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O começo deve vir do começo!

Categoria: Música
Visitas: 18
O começo deve vir do começo!

Não são poucas as pessoas que querem ingressar no meio musical seja para gosto pessoal, para ganhar dinheiro ou para dar um "upgrade" em sua imagem social. Afinal, todos param para ouvir aquele músico que executa com sentimento e sensibilidade a melodia escolhida. Sensibilidade esta que está sendo perdida cada vez mais com o passar dos anos.

Novas coisas, que estão chamando de música, surgem a cada dia e o assunto quase sempre é falar do meu carrão, da minha geladeira que tá lotada de geladas, do meu pai que morreu e deixou uma puta de uma herança pra mim e agora fiquei lindo e etc etc etc. Onde está o problema de tudo isso? Como ver e ouvir isso tudo calado? Qual a solução? Simples. O problema é a base, o começo, a fundação. Sem agrotóxicos o vegetal não sobrevive, pois as pestes o destroem. O vegetal é a música, as pestes a sociedade e os agrotóxicos somos nós.

Porém, se não tivermos uma mente já formada culturalmente antes de tentarem enfiar em nossa cabeça um "Lepo-lepo", facilmente podemos ser abduzidos pela morfina da música hereditária -de amigo para amigo-, podendo ser tarde quando percebermos que estamos colocando "Vai taca" no aniversário de três anos dos nossos filhos.

Por favor, não estou em momento algum discutindo sobre gosto musical, afinal esses "trecos" impostos aos nossos ouvidos não podem sequer ser considerados como música. Estou apenas citando a inutilidade de canções fervorosas que colam na nossa cabeça como aqueles Jingles de lojinhas.

E você me pergunta: "Mas Gustavo, se seus argumentos são tão fortes em relação a isso, e todo mundo que tem o mínimo de consciência percebe essa destruição da cultura, porque ainda são divulgadas essas "músicas" nas rádios e TV's?".

Digo que a reposta é simples, mas a situação não: Isso é um ciclo vicioso! A rádio toca "funk ostentação" e as pessoas que a ouvem acreditam que isso é o que devem ouvir para serem aceitos na sociedade, pois está tocando na "voz do povo".

Como consequência, o que as pessoas mais ouvem é "funk ostentação", e a rádio quer ganhar mais ouvintes, então o que ela faz? Você já adivinhou: toca "funk ostentação". Isso também gera novos artistas desse estilo, fazendo não só com que o ciclo continue, mas também que ele atinge novas proporções.

Não sei você, leitor, -isso pode até soar um pouco conservador, e as feministas vão pirar- mas eu não quero ver meu neto indo à balada, ou indo ao baile funk, só porque a sociedade vai. A solução para que nossos filhos tenham as próprias escolhas é que mostremos a eles o leque de opções para se divertirem também sozinhos.

Devemos ensiná-los a serem independentes, principalmente da sociedade. Além disso todos deveriam fazer uma aula de música com um bom professor antes de definir seu gosto musical e, voltando ao começo, também ensiná-los a terem sensibilidade não só com a música, terem sensibilidade também com a vida, para que essa possa ser sentida em cada passo do nosso dia.


Gustavo Rigamonte

Título: O começo deve vir do começo!

Autor: Gustavo Rigamonte (todos os textos)

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Comentários - O começo deve vir do começo!

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Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

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Tema: DVD Filmes
Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.\"Rua
Este texto irá falar sobre o filme Ex_Machina, nele podem e vão ocorrer Spoillers, então se ainda não viram o filme, vejam e voltem depois para lê-lo.

Impressões iniciais:

Ponto para o filme. Já que pela sinopse baixei a expectativa ao imaginar que era apenas mais um filme de robôs com complexo de Pinóquio, mas evidentemente que é muito mais que isso.

Desde as primeiras cenas é possível perceber que o filme tem algo de especial, pois não vemos uma cena de abertura com nenhuma perseguição, explosão ou ação sem propósito, típica em filmes hollywoodianos.
Mais um ponto, pois no geral o filme prende mais nos diálogos cerebrais do que na história em si, e isso é impressionante para o primeiro filme, como diretor, de Alex Garland (também roteirista do filme). O filme se mostrou eficiente em criar um ambiente de suspense, em um enredo, aparentemente sem vilões ou perigos, que prende o espectador.

Entrando um pouco no enredo, não é difícil imaginar que tem alguma coisa errada com Nathan Bateman (Oscar Isaac), que é o criador do android Ava (Alicia Vikander), pois ele vive isolado, está trabalhando num projeto de Inteligência Artificial secreto e quando o personagem orelha, Caleb Smith (Domhnall Gleeson), é introduzido no seu ambiente, o espectador fica esperando que em algum momento ele (Nathan) se mostrará como vilão. No entanto isso ocorre de uma forma bastante interessante no filme, logo chegaremos nela.

Falando um pouco da estética do filme, ponto para ele de novo, pois evita a grande cidade (comum nos filmes de FC) como foco e se concentra mais na casa de Nathan, que fica nas montanhas cercadas de florestas e bastante isolado. Logo de cara já é possível perceber que a estética foi pensada para ser lembrada, e não apenas um detalhe no filme. A pesar do ambiente ser isolado era preciso demonstras que os personagens estão em um mundo modernizado, por isso o cineasta opta por ousar na arquitetura da casa de Nathan.

A casa é nesses moldes novos onde a construção se mistura com o ambiente envolta. Usando artifícios como espelhos, muitas paredes de vidro, estruturas de madeira e rochas, dando a impressão de camuflagem para a mesma, coisa que os ambientalistas julgam favorável à natureza. Por dentro se pode ver de forma realista como podem ser as smart-house, não tenho certeza se o termo existe, mas cabe nesse exemplo. As paredes internas são cobertas com fibra ótica e trocam de cor, um efeito que além de estético ajuda a criar climas de suspense, pois há momentos onde ocorrem quedas de energia, então fica tudo vermelho e trancado.

O papel de Caleb á ajudar Nathan a testar a IA de AVA, mas com o desenrolar da história Nathan revela que o verdadeiro teste está em saber se Ava é capaz de “usar”, ou “se aproveitar” de Caleb, que se demonstra ser uma pessoa boa.

Caleb é o típico nerd introvertido, programador, sem amigos, sem família e sem namorada. Nathan também representa a evolução do nerd. O nerd nos dias de hoje. Por fora o cara é careca, barbudão com uns traços orientais (traços indianos, pois a Índia também fica no Oriente), bebê bastante e ao mesmo tempo malha e mantém uma dieta saudável pra compensar. E por dentro é um gênio da programação que criou, o google, o BlueBook, que é um sistema de busca muito eficiente.

Destaque para um diálogo sobre o BlueBook, onde Nathan fala para Caleb:
“Sabe, meus concorrentes estavam tão obcecados em sugar e ganhar dinheiro por meio de compras e mídia social. Achavam que ferramenta de pesquisa mapeava O QUE as pessoas pensavam. Mas na verdade eles eram um mapa de COMO as pessoas pensavam”.

Impulso. Resposta. Fluido. Imperfeição. Padronização. Caótico.

A questão filosófica vai além disso esbarrando no conceito de “vontade de potência”, de Nietzche, mas sobre isso não irei falar aqui, pois já há textos muito bons por aí.

Tem outra coisa que o filme me lembrou, que eu não sei se é referência ou se foi ocasional, mas o local onde Ava está presa e a forma como ela fica deitada num divã, e questiona se Caleb a observa por detrás das câmeras, lembra o filme “A pele que habito” de Almodóvar, um outro filme excelente que algum dia falarei por aqui.

Talvez seja uma versão “O endoesqueleto de metal e silicone que habito”, ou “O cérebro positrônico azul que habito”, mesmo assim não podia deixar de citar a cena por que é muito interessante.

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Jhon Erik Voese

Título:Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

Autor:Jhon Erik Voese(todos os textos)

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Comentários

  • Suassuna 11-09-2015 às 02:03:47

    Gostei do texto, irei conferir o filme.

    ¬ Responder
  • Jhon Erik VoeseJhon Erik Voese

    15-09-2015 às 15:51:02

    Que bom, obrigado! Espero que goste do filme também!

    ¬ Responder

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