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LITERATURA AFRICANA: AS VÁRIAS CORES DE UMA CULTURA

Categoria: Literatura
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LITERATURA AFRICANA: AS VÁRIAS CORES DE UMA CULTURA

Literatura Africana, na UFRPE, com a professora Patrícia Soares, foi uma ótima experiência, pois nos deparamos com escritores de língua africana, literatura diferente daquela com a qual estamos acostumados a ler no Brasil, como Drummond e Manuel Bandeira, na poesia, Guimarães Rosa, Graciliano Ramos, e outros, na prosa.

A cadeira não se deteve só na obra em si, mas também estudamos a vida desses escritores africanos, que não só lutavam pela independência de suas terras nas letras, mas muitos deles também tomaram parte em movimentos como o do MPLA, e tantos outros; mesmo durante a ditadura, de Franco, em Portugal,que dominava essas nações africanas de língua portuguesa, eles não pararam de lutar e promover a cultura de seus países, que deveriam também ser vistos com tendo sua própria cultura, que por sinal é muito rica. Ainda bem que estamos tendo essa oportunidade de conhecer os escritores africanos, que foram influenciados pelos escritores brasileiros, como Guimarães Rosa e Graciliano Ramos, como também José Lins do Rego, que denunciaram os sofrimentos de uma minoria sofredora, como na África até hoje existe, e que muitos dos escritores desse continente fizeram também.

O conteúdo programático teve em vista estudar conhecer introdutoriamente os principais autores e obras literárias da África lusófona, e compor uma opinião crítica desse ambiente, e fazer diferença entre a literatura colonial e a africana, a começar por Cabo Verde, e a Revista Claridade; de Angola: Movimento dos Novos intelectuais de Angola, que tinha nomes como Luandino Vieira, Agostinho Neto, entre outros;Moçambique: José Craveirinha, Mia Couto, entre tantos; São Tomé e Príncipe: Francisco José Tenreiro; Guiné-Bissau:Amílcar Cabral. Este tomou partes em movimentos como o MUD, CEI, PAI-GC. Infelizmente foi assassinado.

O conteúdo, mesmo devido ao pouco tempo, foi visto de uma forma proveitosa. A professora Patrícia ensina como quem tem uma música dentro de si, e as aulas correram leves como um olhar alegre. A aulas detinham-se, como falado acima, sobre a obra, a vida e a cultura da nação, como a de Cabo verde, que tem boa parte de seus moradores trabalhando fora do país por falta de oportunidade, pela economia escassa. Falou-se, na classe, sobre o que a mídia mostra da África: apenas um continente miserável, de gente pobre e ignorante, mas vimos que nesse continente também há pensadores, a África também pensa, não é uma terra inóspita, sem prazer, sem cultura; essa cultura deve ser vista, buscada, pois mesmo longe dos brasileiros,essa cultura está entrelaçada neles, mesmo que espiritualmente, transpondo o espaço e o tempo, a África está em nós, vive em nós, com sua cultura, com seu passado, e com suas dores. A mídia tenta imiscuir em nossas mentes que não há cultura nos países da África; é engano, pois há uma cultura grande e intensa, basta ver os poetas e prosadores dessa terra abençoada, mas maltratada por uma política que tentou e tenta congelar sua cultura; mas a cultura é livre, é lutadora, a cultura é um furacão indomável, que se não pode ficar pura, se livra se mesclando com outras. Basta tirar a venda dos olhos e ver a vastidão de informação para ser absorvida e vivida.

Infelizmente, foi preciso uma lei ser promulgada, a lei federal 10.639, de 2003, que obriga as instituições no Brasil a estudar a cultura africana, principalmente os países de língua portuguesa. Digo infelizmente, porque poderia ser feito isso sem precisar de uma lei, se houvesse mais respeito pelas nossas origens. No livro de Cereja e Magalhães (vol I, 2005), já existe uma pequena antologia de poetas africanos, e prosadores, como também há pesquisadores como Maria Aparecida, Benjamim Abdala, Tânia Macedo, Rita Chaves, Laura Padilha, entre outros, que estão lutando para que a cultura africana seja vista de uma forma mais clara e estudada, fazendo comparações com a nossa, e interagindo com nossa literatura.

É dessa forma que devemos ver a África, como um continente de grande pensadores, de escritores de qualidade, e que deverão ser estudados como os nossos.

Foram lido alguns poetas africanos nas aulas, foi estudado a cultura tão vasta e atraente. Estudamos a literatura, mas ela faz diálogo com a pintura, com a música, e outras artes.

Estudei por dois motivos: pela curiosidade, e porque todos diziam que era muito boa a cadeira. Como não conhecia os escritores da África, era uma boa oportunidade, algo de que não me arrependo. Aproveito o caminho mostrado e estou procurando conhecer mais sobre eles. Alguns disseram que vão fazer mestrado nela, na Literatura Africana, o que me parece muito bom, já que é algo que está sendo estudado agora nas universidades, e os professores são poucos.

Afirmo que essa cadeira me enriqueceu e me fez ver mais além, ao invés de estudar somente um autor, como Mia Couto, nosso olhar foi ampliado. Em um artigo da Revista Escola, sobre a Literatura Africana, são citados vários deles, e alguns opinadores reclamaram de só haver escritores africanos brancos, na relação da revista, o que foi considerado uma incoerência, segundo esses leitores. A revista, por sua vez, disse que iria rever isso. Ainda precisamos crescer nesse conhecimento da cultura africana, e procurar deixar o preconceito de lado, e ficar consciente que inteligência não é uma tatuagem na pele dos brancos, mas que ela se alastra na pele de todos os seres humanos, e é isso que nos faz ser diferentes dos animais, entre outros requisitos inerentes à natureza humana, tão frágil, tão forte, tão pó, mas que pode enriquecer os seus semelhantes, e crescer com eles, misturando-se todo o tempo, e o tempo todo.


Jota Leonardo

Título: LITERATURA AFRICANA: AS VÁRIAS CORES DE UMA CULTURA

Autor: Jota Leonardo (todos os textos)

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Comentários - LITERATURA AFRICANA: AS VÁRIAS CORES DE UMA CULTURA

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Superstições Náuticas

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Tema: Barcos
Superstições Náuticas\"Rua
Todos temos as nossas manias e superstições. Não que se trate de comportamentos compulsivos, mas a realidade é que mesmo para quem diz que não liga nenhuma a estas coisas, as superstições acompanham-nos.

Passar por baixo de uma escada, deixar a tesoura, uma porta de um armário ou uma gaveta aberta ou até deixar os sapatos em posição oposta ao correcto, são das superstições mais comuns. As Sextas-feiras 13 também criam alguma confusão a muita gente, mas muitos são os que já festejam e brincam com a data.

Somos assim mesmo, supersticiosos, uns mais do que outros, mas é uma essência que carregamos, mesmo que de forma inconsciente.

Existem no entanto profissões que carregam mitos mais assustadores do que outros, e por exemplos muitos actores não entram em palco sem mandar um “miminho” uns aos outros.

Caso de superstição de marinheiro é dos mais sérios e se julga que se trata só de casos vistos em filmes de piratas, desengane-se. Os marinheiros dos dias de hoje carregam superstições tão carregadas de emoção quanto os de outros tempos.

Umas mais caricatas do que outras, as superstições contam histórias e truques. Por exemplo, contra tempestades, muitos marinheiros colam uma moeda no mastro dos navios.

Tal como fazem os actores, desejar boa sorte a um marinheiro antes de embarcar, também não é boa ideia. Os miminhos dados antes de entrar em palco também servem para o efeito.

Dar um novo nome a um barco é uma péssima ideia para um marinheiro. Dizem que muitos há que não navegam em barcos rebaptizados.

Lembra-se que os piratas de outros tempos utilizavam brincos? Pois isto faz parte de uma superstição. Dizem que os brincos evitam que se afoguem.

Entrar com um pé direito na embarcação é sinal de bons ventos. Tal como acontece com muitos de nós, os marinheiros também não gostam de entrar de pé esquerdo.

Já desde remotos tempos se dia que assobiar traz tempestades. Ora aqui está um mote dos marinheiros, pelo que se assobiar numa embarcação, arrisca-se a ter chatices com o marinheiro.

Verdades ou mentiras, as superstições existem e se manter os seus próprios mitos acalma um marinheiro, então que assim seja. Venham as superstições náuticas que cá estamos para as ouvir.

Já agora uma curiosidade ainda maior. Dizem que se tocar a gola de um marinheiro passará a ter sorte. Será verdade ou foi um marinheiro que inventou?

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Carla Horta

Título:Superstições Náuticas

Autor:Carla Horta(todos os textos)

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Comentários

  • Rua DireitaRua Direita

    17-06-2014 às 06:39:27

    Não acredito em superstições de forma alguma.
    Cumprimentos,
    Sophia

    ¬ Responder

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