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Coração - Henrique e as crianças bondosas

Categoria: Literatura
Coração - Henrique e as crianças bondosas

Henrique é uma criança que escreve um diário. «Coração» é precisamente o compêndio dessas histórias recheadas de ternura e comoção vividas na primeira pessoa, principiando com a narração do primeiro dia de aulas. Este dia evoca, para Henrique, uma série de reencontros e o retorno a um quotidiano rotineiro, mas também as saudades das recém terminadas férias.

Este romance do italiano Edmundo de Amicis (1846-1908) versa episódios que aludem ao dia-a-dia de Henrique no decorrer do ano lectivo. O relato dos acontecimentos por parte de um miúdo cuja visão está carregada de inocência, de bondade e de toda a normal panóplia de virtudes da infância apresenta-se comovedor, mormente pela paixão e detalhe na descrição destas virtudes.

De cariz reconhecidamente moralizador, o autor deixa transparecer esta sua tendência através da criação de uma ambiência repleta de virtuosidade, num mundo de seres que buscam a perfeição e para ela trabalham afincadamente, no sentido de se tornarem irrepreensíveis.

Trata-se de uma sucessão de ocorrências, divididas consoante os meses do ano, que, apesar de estarem enleadas do ponto de vista cronológico, gozam de independência entre si. O registo de escrita, todavia, é comum a todas elas: um estilo familiar e simultaneamente coloquial, ao alcance, inclusive, de leitores de palmo e meio. Leitores cujas alegrias e tristezas, venturas e desventuras pessoais e familiares não serão, com certeza, muito divergentes das vividas pelas personagens.

As “viagens” por características como a bondade, a compaixão pelo próximo, o amor pela pátria e o orgulho nacional cabem, igualmente, numa linguagem com nota dominante para a ingenuidade. Naturalmente que Edmundo de Amicis faz reflectir nestas passagens a sua própria experiência de vida, identificando-se com inúmeros aspectos daquilo que escreve. Por exemplo, o facto de ter sido oficial da Escola Militar de Modena e de ter participado em diversas batalhas estará na origem do seu respeito pelas hierarquias (note-se que nesta obra as figuras de autoridade – pai e professores – são colocadas e mantidas num patamar superior) e pelo constante salientar da importância do espírito de união e de uma verdadeira fraternidade.

A preocupação do autor em construir um legado de formação que eduque a mente e o coração dos jovens (mas também dos adultos!) com ensinamentos, valores e sentimentos já quase desconhecidos está bastante patente nesta publicação da colecção «Livros que nos ajudam a crescer», editada pelo jornal «Público». O que mais emociona neste livro é a maneira como Edmundo de Amicis lida com um determinado género de escrituras deixadas em forma de carta pelo seu pai, a sua mãe, a sua irmã e os seus professores, que, de um modo ou de outro, lhe ensinam valores éticos, morais e sociais. É uma óptima leitura para quem pretenda tornar estes valores (para si próprio ou para um educando) menos abstractos…!


Maria Bijóias

Título: Coração - Henrique e as crianças bondosas

Autor: Maria Bijóias (todos os textos)

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Comentários - Coração - Henrique e as crianças bondosas

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Fine and Mellow

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Tema: Música
Fine and Mellow\"Rua
"O amor é como uma torneira
Que você abre e fecha
Às vezes quando você pensa que ela está aberta, querido
Ela se fechou e se foi"
(Fine and Melow by Billie Holiday)

Ao assistir a Bio de Billie Holiday, ocorreu-me a questão Bluesingers x feminismo, pois quem ouve Blues, especialmente as mais antigas, as damas dos anos 10, 20, 30, 40, 50, há de pensar que eram mulheres submissas ao machismo e maldade de seus homens. Mas, as cantoras de Blues, eram mulheres extremamente independentes; embora cantassem seus problemas, elas não eram submissas a ponto de serem ultrajadas, espancadas... Eram submissas, sim, ao amor, ao bom trato... Essas mulheres, durante muito tempo, tiveram de se virar sozinhas e sempre que era necessário, ficavam sós ou mudavam de parceiros ou assumiam sua bissexualidade ou homossexualidade efetiva. Estas senhoras, muitas trabalharam como prostitutas, eram viciadas em drogas ou viviam boa parte entregues ao álcool, merecem todo nosso respeito. Além de serem precursoras do feminismo, pois romperam barreiras em tempos bem difíceis, amargavam sua solidão motivadas pelo preconceito em relação a cor de sua pele, como aconteceu a Lady Day quê, quando tocava com Artie Shaw, teve que esperar muitas vezes dentro do ônibus, enquanto uma cantora branca cantava os arranjos que haviam sido feitos especialmente para ela, Bilie Holiday. Foram humilhadas, mas, nunca servis; lutaram com garra e competência, eram mulheres de fibra e cheias de muito amor. Ouvir Billie cantar Strange Fruit, uma das primeiras canções de protestos, sem medo, apenas com dor na alma, é demais para quem tem sentimentos. O brilho nos olhos de Billie, fosse quando cantava sobre dor de amor ou sobre dor da dor, é insubstituível. Viva elas, nossas Divas do Blues, viva Billie Holiday, aquela que quando canta parte o coração da gente; linda, magnifica, incomparável, Lady Day.

O amor vai fazer você beber e cair
Vai fazer você ficar a noite toda se repetindo

O amor vai fazer você fazer coisas
Que você sabe que são erradas

Mas, se você me tratar bem, querido
Eu estarei em casa todos os dias

Mas, se você continuar a ser tão mau pra mim, querido
Eu sei que você vai acabar comigo

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Sayonara Melo

Título:Fine and Mellow

Autor:Sayonara Melo(todos os textos)

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