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Consulta de risco familiar de cancro

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Categoria: Saúde
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Consulta de risco familiar de cancro

A consulta de risco familiar existe porque há famílias com agregação de cancros, passíveis de representar doenças hereditárias. Apesar de estas situações não serem muito frequentes, elas devem ser identificadas, porque é possível que se possam instaurar abordagens preventivas nos indivíduos ainda não afetados pelas neoplasias.

No caso dos carcinomas colo-retais e da mama, responsáveis por um número mensurável de mortes anualmente, foi reconhecido, nas últimas décadas, que algumas famílias apresentam um risco aumentado de desenvolvimento destes tumores. A sua identificação permite instituir medidas de prevenção relativamente ao progresso da doença em parentes próximos que se encontrem em risco, assim como ampliar a probabilidade de cura de modo significativo, uma vez que a enfermidade poderá ser detetada em fase pré-sintomática.

Nas últimas décadas, o Cancro do Cólon e Reto (CCR) tem vindo a tornar-se cada vez mais frequente nos países desenvolvidos, em boa parte devido à alimentação errada que aí se verifica. Quando é descoberto num estádio em que o doente patenteia queixas (alteração do funcionamento do intestino, dores abdominais ou perda de sangue nas fezes), a possibilidade de cura com os tratamentos disponíveis acontece apenas em metade dos casos.

O risco de desenvolver a patologia situa-se nos seis por cento para as pessoas que não tenham familiares diretos com CCR (pais, irmãos ou filhos). Estes casos correspondem a cerca de 75 por cento do total e são denominados esporádicos, surgindo sobretudo entre os 70 e os 80 anos de vida. Em aproximadamente 20 por cento dos casos, o cancro é familiar, ou seja, existem parentes próximos que desenvolveram CCR. Os restantes cinco por cento correspondem a formas hereditárias de cancro, nas quais há uma alteração genética responsável pelo CCR, que é transmitida de pais para filhos.

O CCR, ao contrário de outros tumores, exibe uma lesão percursora, o adenoma, que é um pólipo que evolui ao longo do tempo até à malignidade. A sua deteção e respetiva remoção, por colonoscopia, vão evitar o desenvolvimento de CCR. Nas situações em que se identifique já um cancro, este encontra-se, geralmente, numa fase precoce e, portanto, com elevado poder de cura. Assim sendo, a instituição do rastreio de CCR parece ser consensual. É importante esclarecer que o rastreio se aplica apenas na ausência de sintomas. Perante a existência destes, é necessária uma investigação médica, a ser levada a cabo pelo médico de família ou um especialista.

O rastreio pode ser efetuado com pesquisa de sangue oculto nas fezes (PSOF) ou por técnicas endoscópicas (colonoscopia total, colonoscopia esquerda ou sigmoidoscopia flexível). Há estudos a comprovar a eficácia de qualquer um destes métodos, estando as recomendações dependentes do risco avaliado para cada indivíduo.

Especialmente nos casos com risco aumentado (todos os que têm familiares de primeiro grau com CCR), é sempre aconselhada a aplicação de programas baseados na realização de técnicas endoscópicas. A idade de início e a periodicidade de execução destas é decidida após avaliação cuidadosa do risco de desenvolvimento de CCR.

A suspeita ou diagnóstico em famílias com risco elevado (por exemplo, três irmãos com CCR, ou CCR em idade muito jovem) ou síndromes hereditários, implicam uma abordagem muito específica, no que concerne a vigilância intensiva e eventuais estudos genéticos, o que dependerá da avaliação em consulta de risco familiar de CCR.

No que se refere ao cancro da mama, os factores de risco estabelecidos prendem-se com o sexo feminino, a idade, o facto de ter tido previamente cancro da mama, circunstâncias hormonais (idade da primeira menstruação precoce e da menopausa tardia, terapêutica hormonal de substituição), gravidez tardia, obesidade na menopausa, actividade física reduzida e exposição a radiações ionizantes.

Constata-se agregação familiar de dois ou três casos de cancro mama em 30 por cento dos pacientes, mas não há certeza das causas envolvidas. Nas famílias de maior risco podem considerados estudos genéticos que facultem a identificação de alterações. Na verdade, estas são bem capazes de constituir a origem principal dos casos de cancro da mama numa família de alto risco e de outros associados (cancro do ovário e cancro da próstata e da mama no homem, por exemplo).

O diagnóstico de uma alteração genética numa família faculta, posteriormente, identificar quem herdou e quem não herdou o alto risco de cancro e, nos que herdaram (os que deram positivo) tentar diminuir o risco, quer pela detecção precoce (através da mamografia ou da ressonância magnética), quer com cirurgia preventiva, quer ainda pela inclusão em estudos de vigilância ou quimioprevenção. A cirurgia é proposta quando o risco é de 60 a 80 por cento. As mulheres têm comummente entre 36 e 40 anos. A alternativa é fazer vigilância com exames regulares. Remover os ovários reduz em 97 por cento o risco de cancro do ovário e 50 por cento o de cancro da mama. Desfazer-se das mamas representa uma diminuição do risco de 95 a 98 por cento, sendo que consubstancia uma opção radical.

De salientar que uma família identificada como de alto risco, que deve fruir de um seguimento contínuo, tem todas as vantagens em informar acerca de qualquer novidade ocorrida no seu seio, dado que a história familiar é um processo dinâmico susceptível de mudar muito de figura ante certos dados (uma classificação de risco moderado pode transformar-se numa de alto risco). Esta actualização é passível de conduzir a actuações diferentes.

As consultas de risco genético ou familiar devem ter um enfoque multidisciplinar, pois abarcam aspectos médicos, técnicos, psicológicos e ético-legais. Deste modo, o ideal seria que vários profissionais estivessem presentes: oncologista, geneticista, psicólogo e enfermeiro. É fundamental que todos os médicos (mormente os de família, que têm grande afluxo de doentes) conheçam a metodologia destas consultas e saibam que géneros de pacientes devem orientar para elas. Devem ser encaminhados para esta consulta doentes diagnosticados de cancro em idade jovem, pessoas com carcinomas pouco frequentes, enfermos de várias neoplasias diferentes, cancros associados a defeitos congénitos e casos em que existem diversos membros da mesma família com neoplasia idêntica ou associada a uma síndrome conhecida, como a da mama e do ovário.


Maria Bijóias

Título: Consulta de risco familiar de cancro

Autor: Maria Bijóias (todos os textos)

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Imagem por: Lisa Brewster

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Comentários     ( 3 )    recentes

  • Vicente SilvaVicente

    25-07-2014 às 02:24:19

    É muito importante fazer essa consulta de risco familiar de cancro como preservação da própria pessoa e sua saúde.

    ¬ Responder
  • fatima maria paixao correiafatima maria paixao correia

    04-11-2009 às 21:16:34

    gostaria de saber onde posso fazer o teste genético ou uma consulta de risco familiar. vivo na póvoa de varzim distrito do porto. meu pai faleceu com canco de estomago, mãe com cancro de utero, uma avó paterna no esofago. eu tenho problemas com estomago(refluxo e e a bactera hp)obrigada. aguardo noticias

    ¬ Responder
  • VANESSA VIEIRAVANESSA VIEIRA

    25-10-2009 às 11:44:24

    Tenho 32 e sofre de artrite reumatoide desde os 15 anos ja tenho 5 proteses. O problema é que os meus avó paternos morreram com cancro de estomago o meu avõ e a minha avó de intestino.Também ja da mesma familia morreram 3 tias de cancro de mama,outra de estomago e intestino,mas nunca nos disseram se era hereditario.Gostaria de saber mais informaçoes apesar de eu fazer varias vezes exames de rotina ,também tenho 2 nodulos na mama direita mas que não era para me preocupar.

    ¬ Responder

Comentários - Consulta de risco familiar de cancro

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Como fazer disfarces de Carnaval

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Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: Vestuário
Como fazer disfarces de Carnaval\"Rua
O ano começa e depressa chega uma data muito ansiada principalmente pelos mais jovens: o desejado Carnaval!

Esta é uma data que os pequenos adoram e deliram com as fantasias. O problema maior é a despesa que os disfarces representam e no ano seguinte já não usarão o mesmo disfarce ou, no caso dos mais pequenos, já não lhes serve.
O melhor nesta data é mesmo reciclar e aprender a fazer disfarces caseiros utilizando truques mais económicos e materiais reciclados para preparar as fantasias dos pequenitos!

Uma sugestão para os meninos é o traje de pirata que pode facilmente ser criado a partir de peças que tenha em casa. Procure uma camisa de tamanho grande e, de preferência, de cor branca com folhos. Se não tiver uma camisa com estas características facilmente encontrará um modelo destes no guarda-vestidos de alguma familiar, talvez da avó.

Precisará de um colete preto. Na falta do colete pode utilizar um casaco preto que esteja curto, rasgue as mangas pelas costuras dos ombros. As calças devem ser velhas e pretas para poderem ser cortadas na zona das pernas para envelhecer a peça. Coloque um lenço preto ou vermelho na cabeça do menino e, de seguida, com um elástico preto e um pouco de velcro tape um dos olhos.

Para as meninas não faltam ideias originais para fazer disfarces bonitos e especiais para este dia. Uma ideia original é a fantasia de Flinstone. É muito fácil e prática de fazer e fica um disfarce muito bonito. Comece por arranjar um pedaço de tecido branco. Coloque o tecido em volta do corpo como uma toalha de banho e depois amarre num dos braços fazendo uma alça. Depois corte as pontas em ziguezague mantendo um lado mais comprido que o outro. Amarre o cabelo da menina todo no cimo da cabeça, como se estivesse a fazer um rabo-de-cavalo mas alteie-o mais. Com o auxílio de um pente frise o cabelo, pegando nas pontas e passando o pente em sentido contrário até que fique todo despenteado. Numa loja de disfarces compre um osso de plástico e prenda na fita da criança.

Pegue nos materiais, puxe pela imaginação e ponha mãos ao trabalho!

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Comentários

  • Rua DireitaRua Direita

    09-06-2014 às 04:01:21

    Não em carnaval, mas em bailes de fantasia, sempre usei o TNT. Eles são ótimos para trabalhar o corte, para costurar e deixa bem bonito!
    Cumprimentos,
    Sophia

    ¬ Responder

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