Bancos revelam posicionamento
Categoria: Empresariais
Comentários: 1
O crédito determina em muito o ritmo cardíaco de cada entidade bancária. O modo como estas empresas lidam e posicionam o crédito no mercado, materializado nos respectivos cartões (por sua vez caracterizados pelas formas de acesso ao mesmo), assume uma imagem-espelho que reflecte a sua sanidade económica. Nesta inclui-se a hierarquia ou posição concorrencial, o tipo de relação que estabelece com os clientes e a imagem que pretende passar.
Básica e linearmente, pode analisar-se quatro situações em relação aos Cartões de Crédito (CC) apresentados (em similar correlação no que toca aos valores mencionados): a) oferta de CC ao cliente com uma taxa de juro baixa; b) o mesmo que o anterior mas com uma taxa de juro alta; c) neste ponto, o cliente paga o CC obtendo uma taxa de juro baixa; d) ou, na situação de c), o consumidor adquire a aplicação de uma taxa de juro alta.
No primeiro caso, o reflexo notado é a necessidade de tornar o CC acessível ao maior número possível de (potenciais) clientes, justificado pela oferta do mesmo. A taxa de juro baixa associada ao uso do cartão demonstra uma tentaiva de combater a concorrência e de ganhar margem de mercado. Há precisão de entrada de capital, “mascarada” pela atenção dada ao cliente, pois é para ele vantajoso adquirir um cartão deste calibre. O lucro é menor per conta mas a longo prazo, compensa o investimento para o Banco.
No caso seguinte, não obstante a manutenção dos votos de angariação de novos clientes e de maior fidelização aos existentes, a empresa procura valorizar o seu produto. O aumento da taxa de juro revela o preço que se paga pelo acesso a determinado cartão. Convém que este esteja o mais adaptado possível ao cliente em causa ou que lhe ofereça vantagens personalizadas de modo a captar, efectivamente, o cliente, reduzindo o risco de que este “fuja” para a concorrência. Outra leitura de posicionamento mostra que a entidade pode estar numa fase de falta de solidez no mercado ou de confiança no cliente, necessitando, por isso mesmo, de recuperar de modo compensatório a oferta apresentada.
Há um ponto comum a ambos estes dois casos. É notória a posição de combate à concorrência e de procura por um lugar (ou – mais no caso b) - de manter o existente) no mercado, com uma margem de confiança no utente variável (à primeira vista, alta em a) e baixa em b)). Há que usar a sabedoria popular que lembra que “quem não confia, não é de confiança” e compensar essa instabilidade com acções que cativem ou representem garantias através por exemplo de vantagens paralelas ao CC e personalizadas ao cliente.
O terceiro caso denota um bom índice de confiança no cliente e uma boa rentabilidade dos produtos (basicamente no lucro a longo prazo), transpirando uma imagem de um posicionamento saudável no mercado com pretensões ao crescimento sustentado. Há um preço a pagar pelo bem que se pretende obter e esse preço inclui a vantagem de usufruir de uma taxa baixa. Esse valor dado ao produto, distingue-o dos pares, insinuando uma estratificação ao nível do próprio cliente que a ele acede. A taxa aplicada é o anzol que atrai o alimento deste mecanismo, sólido, pois o seu lucro será obtido efectivamente a médio/longo prazo.
O último caso é o típico lugar de monopólio ou afirmação posição histórica, em que a solidez dos anos e da experiência atribuem à posição ocupada um cariz confortável, ao ponto de delinear um status implícito aos utilizadores deste CC. Há um preço que é pago pelo produto e pelo usufruto do mesmo. O juro elevado a ser taxado é o título honorário da classe a que se pretende ascender. O uso deste cartão é quase um privilégio para quem o possui, pois não está ao alcande de qualquer bolsa. Este é o típico Gold ou Platinium, com um sabor elitista para o cliente, uma fonte de lucro contínuo e rápido para o banco, que ao mesmo tempo manifesta uma postura de reafirmação da sua posição no mercado.
Se se conseguir reunir estes quatro tipos numa mesma entidade, temos uma empresa que procura abarcar o mercado no seu todo, com diversos níveis de vida e apostando na revitalização. No entanto, e tal como qualquer outro produto, há que analisar bem os segmentos de mercado no qual se inscreve ou pretende entrar e o público-alvo a que se destina ou o já existente, a fim de conceber o que melhor se adequa aos objectivos comerciais da entidade bancária versus (potenciais) clientes.
Básica e linearmente, pode analisar-se quatro situações em relação aos Cartões de Crédito (CC) apresentados (em similar correlação no que toca aos valores mencionados): a) oferta de CC ao cliente com uma taxa de juro baixa; b) o mesmo que o anterior mas com uma taxa de juro alta; c) neste ponto, o cliente paga o CC obtendo uma taxa de juro baixa; d) ou, na situação de c), o consumidor adquire a aplicação de uma taxa de juro alta.
No primeiro caso, o reflexo notado é a necessidade de tornar o CC acessível ao maior número possível de (potenciais) clientes, justificado pela oferta do mesmo. A taxa de juro baixa associada ao uso do cartão demonstra uma tentaiva de combater a concorrência e de ganhar margem de mercado. Há precisão de entrada de capital, “mascarada” pela atenção dada ao cliente, pois é para ele vantajoso adquirir um cartão deste calibre. O lucro é menor per conta mas a longo prazo, compensa o investimento para o Banco.
No caso seguinte, não obstante a manutenção dos votos de angariação de novos clientes e de maior fidelização aos existentes, a empresa procura valorizar o seu produto. O aumento da taxa de juro revela o preço que se paga pelo acesso a determinado cartão. Convém que este esteja o mais adaptado possível ao cliente em causa ou que lhe ofereça vantagens personalizadas de modo a captar, efectivamente, o cliente, reduzindo o risco de que este “fuja” para a concorrência. Outra leitura de posicionamento mostra que a entidade pode estar numa fase de falta de solidez no mercado ou de confiança no cliente, necessitando, por isso mesmo, de recuperar de modo compensatório a oferta apresentada.
Há um ponto comum a ambos estes dois casos. É notória a posição de combate à concorrência e de procura por um lugar (ou – mais no caso b) - de manter o existente) no mercado, com uma margem de confiança no utente variável (à primeira vista, alta em a) e baixa em b)). Há que usar a sabedoria popular que lembra que “quem não confia, não é de confiança” e compensar essa instabilidade com acções que cativem ou representem garantias através por exemplo de vantagens paralelas ao CC e personalizadas ao cliente.
O terceiro caso denota um bom índice de confiança no cliente e uma boa rentabilidade dos produtos (basicamente no lucro a longo prazo), transpirando uma imagem de um posicionamento saudável no mercado com pretensões ao crescimento sustentado. Há um preço a pagar pelo bem que se pretende obter e esse preço inclui a vantagem de usufruir de uma taxa baixa. Esse valor dado ao produto, distingue-o dos pares, insinuando uma estratificação ao nível do próprio cliente que a ele acede. A taxa aplicada é o anzol que atrai o alimento deste mecanismo, sólido, pois o seu lucro será obtido efectivamente a médio/longo prazo.
Se se conseguir reunir estes quatro tipos numa mesma entidade, temos uma empresa que procura abarcar o mercado no seu todo, com diversos níveis de vida e apostando na revitalização. No entanto, e tal como qualquer outro produto, há que analisar bem os segmentos de mercado no qual se inscreve ou pretende entrar e o público-alvo a que se destina ou o já existente, a fim de conceber o que melhor se adequa aos objectivos comerciais da entidade bancária versus (potenciais) clientes.
Também vai gostar:
Deixe o seu comentário
Comentários ( 1 ) recentes
- Vicente
11-07-2014 às 00:53:41Adorei o texto sobre bancos revelam posicionamento. Tiraram muitas dúvidas.
¬ Responder