Bem vindo à Rua Direita!
Eu sou a Sophia, a assistente virtual da Rua Direita.
Em que posso ser-lhe útil?

Email

Questão

a carregar
Textos | Produtos                                                    
|
Top 30 | Categorias

Email

Password


Esqueceu a sua password?
Início > Textos > Categoria > Arte > A arte do Renascimento e a Natureza - Que relação?

A arte do Renascimento e a Natureza - Que relação?

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Categoria: Arte
Visitas: 183
Comentários: 3
A arte do Renascimento e a Natureza - Que relação?

O Renascimento foi um “movimento “ que se desenvolveu a partir do século XV na Europa. O seu berço foi a Itália, foi sobretudo um período de renovação com uma forte base fundamentada no pensamento e maneira de estar da antiguidade clássica. O Renascimento surge após a chamada Idade Média, a qual era caracterizada como um período obscuro e de trevas.

O Renascimento é então definido como o renascer, o renascer daquilo que os seus contemporâneos achavam que foi a época mais gratificante, exuberante e de crescimento intelectual, a antiguidade clássica. Este período do renascimento tinha quase como que uma repulsa, ao que, no seu pensar tinhas sido a Idade das Trevas, assim desenvolveram toda uma contextualização que vai proporcionar o nascimento e crescimento de novos pensamentos e maneiras de estar. O Renascimento foi, tal como o próprio nome diz, o renascer, o renascer de um período onde prosperavam os pensamentos e ideais filosóficos, a arte, e onde a maneira de estar na vida era aquilo que os renascentistas consideravam como modelo a seguir.

Assim, este foi um período que deu enfâse ao Humanismo e ao pensamento do Homem. Foi um período que se apoiou, de modo a fundamentar as suas linhas orientadoras na antiguidade greco-romana (a sociedade e obras da antiguidade clássica grega foram conhecidas dos renascentistas através dos olhos dos romanos, e daquilo que eles próprios tomaram como modelo e que viram na cultura grega), tendo como base vestígios que lhes foram deixados, nomeadamente documentos escritos (como as cartas de Vitrúvio), monumentos, esculturas…

O renascimento foi um movimento de larga expansão, inclui-se nele a literatura, a arquitectura, a música, a escultura, a pintura. O renascimento teve na arte um forte e importantíssimo papel.

Os artistas vão inspirar-se em toda a arte desenvolvida no período Greco-Romano, onde a mitologia se apresenta com um papel fundamental no que diz respeito às temáticas desenvolvidas nas suas obras. Contudo, esta inspiração a nível da temática das obras na mitologia clássica, vai ser nos pintores renascentistas incorporada com forte naturalismo, contudo não vão deixar de ter uma forte integrante ligada ao cristianismo. Tudo isto pode levar o observador a pensar que o renascimento não passa de uma cópia daquilo que foi a arte da antiguidade clássica, apesar de se apoiar fortemente nela este movimento artístico vai conseguir trazer para a arte inovação sobre a forma de recriação, pois os pintores vão demonstrar um conhecimento profundo daquilo que os rodeia.

O renascimento como movimento sobretudo artístico teve o seu berço em Florença, devido à conjuntura económica e política que prosperava naquela zona. Em Florença os artistas conseguem o mecenato, sobretudo da família dos Médicis, que financia a criação de obras de arte.
Foi assim possível um rápido desenvolvimento da arte renascentista nesta zona, devido não só ao mecenato mas também ao facto de nesta zona a arte barroca não se ter desenvolvido.

Este primeiro período que teve como principal local Florença é denominado como Quattrocento Florentino, ao qual se segue o Renascimento Clássico em finais do século XV. Os criadores desta época fazem uma busca incessante pelo equilíbrio da beleza clássica, para os artistas da época, o povo greco-romano possuíam uma visão completa e humana da natureza. Na época renascentista valoriza-se a inteligência, o conhecimento e o dom artístico, e desta forma o homem assume um papel de caracter proeminente e de grande relevo ao contário do que se passava no período anterior onde a religião assumia o papel de destaque.

Os homens desta época, sentem uma grande curiosidade pelo Homem e pelo que o rodeia, a natureza, mostrando-se, de certo modo, mais activo ao contrário do que se passava na época medieval onde o seu papel era mais contemplativo. Neste período o Homem tende a olhar mais para ele próprio (antropocentrismo) e para o que rodeia e de certa forma tenta entender tudo isto como um todo, o que é, qual o seu papel, no fundo à um grande desenvolvimento da filosofia aplicada ao Homem e à sociedade onde se insere. Tudo este processo evolutivo que o Homem desta época sofreu vai refelctir-se na arte. Dando especial atenção ao que se passa na pintura, é facilmente perceptivel toda esta evolução.

A nível da temática existe uma forte componente clássica, onde é inserida a religião cristã. A nivel do enquadramento da obra, esta ganha novos elementos também eles com forte inspiração na Antiguidade.

As obras destes artistas sofrem em relação ao passado de fortes inovações técnicas, com descobertas e aplicações às suas obras da perspectiva, da luz, da sombra conseguidas em grande parte também pelo facto de começarem a trabalhar a óleo sobre tela e de num periodo mais tardio do renascimento do sfumato.

Os artistas plásticos da época evoluiram com a arte de pintar retratos, (forte influência do cláscissismo, época em que se pintaram muitos retratos, ver imagem 3,4 e 5), paisagens e motivos mitológicos e religiosos. Nas suas obras é possivel encontrar um espaço cénico onde é enquadrado todo o resto da temática da obra, sendo este enquadramento muito cientifico e baseando-se em perspectivas lineares perfeitamente calculadas. Com os autores renascentistas vê-se também o inicio da procura da representação realista, com forte procura para a representação naturalista nomeadamente do Homem e da natureza que o envolve, existe um cuidado especial para o realismo e proporções anatómicas e uma procura para colocar nas suas obras a expressividade dos rostos representados.

O naturalismo é tentado alcançar pelos pintores através da procura de se manterem
fieis à realidade não só aquilo que vêem efectivamente, como também quando pintam figuras mitológicas. Segundo alguns autores os renascentistas foram muito inovadores na sua introdução de determinadas carateristicas nas suas obras, como é prova disso a perspectiva, mas ao mesmo tempo foram como que “imitadores” do que viam, como resultado da procura do naturalismo, “como diz Leonardo da Vinci, …a imitação é, de um lado, estudo e inventividade que permanece fiel à natureza porque recria a integração de cada figura com o elemento natural, e por outro, actividade que requer também iovação técnica” (Em História da Beleza, Sob a direcção de Umberto Eco, Difel, Setembro de 2004,).

Em obras como as de Jan Van Eyck, pintor flamengo, é possivel observar um grande naturalismo nomeadamente no que diz respeito ao ser fiel à realidade, ao retratar tudo com grande preciosismo e pormenor e à envolvencia espacial das personagens principais, no quadro do casal Arnolfini é possivel ver a importancia dada aos pormenores e atentar o forte naturalismo da pintura, dado através dos panejamentos, e de todo o conjunto à volta do casal que foi pintado com a maior minucia e naturalismo, como se pode ver na imagem 2 constituida por pormenores da obra.

É fácil perceber a existencia da perspectiva, tão pretendida pelos pintores renascentistas, deste modo percebemos a presença de medida, módulo e proporção, existe um primeiro plano com o casal colocados na obra de forma a que haja harmonia na sua disposição na composição, fazendo com que sejam eles o primeiro plano do observador e ao fundo, acentuando a ideia de perspectiva existe um espelho que esta também ele centralizado na obra. Independentemente do que é representado nas obras dos pintores renascentistas existe sempre presente todas estas caracteristicas que são fundamentais para estes autores.

Podemos dizer assim, que o período do Renascimento foi sobretudo um período de renovação cientifica e artistica em que há uma clara interligação entre ambas, onde é possivel ver o domínio dos pintores nas duas áreas, por um lado através da perspectiva e por outro através do claro dominio artistico na representação de formas naturais.


Sónia Henriques

Título: A arte do Renascimento e a Natureza - Que relação?

Autor: Sónia Henriques (todos os textos)

Visitas: 183

764 

Deixe o seu comentárioDeixe o seu comentário

Comentários     ( 3 )    recentes

  • Sónia HenriquesSónia Henriques

    16-05-2014 às 10:55:50

    Esta é uma obra de Rafael ou também conhecido Rafaello Sanzio e é intitulada como "Virgem no prado" ou Madonna no prado" também pode ser encontrada como "Madonna de Belvedere" (que significa "no prado". Está datada de 1505-1506 e encontra-se no Museu Kunsthistorisches, em Viena. Pode visitar a página do museu em http://www.khm.at/en/visit/collections/picture-gallery/selected-masterpieces/
    Espero ter ajudado!

    ¬ Responder
  • Gabriele

    17-05-2014 às 01:55:25

    Olá! Gostaria de lhe agradecer. Me ajudou muito.
    Obrigada.

    ¬ Responder
  • Gabriele

    16-05-2014 às 03:26:35

    Olá. Gostaria de saber o nome desta primeira imagem e de seu autor renascentista. Obrigada, aguardo respostas em meu e-mail.Urgente.

    ¬ Responder

Comentários - A arte do Renascimento e a Natureza - Que relação?

voltar ao texto
  • Avatar *     (clique para seleccionar)


  • Nome *

  • Email

    opcional - receberá notificações

  • Mensagem *

  • Os campos com * são obrigatórios


  • Notifique-me de comentários neste texto por email.

  • Notifique-me de respostas ao meu comentário por email.

Dicas para decorar salas pequenas.

Ler próximo texto...

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: Decoração
Dicas para decorar salas pequenas.\"Rua
A realidade das grandes cidades é que a maioria das pessoas mora em espaços pequenos. É fato também que todos desejam ter um ambiente acolhedor e aconchegante para receber amigos. Em contrapartida, na medida em que os espaços encolhem, a quantidade de aparelhos eletrônicos que utilizamos aumenta cada vez mais. Há ainda quem use a sala como home-office.

Nesta busca de inspiração para organizar e incrementar sua sala, encontramos uma série de sites especializados e blogs com muitas, muitas ideias. O conceito de D.I.Y. (do it yourself) que significa "faça você mesmo” nunca esteve tão na moda. É uma alternativa para reduzir gastos com mão de obra e nada melhor do que criar um espaço com um toque todo seu. Inspirações e ideias não faltam. Hoje, de certa forma todos nos sentimos meio decoradores.

Mas planejar a decoração de uma sala pequena exige alguns cuidados para que o ambiente não fique entulhado de móveis, disfuncional ou até mesmo desagradável.

Confira algumas dicas para decorar sua sala com estilo e valorizando seu espaço:
Os espelhos, além da autocontemplação, causam efeitos interessantes. Aplicados, por exemplo, em uma parede inteira pode duplicar a amplitude do ambiente. Pode ser usado também em móveis, tetos, em diversos formatos e valorizar a luminosidade da decoração.

As cores tem poder de causar sensações. Em ambientes com pouco espaço, elas podem colaborar para que a sensação de amplitude possa tanto aumentar quanto diminuir. Para pintar as paredes de sua sala aposte em cores claras. O teto com uma cor mais clara que a das paredes, por exemplo, pode simular uma elevação do teto, já em uma cor mais escura, promoverá uma sensação de rebaixamento do teto.

A escolha e posição dos móveis são um aspecto muito importante. Opte por poucos móveis, nunca de tamanhos exagerados e posicione-os de forma que valorize o espaço. Móveis que misturam poucos materiais, baixos e com linhas retas proporcionam leveza ao ambiente.

Uma solução muito interessante para espaços pequenos é a utilização de prateleiras. Caixas para produtos horto frutícolas reformadas podem se tornar lindas prateleiras. Mas cuidado com a profundidade, para não atrapalhar na disposição de outros móveis e objetos.

Móveis multifuncionais ou móveis inteligentes são excelentes alternativas para uma sala pequena. Um bom exemplo são pufes, que podem ser usados como mesas de centro ou ficarem alojados debaixo de aparadores e quando recebemos visitas podem se transformar em assentos extras. Mesas dobráveis também são uma ótima opção.

Escolher o mesmo piso ou revestimento pode dar a impressão de área maior, de continuidade. Mudanças drásticas de um ambiente para outro pode causar a sensação de divisão e consequentemente fazer parecer menor.

Algumas outras dicas: um sofá retrátil ou reclinável garante muito mais conforto e ocupa o espaço de um sofá simples. Suporte ou painéis móveis para TV possibilitam que ela seja movida na direção desejável. Caso o ambiente tenha escadas, escolher um modelo de escadas vazadas evita divisões e pode se tornar uma peça de destaque na sala. E para as cortinas, escolha tecidos leves, lisas e sem estampas.

De qualquer forma, ouse, não tenha medo de arriscar, crie, não copie, só assim será seu!

Luciana Santos.

Outros textos do autor:
Dicas para decorar salas pequenas.

Pesquisar mais textos:

Luciana Maria dos Santos

Título:Dicas para decorar salas pequenas.

Autor:Luciana Maria Santos(todos os textos)

Alerta

Tipo alerta:

Mensagem

Conte-nos porque marcou o texto. Essa informação não será publicada.

Deixe o seu comentárioDeixe o seu comentário

Comentários

  • Carlos Rubens Neto 16-06-2016 às 16:20:24

    Excelente matéria! Parabéns Luciana ;)

    ¬ Responder

Pesquisar mais textos:

Deixe o seu comentário

  • Nome *

  • email

    opcional - receberá notificações

  • mensagem *

  • Os campos com * são obrigatórios