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Bilhete de Identidade da Moda

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Categoria: Vestuário
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Comentários: 1
Bilhete de Identidade da Moda

Falar de moda é como falar de tudo o que nos molda e nas formas nas quais nos enquadramos.

À semelhança do oleiro que dá corpo ao barro, até obter a sua obra de arte final, também a moda nos talha, enquanto indivíduos e, numa escala mais alargada, enquanto sociedade, fazendo parte da identidade cultural de cada povo e de cada época.

Desde o vestuário, ao mobiliário, à nossa habitação, ao espaço do nosso trabalho ou de eleição para o nosso lazer, passando pelas formas de comportamento, usualmente equiparadas aos costumes, música ou outras> expressões artísticas, a moda está sempre presente. E se por um lado, nos espelhamos em todas essas manifestações, também são elas que influenciam o nosso modo de estar na vida e com os outros.

Mas o que é afinal a moda? Mais do que uma tendência, assumida como uma atitude ou forma predominante sobre as suas pares, a moda é todo o conjunto de ações harmonizantes, partilhadas por um grupo de pessoas.

A vivência comum proporcionada pela adesão à moda, faz dela uma engrenagem unificadora da sociedade, espelhando a sua cultura, num determinado espaço de tempo. Ela é por si só, mutante, dando origem à transformação, sentida por todos, como a identidade da nossa evolução.

Paralelemente, à unificação gerada pela moda, onde à primeira vista todos somos iguais, desde que enquadrados dentro de determinados moldes por ela ditados, há, no interior do seu próprio conceito, um cariz antagónico.

Face ao desejo de pertença, a raça humana une-se aderindo à Moda. Por outro lado, e respeitando o direito à individualidade é à diferença (essência da identidade de cada um), a Moda cria afluentes que estratificam.

Se verificarmos, na nossa história co-existem numa deteminada época, modas para cada classe social e para cada país ou região desse mesmo país. É o delimitar de um território específico, dentro da comunidade globalizante à qual todos necessitamos de nos sentir membros, em nome da nossa segurança pessoal.

O bilhete de identidade da Moda é como as duas faces de uma mesma moeda. A engrenagem que une a comunidade, gerando a necessidade de distinção em nome da nossa individualidade que, por seu lado se, transforma em moda, graças à necessidade de pertença inerente ao animal social – Mulher/Homem. E deste movimento se constitui a complexa evolução a Humanidade.



Carla Santos

Título: Bilhete de Identidade da Moda

Autor: Carla Santos (todos os textos)

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Comentários     ( 1 )    recentes

  • Rafaela CoronelRafaela

    21-08-2014 às 13:23:19

    Realmente, concordo com você! O jeito como nos vestimos revela quem somos, um pouco sobre nós. Acredito que podemos vestir com decência, com graça é só sabermos ser nós mesmas!

    ¬ Responder

Comentários - Bilhete de Identidade da Moda

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Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

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Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: Literatura
Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal\"Rua
Gertrude Stein foi uma escritora de peças de teatro, de peças de opera, de ficção, de biografia e de poesia, nascida nos Estados Unidos da América, e escreveu a Autobiografia de Alice B. Toklas, vestindo a pele, e ouvindo pela viva voz da sua companheira de 25 anos de vida, os relatos da historia de ambas, numa escrita acessível, apresentando situações caricatas ou indiscretas de grandes vultos da arte e da escrita da sua época. Alice B. Toklas foi também escritora, apesar de ter vivido sempre um pouco na sombra de Stein. Apesar de ambas terem crescido na Califórnia, apenas se conheceram em Paris, em 1907.


Naquela altura, Gertrude vivia há quatro anos com o seu irmão, o artista Leo Stein, no numero 27 da rue de Fleurus, num apartamento que se tinha transformado num salão de arte, recebendo exposições de arte moderna, e divulgando artistas que viriam a tornar-se muito famosos. Nestes anos iniciais em Paris, Stein estava a escrever o seu mais importante trabalho de início de carreira, Three Lives (1905).


Quando Gertrude e Alice se conheceram, a sua conexão foi imediata, e rapidamente Alice foi viver com Gertrude, tornando-se sua parceira de escrita e de vida. A casa, como se referiu atrás, tornou-se um local de reunião para escritores e artistas da vanguarda da época. Stein ajudou a lançar as carreiras de Matisse, e Picasso, entre outros, e passou a ser uma espécie de teórica de arte, aquela que descrevia os trabalhos destes artistas. No entanto, a maior parte das críticas que Stein recebia, acusavam-na de utilizar uma escrita demasiado densa e difícil, pelo que apenas em 1933, com a publicação da Autobiografia de Alice B. Toklas, é que o trabalho de Gertrude Stein se tornou de facto reconhecido e elogiado.


Alice foi o apoio de Gertrude, foi a dona de casa, a cozinheira, grande cozinheira aliás, vindo mais tarde a publicar algumas das suas receitas, e aquela que redigia e corrigia o que Gertrude lhe ditava. Assim, Toklas fundou uma pequena editora, a Plain Editions, onde publicava o trabalho de Gertrude. Aliás, é reconhecido nesta Autobiografia, que o papel de Gertrude, no casal, era o de marido, escrevendo e discutindo arte com os homens, enquanto Alice se ocupava da casa e da cozinha, e de conversar sobre chapéus e roupas com as mulheres dos artistas que visitavam a casa. Depois da morte de Gertrude, Alice continuou a promover o trabalho da sua companheira, bem como alguns trabalhos seus, de culinária, e um de memórias da vida que ambas partilharam.


Assim, este livro que inspirou o filme “Meia noite em Paris”, de Woody Allen, é um livro a não perder, já nas livrarias em Portugal, pela editora Ponto de Fuga.

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Liliana Félix Leite

Título:Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

Autor:Liliana Félix Leite(todos os textos)

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