Através de estudos estatísticos a nível mundial poder-se-à, certamente, demonstrar, com uma amostra muitíssimo representativa e uma margem de erro mínima, que as balanças constituem, efectiva e definitivamente, as maiores e mais declaradas inimigas das mulheres.

E de alguns homens… Afinal, não era só o espelho da madrasta da Branca de Neve que lhe dava más notícias; algumas balanças também devem ter a rua como destino quando devolvem uma realidade que mais parece um pesadelo!

Mas porque se preocupam tanto as pessoas com o peso? Se for por questões de saúde, tudo bem. Mas a noção de estética é muito subjectiva. Antigamente dizia-se que «gordura é formosura», agora ser-se gordo (a) é sinónimo de doença.

As dietas entraram nos ritmos culturais em grande força, mas segundo determinadas interpretações, feitas por leigos no assunto, diga-se de passagem, existem mitos alimentares que deviam cair.

Por exemplo o de que a verdura emagrece: então e os elefantes, que são herbívoros? A baleia também só bebe água, come apenas peixe, pratica natação durante todo o dia… e é gorda!

Há muitos apologistas do adágio: «Morra Marta, mas morra farta», defendendo que nos espera uma eternidade inteira para ser só osso.

A prioridade para estes bons vivants é que não nos preocupemos em ser pessoas pesadas, mas gente de peso onde quer que nos movamos, que é como quem diz, que o nosso primado consista em fazer as coisas bem feitas, em marcar a diferença.