saber se Ava é capaz de “usar”, ou “se aproveitar” de Caleb, que se demonstra ser uma pessoa boa.

Caleb é o típico nerd introvertido, programador, sem amigos, sem família e sem namorada. Nathan também representa a evolução do nerd. O nerd nos dias de hoje. Por fora o cara é careca, barbudão com uns traços orientais (traços indianos, pois a Índia também fica no Oriente), bebê bastante e ao mesmo tempo malha e mantém uma dieta saudável pra compensar. E por dentro é um gênio da programação que criou, o google, o BlueBook, que é um sistema de busca muito eficiente.

Destaque para um diálogo sobre o BlueBook, onde Nathan fala para Caleb:
“Sabe, meus concorrentes estavam tão obcecados em sugar e ganhar dinheiro por meio de compras e mídia social. Achavam que ferramenta de pesquisa mapeava O QUE as pessoas pensavam. Mas na verdade eles eram um mapa de COMO as pessoas pensavam”.

Impulso. Resposta. Fluido. Imperfeição. Padronização. Caótico.

A questão filosófica vai além disso esbarrando no conceito de “vontade de potência”, de Nietzche, mas sobre isso não irei falar aqui, pois já há textos muito bons por aí.

Tem outra coisa que o filme me lembrou, que eu não sei se é referência ou se foi ocasional, mas o local onde Ava está presa e a forma como ela fica deitada num divã, e questiona se Caleb a observa por detrás das câmeras, lembra o filme “A pele que habito” de Almodóvar, um outro filme excelente que algum dia falarei por aqui.

Talvez seja uma versão “O endoesqueleto de metal e silicone que habito”, ou “O cérebro positrônico azul que habito”, mesmo assim não podia deixar de citar a cena por que é muito interessante.

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Jhon Erik Voese

Título:Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

Autor:Jhon Erik Voese(todos os textos)

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Comentários

  • Suassuna 11-09-2015 às 02:03:47

    Gostei do texto, irei conferir o filme.

    ¬ Responder
  • Jhon Erik VoeseJhon Erik Voese

    15-09-2015 às 15:51:02

    Que bom, obrigado! Espero que goste do filme também!

    ¬ Responder

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