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Globalização ritma o progresso

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Categoria: Outros
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Globalização ritma o progresso

Tudo ao molho e fé em Deus. Era assim o lema, traduzido em dialecto provençal, do conceito de Aldeia Global de Marshall MacLuhan*, quase equiparada aos tempos da Torre de Babel, onde a comunicação entre os seres era perfeita e o entendimento quase divino. Nos dias de hoje, essa sintonia é mediada por instrumentos tecnológicos que permitem encurtar as distâncias físicas e temporais entre os povos.

A globalização, a par do progresso que evolui em busca do retorno às origens dos tempos, permite a (re)união entre os seres e as suas comunidades, fomentando uma aprendizagem contínua e um enriquecimento mútuo, em atualização quase diária em paralelo com os avanços da tecnologia.

Uma altura em que os países aboliram as suas delimitações físicas, ao desfazerem as suas fronteiras, e permitiram o livre acesso de pessoas e bens. A circulação de diferentes valores, comportamentos, técnicas, produtos e serviços, procedimentos e de modelos de gestão contribui para um enriquecimento individual, um aumento do nível de vida familiar, uma melhoria da vivência comunitária e, numa escala mais alargada, uma evolução mundial.

Um momento cunhado por uma moeda com a coroa da comunhão de um espaço económico e a cara da tolerância entre países linguística e culturalmente diferentes. A bem do entendimento, são inclusivé gerados os ditos incoterms para que as comunidades falem a mesma linguagem ao nível das suas relações comerciais, no que concerne (sobretudo) aos procedimentos inerentes às suas ex e importações.

Um segundo coberto pelos media, cada vez mais em cima do acontecimento real, com a capacidade de transportarem os opostos do globo terrestre para um mesmo tempo de experimentação mediada de acontecimentos históricos, contribuindo para uma partilha, vivida ao ritmo de cada cultura, da construção da Histórica da Terra e arredores.

Estes compassos temporais da globalização, marcam o ritmo das sociedades ocidentais e constroem parte de alguns acordes das orientais, graças em particular à rede internacional de contatos, conhecida por Internet, cada vez mais acessível e personalizável.

Nos tempos atuais, em que se luta pela infoexclusão (tal como há umas décadas se batalhou contra o analfabetismo), preserva-se a identidade de cada parte, promovendo uma participação do indivíduo cada vez mais ativa na construção do seu próprio saber e evolução, a bem da sanidade sócio-cultural do todo.

Assim, a globalização, ao invés de anular a identidade de cada comunidade que nela se “funde”, fomenta o enriquecimento mútuo, resultante do confronto da diferença, respeitando cada identidade cultural, essencial para a sobrevivência da espécie humana num mundo cada vez mais tecnicista e mediado.

*Os interessados em aprofundar este conceito podem consultar um dos principais livros deste autor, intitulado Understanding Media (1964).


Carla Santos

Título: Globalização ritma o progresso

Autor: Carla Santos (todos os textos)

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Comentários - Globalização ritma o progresso

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Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

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Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: DVD Filmes
Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.\"Rua
Este texto irá falar sobre o filme Ex_Machina, nele podem e vão ocorrer Spoillers, então se ainda não viram o filme, vejam e voltem depois para lê-lo.

Impressões iniciais:

Ponto para o filme. Já que pela sinopse baixei a expectativa ao imaginar que era apenas mais um filme de robôs com complexo de Pinóquio, mas evidentemente que é muito mais que isso.

Desde as primeiras cenas é possível perceber que o filme tem algo de especial, pois não vemos uma cena de abertura com nenhuma perseguição, explosão ou ação sem propósito, típica em filmes hollywoodianos.
Mais um ponto, pois no geral o filme prende mais nos diálogos cerebrais do que na história em si, e isso é impressionante para o primeiro filme, como diretor, de Alex Garland (também roteirista do filme). O filme se mostrou eficiente em criar um ambiente de suspense, em um enredo, aparentemente sem vilões ou perigos, que prende o espectador.

Entrando um pouco no enredo, não é difícil imaginar que tem alguma coisa errada com Nathan Bateman (Oscar Isaac), que é o criador do android Ava (Alicia Vikander), pois ele vive isolado, está trabalhando num projeto de Inteligência Artificial secreto e quando o personagem orelha, Caleb Smith (Domhnall Gleeson), é introduzido no seu ambiente, o espectador fica esperando que em algum momento ele (Nathan) se mostrará como vilão. No entanto isso ocorre de uma forma bastante interessante no filme, logo chegaremos nela.

Falando um pouco da estética do filme, ponto para ele de novo, pois evita a grande cidade (comum nos filmes de FC) como foco e se concentra mais na casa de Nathan, que fica nas montanhas cercadas de florestas e bastante isolado. Logo de cara já é possível perceber que a estética foi pensada para ser lembrada, e não apenas um detalhe no filme. A pesar do ambiente ser isolado era preciso demonstras que os personagens estão em um mundo modernizado, por isso o cineasta opta por ousar na arquitetura da casa de Nathan.

A casa é nesses moldes novos onde a construção se mistura com o ambiente envolta. Usando artifícios como espelhos, muitas paredes de vidro, estruturas de madeira e rochas, dando a impressão de camuflagem para a mesma, coisa que os ambientalistas julgam favorável à natureza. Por dentro se pode ver de forma realista como podem ser as smart-house, não tenho certeza se o termo existe, mas cabe nesse exemplo. As paredes internas são cobertas com fibra ótica e trocam de cor, um efeito que além de estético ajuda a criar climas de suspense, pois há momentos onde ocorrem quedas de energia, então fica tudo vermelho e trancado.

O papel de Caleb á ajudar Nathan a testar a IA de AVA, mas com o desenrolar da história Nathan revela que o verdadeiro teste está em saber se Ava é capaz de “usar”, ou “se aproveitar” de Caleb, que se demonstra ser uma pessoa boa.

Caleb é o típico nerd introvertido, programador, sem amigos, sem família e sem namorada. Nathan também representa a evolução do nerd. O nerd nos dias de hoje. Por fora o cara é careca, barbudão com uns traços orientais (traços indianos, pois a Índia também fica no Oriente), bebê bastante e ao mesmo tempo malha e mantém uma dieta saudável pra compensar. E por dentro é um gênio da programação que criou, o google, o BlueBook, que é um sistema de busca muito eficiente.

Destaque para um diálogo sobre o BlueBook, onde Nathan fala para Caleb:
“Sabe, meus concorrentes estavam tão obcecados em sugar e ganhar dinheiro por meio de compras e mídia social. Achavam que ferramenta de pesquisa mapeava O QUE as pessoas pensavam. Mas na verdade eles eram um mapa de COMO as pessoas pensavam”.

Impulso. Resposta. Fluido. Imperfeição. Padronização. Caótico.

A questão filosófica vai além disso esbarrando no conceito de “vontade de potência”, de Nietzche, mas sobre isso não irei falar aqui, pois já há textos muito bons por aí.

Tem outra coisa que o filme me lembrou, que eu não sei se é referência ou se foi ocasional, mas o local onde Ava está presa e a forma como ela fica deitada num divã, e questiona se Caleb a observa por detrás das câmeras, lembra o filme “A pele que habito” de Almodóvar, um outro filme excelente que algum dia falarei por aqui.

Talvez seja uma versão “O endoesqueleto de metal e silicone que habito”, ou “O cérebro positrônico azul que habito”, mesmo assim não podia deixar de citar a cena por que é muito interessante.

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Jhon Erik Voese

Título:Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

Autor:Jhon Erik Voese(todos os textos)

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Comentários

  • Suassuna 11-09-2015 às 02:03:47

    Gostei do texto, irei conferir o filme.

    ¬ Responder
  • Jhon Erik VoeseJhon Erik Voese

    15-09-2015 às 15:51:02

    Que bom, obrigado! Espero que goste do filme também!

    ¬ Responder

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