Alice Vieira e a Literatura Infantil
Com uma escrita doce, também ela nos faz viajar, mas conforta-nos como poucos autores de livros juvenis. A cada palavra, devora-se e quando se cresce aconselha-se.
Se de textos aventureiros são os livros para as pequenas idades, Alice Vieira oferece-nos também aventuras mas de uma forma tão real que qualquer criança se identifica com os seus personagens. Lembro-me em particular de um livro, o primeiro de todos os que já li – “Viagem à Roda do Meu Nome”. Esta história conta-nos a aventura de um menino que não gostava do seu nome e decide mudá-lo. Uma forma de fazer as crianças perceberem o quanto é natural quererem mudar, mas quais as consequências que daí possam advir.
E se ao me lembrar desta história me é impossível não sorrir, o mesmo me acontece com – “A Espada do Rei Afonso”! Ora se no livro anterior a autora nos ajuda a descobrir a nós mesmos e á nossa identidade, com “A Espada do Rei Afonso”, partimos para uma aventura imediata quando três irmãos viajam no tempo e conhecem o primeiro rei de Portugal – D. Afonso Henriques. Logo de seguida e em jeito de sequela, deparamo-nos com “Este Rei Que Eu Escolhi”. Em jeito de ensinar a História de Portugal com muita aventura e brincadeira, desta vez, os três irmãos vão escolher o Mestre de Avis, entrando na Segunda Dinastia.
Nascida em Lisboa, em 1943, Alice Vieira é Licenciada em Germânicas pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Passando por jornais, dedica maior parte da sua vida a literatura infantil. Constantemente solicitada para conferências em escolas e centros culturais por todo o país. Vencedora de vários prémios, é reconhecida em Portugal e no estrangeiro pelas obras com que nos brinda.
Se tem filhos, ofereça-lhe um livro, mas não um qualquer. Deixe-o viajar nas aventuras de Alice Vieira. Aventuras que nos mimam, fazem sonhar, e acredite, quando o seu filho crescer, vai desfolhar as folhas amarelas e vai com toda a certeza sorrir. É sempre bom recordar um amigo destes.
Comentários ( 12 ) recentes
- renato
17-12-2014 às 12:40:38muito fixe
¬ Responder - Sophia
09-05-2014 às 18:08:02Adorei saber sobre a vida de Alice Vieira. Particularmente, adoro literatura infantil.
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Cumprimentos,
Sophia - André Belacorça
10-10-2012 às 01:51:26uma grande escritora, e grande mulher, muito conhecida, muita gente ouve o nome "Alice Vieira" e vem logo à cabeça de quem se trata, uma mulher populosa, e que faz bons livros, para quem gosta de ler.
¬ Responder - Ana Sebastião
20-09-2012 às 14:50:42Conheci Alice Vieira numa ocasião em que a autora visitou a escola que eu frequentava na altura, decorria o ano 1985 ou 1986, não sei ao certo, o que sei, foi que é uma senhora encantadora, ainda hoje, que falava com tal entusiasmo das suas histórias que me encantou, antes mesmo de poder ler um dos seus livros. "Desgraças na Corte de El Rei Tadinho" foi definitivamente o que mais me encantou na altura, ainda que reconheça o mérito e a graça a qualquer um dos outros.
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Lembro-me de observações que fez, como o facto de procurar nomes para as personagens menos simpáticas, que não fossem vulgares nas crianças, para que estas não ficassem chocadas ao ler o seu nome numa personagem desagradável.
Também me recordo que Alice Vieira afirmou a uma “assembleia” atenta que enquanto criança, não tinha outras crianças para brincar, então brincava ao espelho inventando desde cedo histórias com ela e a outra personagem, que não passava da sua própria figura reflectida no espelho.
Sem qualquer sombra de dúvida, considero Alice Vieira uma grande mulher, e uma super escritora, naturalmente que tal como citou não tem hoje o relevo que a publicidade dá a histórias como “Uma Aventura”, naturalmente que teve relevo no seu tempo, mas hoje as suas histórias continuam por aí, e são uma referência para pessoas como nós que tivemos o privilégio de as ler e reler, porque a variedade não era em demasia na época, e lembro-me que li muitos livros que requisitava na biblioteca da escola, já que comprar nessa época era algo irreal.
Cumpre-me o dever de deixar aqui um muito obrigada à Carla Horta que nos trouxe uma recordação excelente, e a mim em particular me levou a embrenhar novamente no fantástico mundo dos sonhos, mundo esse que foi muito bem recreado por Alice Vieira nas suas diversas obras também aqui citadas.
Era um mundo fantástico e de sonho mas que ao mesmo tempo era real e próximo. A autora importava-se em explorar assuntos que para os mais novos seriam problemas, e desmistificava essas dificuldades de uma forma tão clara que se tornavam quase um manual de vida para cada criança.
Fantástico. Gostei muito. - Daniela Vicente
10-09-2012 às 11:14:26Eu não conhecia Alice Vieira, mas você falou com tal nostalgia e sentimento por esta literatura, que despertou o meu interesse. Eu comecei a ler já numa fase tardia da minha vida, mais ou menos aos 15 anos, como refúgio da adolescência, portanto já não fui a tempo de conhecer Alice Vieira, nem as suas fantásticas histórias, pelo que conta. Adorei as duas histórias que contou. Mais que uma história é uma lição.
¬ Responder - Hélia
24-07-2012 às 09:59:22Li quando era miúda os livros de Alice Vieira e não pude deixar de oferecer os pequenos e amarelos livros á minha filha Isabel. Tal como eu, a minha filha com 10 anos, apaixonou-se pelas personagens criadas por Alice Vieira.
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Aconselho “Este Rei que eu Escolhi” e “Chocolate á chuva”. Apaixonantes.
- Sónia Mendes
23-07-2012 às 12:02:51Li uma imensidão de livros da Alice quando era miúda. Lembro-me que o primeiro livro que li foi uma oferta da minha avó que me incentivou á leitura. “Rosa, minha irmã Rosa” foi o primeiro de muitos. A oferta deste livro surgiu quando a minha mãe estava gravida da minha irmã e tal como a Mariana (personagem principal desta história) a minha vida de menina da família estava em “perigo” e em permanente ansiedade. Num pós 25 de Abril, a personagem passa por algumas questões e incógnitas existenciais com quem tanto me identifiquei na altura.
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Foi apaixonante e trago um grande carinho pelos livros da Alice (continuo a chamá-la assim, curiosamente), pois identifiquei-me com cada um deles num jeito tão meu e tão especial.
- Paula Moura dos Santos
23-07-2012 às 12:02:33Nunca li Alice Vieira enquanto criança, apesar de ler os livros de “Uma aventura…” quase todos e de me apaixonar por eles. No entanto, li poesia de Alice Vieira enquanto adolescente e jovem adulta e permitam-me que diga, é apaixonante. Aconselho vivamente “Dois Corpos Tombando na Água”. É de uma beleza pura e no mesmo instante de uma paixão avassaladora. Este livro ganhou o Prémio Maria Amália Vaz de Carvalho em 2007 e asseguro que é paralelo a grandes obras conhecidas por todos.
¬ Responder
Também em romances, esta escritora/poetisa dá verdadeiras ofertas de prazer literário. “Novos Mistérios de Sintra” está entre os melhores. A não perder para quem gosta de uma leitura que flui e que apaixona.
- Tatiana
19-07-2012 às 12:24:17Alice Vieira é uma das melhores escritoras / poetisas de Portugal. É uma verdadeira contadora de histórias e embrulha o leitor em viagens fantásticas. Ler Alice Vieira e os seus livros infantis agarra um carinho especial por esta escrita. É a leitura que acompanha as crianças para sempre. Li “Viagem à Volta do meu Nome” quando tinha apenas 10 anos e este livro permitiu-me a ganhar um enorme gosto por ler. Iniciar a leitura com este tipo de livros, é um verdadeiro pilar para as grandes obras literárias que se avizinham para o resto da nossa vida. Esta escritora foi de facto uma verdadeira companhia na minha infância.
¬ Responder
- Paula Moura dos Santos
12-07-2012 às 11:19:45Nunca li Alice Vieira enquanto criança, apesar de ler os livros de “Uma aventura…” quase todos e de me apaixonar por eles. No entanto, li poesia de Alice Vieira enquanto adolescente e jovem adulta e permitam-me que diga, é apaixonante. Aconselho vivamente “Dois Corpos Tombando na Água”. É de uma beleza pura e no mesmo instante de uma paixão avassaladora. Este livro ganhou o Prémio Maria Amália Vaz de Carvalho em 2007 e asseguro que é paralelo a grandes obras conhecidas por todos.
¬ Responder
Também em romances, esta escritora/poetisa dá verdadeiras ofertas de prazer literário. “Novos Mistérios de Sintra” está entre os melhores. A não perder para quem gosta de uma leitura que flui e que apaixona. - Tatiana
12-07-2012 às 11:19:11Alice Vieira é uma das melhores escritoras / poetisas de Portugal. É uma verdadeira contadora de histórias e embrulha o leitor em viagens fantásticas. Ler Alice Vieira e os seus livros infantis agarra um carinho especial por esta escrita. É a leitura que acompanha as crianças para sempre. Li “Viagem à Volta do meu Nome” quando tinha apenas 10 anos e este livro permitiu-me a ganhar um enorme gosto por ler. Iniciar a leitura com este tipo de livros, é um verdadeiro pilar para as grandes obras literárias que se avizinham para o resto da nossa vida. Esta escritora foi de facto uma verdadeira companhia na minha infância.
¬ Responder - M.Lourenco
28-11-2009 às 13:51:43Chocolate à chuva é um livro fascinante, que conta a história de uma família sempre unida na qual está Mariana, a personagem principal do livro. Esta família, composta por cinco membros, mãe e pai, avó, Mariana e a sua irmã de 3 anos, Rosa, vive em Lisboa e encara sempre os problemas de uma forma divertida. Tem também um animal de estimação, um peixe, ao qual chamam Zarolho que na verdade, é mesmo zarolho.
¬ Responder
Mariana, uma adolescente de 13 anos, é muito feliz com a sua vida encarando os problemas de uma forma curiosa; comendo chocolate. Ambos têm uma relação muito forte, pois desda a infância que ela se habituou a comê-lo ao ter problemas ou quando chuvia. Assim, sempre que chove ou que outros têm problemas ela lembra-se imediatamente de uma boa tabelete de qualquer tipo de chocolate, mas principalmente de amêndoas ou de chocolate de leite.
Neste livro, Mariana mostra que é uma amiga fascinante e que está sempre do lado de quem mais precisa. Percebêmo-lo ao longo de todo o livro mas há certas situações onde esta amizade mais forte está presente. Quando a turma viajou para um acampamento em Espanha e ao saber que a sua amiga Maria do Céu enjoava fez tudo de tudo para que isso não acontecesse, nas férias do Verão ao saber que a mesma estava doente, foi logo visita-lá a casa e, tentou dar todo o seu apoio à Rita, uma das suas melhoras amigas.
Podemos então concluir que este livro, para além de ter episódios e peripécias muito divertidas transmite-nos um moral muito forte, que deve ser aplicado todos os dias.
Nunca devemos deixar os nossos amigos, nem nos bons nem mesmo nos maus momentos!