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Interculturalidade vs Insegurança vs Evolução e Mudança

Categoria: Outros
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Interculturalidade vs Insegurança vs Evolução e Mudança

O nosso país não estava nitidamente adaptado para o fluxo migratório de que foi alvo. Não contesto, obviamente, pela vinda de outros povos, contudo, é nítido para todos, excepto aparentemente para os órgãos de poder na altura, que o nosso país não estava preparado para receber tanta gente, de tanto lado e tão diferente de nós.

Portugal iniciava na época um retrocesso financeiro. O nível de vida decaía; em Portugal, deixava de existir a classe média. A classe rica, prosperava cada vez mais e a classe pobre, ficava cada vez mais pobre… Como é que um país que enfraquecia a olhos vistos; que empobrecia; cujo nível de desemprego aumentava quotidianamente; que tinha problemas nas áreas da justiça, da saúde e da educação; poderia ser um bom porto para os necessitados? Senão conseguíamos suprir, sequer, as necessidades dos que já cá habitavam…

Sem dúvida alguma, que o nosso «jardim à beira-mar plantado», era incomparável ao clima de hostilidade, aos massacres de guerra, às guerrilhas entre tribos inimigas, à exploração do trabalho infantil, às crianças de rua, à prostituição infantil, ao submundo do crime, à fome e à miséria, em que muitos viviam. Incontestavelmente, as fronteiras não podiam ser fechadas a essas pessoas, todos temos direito à vida e a uma vida melhor, mas deveríamos, (no meu modesto ver), ser apenas um veículo de transição, nunca o objectivo final. Se as fábricas fechavam as portas, se as empresas faliam, e se famílias inteiras ficavam sem sustento, e a nossa mão-de-obra não era formada, como poderíamos sobreviver condignamente, à «invasão» dos povos de leste, dos chineses, dos africanos e brasileiros, (entre muitos outros), que trabalhavam mais horas, por menos dinheiro, em piores condições, sem reclamar, e muitas das vezes, sendo mão-de-obra especializada, quando não eram mesmo, pessoas com formação superior !?

E o chão, fugiu-nos debaixo dos pés… Afinal, só no nosso país se transita de ano sem conhecimentos, mas tendo que passar devido à idade, e em simultâneo, se «cortam as pernas» a jovens que tiveram o azar de não ter média para entrar na universidade. Dum momento para o outro, exige-se um conhecimento vasto nas mesmas pessoas a quem nunca nada foi exigido, e sim, tudo demasiado facilitado… Temos doutorados que não sabem escrever correctamente, temos pessoas que dariam excelentes profissionais mas que tiveram a pouca sorte de não terem nascido em berço de oiro, temos médicos que tiveram grandes notas, mas a quem por vezes falta a humanidade. Os nossos alunos acabam por procurar intercâmbios, vão viver para uma terra onde não conhecem ninguém, a fim de conseguirem ser alguém na vida. O mesmo país que abre portas a outros fecha as portas aos nossos…

Para simplificar a vida aos emigrantes, corrigiu-se o prontuário ortográfico e criaram-se novas regras. E nós portugueses, dum dia para o outro, deixámos de saber escrever. Não teria sido mais fácil, ensinar-lhes que por vezes, o C antes do T é o suficiente para que a palavra seja outra completamente diferente?

Com o clima de instabilidade e de adaptação forçada, redobraram os roubos às propriedades privadas, os assaltos à mão armada, o clima de desconfiança, o consumo de drogas, etc. Eram demasiadas pessoas num país tão pequeno.

Longe das famílias, muitos desconfiavam da boa vontade, pois de onde vinham, reinavam o terror, os gangs, os guerrilheiros, a fome, a atrocidade, e muita, muita maldade humana. E não encontraram a paz tão almejada! O «cantinho do céu, não era bem o que esperavam e não era nada do que lhes tinham contado… Uma vez mais, tinham caído no conto do vigário !!
Se calhar, ao lerem isto, ficam a pensar que sou contra a emigração. Não é de todo, o caso!

Inclusive, acredito que muitos dos que vieram realmente a fim de melhorar de vida, de constituir família, acabaram prejudicados na escolha. Foram julgados como um todo, o povo português acolheu-os com uma certa desconfiança e acabaram por ter que desempenhar funções muito aquém das suas capacidades e dos seus conhecimentos, assim como também tiveram que partilhar um espaço exíguo, até terem finalmente, juntado dinheiro para alugar uma casa só sua, ou trazerem a família para junto de si. Quantos não foram enganados e não acabaram por dormir em barracões, sem quaisquer condições de higiene e humanitárias, sufocando com o calor ou gemendo com o frio, enquanto o estômago dava voltas, sem nada para comerem?
Acredito que hoje estamos mais preparados. Primeiro porque já aceitamos a diferença e segundo porque alguns demonstraram que «não há regra sem senão»… Em todo o lado, existem pessoas dignas, pessoas do bem, seres iluminados, que merecem melhorar de vida, principalmente, porque nunca baixam os braços e jamais maltratam alguém.

É pena, no entanto, que haja uma certa segregação. Podíamos aprender muito com quem sabe mais do que nós, com quem tem outros interesses e outros conhecimentos e todos poderíamos lucrar muito com essa interculturalidade. Trocando tradições, contando histórias, partilhando conhecimentos, as pessoas acabam por criar novos interesses comuns e enriquecem enquanto seres humanos. Porque não estreitar os laços que nos unem? Afinal, se temos que partilhar um espaço tão limitado quanto o é o nosso país, ao menos que o aproveitemos bem…


Susana Farias

Título: Interculturalidade vs Insegurança vs Evolução e Mudança

Autor: Susana Farias (todos os textos)

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Comentários - Interculturalidade vs Insegurança vs Evolução e Mudança

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Como fazer disfarces de Carnaval

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Tema: Vestuário
Como fazer disfarces de Carnaval\"Rua
O ano começa e depressa chega uma data muito ansiada principalmente pelos mais jovens: o desejado Carnaval!

Esta é uma data que os pequenos adoram e deliram com as fantasias. O problema maior é a despesa que os disfarces representam e no ano seguinte já não usarão o mesmo disfarce ou, no caso dos mais pequenos, já não lhes serve.
O melhor nesta data é mesmo reciclar e aprender a fazer disfarces caseiros utilizando truques mais económicos e materiais reciclados para preparar as fantasias dos pequenitos!

Uma sugestão para os meninos é o traje de pirata que pode facilmente ser criado a partir de peças que tenha em casa. Procure uma camisa de tamanho grande e, de preferência, de cor branca com folhos. Se não tiver uma camisa com estas características facilmente encontrará um modelo destes no guarda-vestidos de alguma familiar, talvez da avó.

Precisará de um colete preto. Na falta do colete pode utilizar um casaco preto que esteja curto, rasgue as mangas pelas costuras dos ombros. As calças devem ser velhas e pretas para poderem ser cortadas na zona das pernas para envelhecer a peça. Coloque um lenço preto ou vermelho na cabeça do menino e, de seguida, com um elástico preto e um pouco de velcro tape um dos olhos.

Para as meninas não faltam ideias originais para fazer disfarces bonitos e especiais para este dia. Uma ideia original é a fantasia de Flinstone. É muito fácil e prática de fazer e fica um disfarce muito bonito. Comece por arranjar um pedaço de tecido branco. Coloque o tecido em volta do corpo como uma toalha de banho e depois amarre num dos braços fazendo uma alça. Depois corte as pontas em ziguezague mantendo um lado mais comprido que o outro. Amarre o cabelo da menina todo no cimo da cabeça, como se estivesse a fazer um rabo-de-cavalo mas alteie-o mais. Com o auxílio de um pente frise o cabelo, pegando nas pontas e passando o pente em sentido contrário até que fique todo despenteado. Numa loja de disfarces compre um osso de plástico e prenda na fita da criança.

Pegue nos materiais, puxe pela imaginação e ponha mãos ao trabalho!

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Título:Como fazer disfarces de Carnaval

Autor:Rua Direita(todos os textos)

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Comentários

  • Rua DireitaRua Direita

    09-06-2014 às 04:01:21

    Não em carnaval, mas em bailes de fantasia, sempre usei o TNT. Eles são ótimos para trabalhar o corte, para costurar e deixa bem bonito!
    Cumprimentos,
    Sophia

    ¬ Responder

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