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Cães pedinchões

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Categoria: Animais Estimação
Visitas: 4
Comentários: 5
Cães pedinchões

É muito comum ver-se a pedinchice constante de alguns animais de estimação. Cães e gatos desenvolvem um “marketing” muito próprio para conseguir aquilo que querem, à semelhança das estratégias levadas a cabo pelas crianças. É claro que eles não reclamam coleiras com diamantes, camas bordadas a ouro, transportadoras Loius Vuitton, ou outros produtos de luxo (e irracionalidade, diga-se de passagem) oferecidos por uma indústria multimilionária. Aliás, nem todos os cães têm a sorte de nascer nos Estados Unidos, onde, de vez em quando, há alguém que, por senilidade, descrença total nos humanos, ou seja lá pelo que for, lega uma herança choruda ao seu amigo de quatro patas….

Não obstante, torna-se muito desagradável e aborrecido ter o próprio cão a pedir isto ou aquilo em permanência, nomeadamente na altura das refeições, quando ele se acha no direito de provar ou, quiçá, até deliciar-se com uma porção do manjar dos donos. A ansiedade do bicho não é coisa fácil de suportar, e, perante a presença de visitas, converte-se em embaraço. Todavia, a nossa comida não é adequada para o aparelho digestivo do animal, e as gorduras e os temperos podem mesmo causar-lhe sérios danos. Há cães que ficam diabéticos, cegos e a maioria morre precocemente, à conta destes (maus) hábitos.

Paralelamente, ceder aos caprichos do cão uma vez, no entendimento dele, significa, por um lado, que irá lograr o que deseja em todas as ocasiões (basicamente, o cão não compreende porque é que umas vezes pode receber e outras não), e, por outro, que é ele quem manda, o líder, porque lhe satisfazem sempre as venetas. Este facto pode originar agressividade no bicho quando a sua vontade não for cumprida, ainda que não se trate de um cão possante e violento. Na prática, um animal destes sente que não só pode fazer aquilo que lhe apetece, como todos lá em casa (que ele vê como a sua matilha) têm de concretizar os seus pedidos. A agressão será, então, a maneira de forçar a resposta às suas exigências.

Educar os cães desde pequeninos é fundamental. Nesta perspetiva, não é sensato que eles partilhem a cama com os donos, entrem primeiro em casa, comam primeiro, andem sempre ao colo, … Todos estes comportamentos levam o cão a sentir-se igual ou superior ao dono, hierarquicamente falando. Estabelecer as regras desta hierarquia é essencial para a segurança do animal e para o bem-estar de cão e dono(s). Educação não é sinónimo de castigo e há que ter consciência da necessidade do treino do bicho e de lhe impor limites que o façam perceber, sem cenas deploráveis, o lugar de cada um.

A disciplina não compromete em nada o amor pelos animais; pelo contrário,
proporciona um convívio harmonioso e uma maior felicidade para todos.

Treinar para deitar, sentar e ficar é o básico. E deveras útil quando se está a comer… Dar uma recompensa (em carinho, alguma gulodice, …) quando o cão obedecer a uma ordem, funciona como estímulo e ensina-o a merecer o que pede. O que não se pode permitir é que ele se empine na mesa, que vá dando patadinhas ou arranhões para chamar a atenção e pedir comida e, muito menos, que se sente à mesa com os donos. Especialmente os cães grandes, dominadores e com temperamentos fortes, tentarão, invariavelmente, obter algo mais do que o que já alcançaram.

Os cães são pedinchões (de guloseimas, brincadeira, …) porque recebem ao pedir. Se esta tendência for contrariada, os bichos assimilarão outros ritmos, valores e conceitos. O «Não!», dito com firmeza, pode, inclusive, impedir que o seu cão se torne um perigo público!


Maria Bijóias

Título: Cães pedinchões

Autor: Maria Bijóias (todos os textos)

Visitas: 4

767 

Imagem por: e³°°°

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Comentários     ( 5 )    recentes

  • SophiaSophia

    16-06-2014 às 06:14:13

    Os cães pedinchões ainda veem com aquela cara mais inocente quando estamos com algo na boa, num tem nem como dizer não...ehheh
    Cumprimentos,
    Sophia

    ¬ Responder
  • Danilo SoaresDanilo Soares

    07-01-2010 às 19:21:36

    @Dinair Guimarães
    Vc é Dinair Alho Guimarães?
    se for entre em contato pelo email
    (13) 91327626
    É sobre um filho que procura a mãe.

    ¬ Responder
  • Robson

    19-10-2014 às 00:48:46

    Procuro informações também sobre Dinair Alho Guimaraes possivel nascimento em 29/06/52 entrar em contato cels (11) 9 8881-66-99 claro / 9 8449-86-11 tim por favor entrar em contato

    ¬ Responder
  • M.L.E.- Soluções de Climatizaçãofernando

    06-12-2009 às 21:41:37

    texto maravilhoso, gostei muito do amor e carinho manifestado pelos animais de estimação
    continue a escrever que eu adorei ler
    bem haja

    ¬ Responder
  • Dinair GuimarãesDinair Guimarães

    25-10-2009 às 01:12:34

    Interessantíssimo e muito útil este texto. Ele esclarece várias dúvidas de pessoas q/ não sabem como disciplinar o seu cão. Eu sou apaixonada por caninos e aqui em casa temos um cão muito inteligente, dócil, carinhoso, mas infelizmente o estragamos, eu educava e o meu marido deseducava. Agora ele tem oito anos, sobrepeso, gastrite, gengivite e mesmo levando ao veterinário, já perdeu alguns dentes, tudo por conta da alimentação inadequada e eu, tenho toda a tolerância do mundo, porque ele mora dentro de casa e é de porte médio.
    Mas nós o amamos muito e cuidarei bem dele enquanto vida tiver.

    ¬ Responder

Comentários - Cães pedinchões

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Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

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Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: DVD Filmes
Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.\"Rua
Este texto irá falar sobre o filme Ex_Machina, nele podem e vão ocorrer Spoillers, então se ainda não viram o filme, vejam e voltem depois para lê-lo.

Impressões iniciais:

Ponto para o filme. Já que pela sinopse baixei a expectativa ao imaginar que era apenas mais um filme de robôs com complexo de Pinóquio, mas evidentemente que é muito mais que isso.

Desde as primeiras cenas é possível perceber que o filme tem algo de especial, pois não vemos uma cena de abertura com nenhuma perseguição, explosão ou ação sem propósito, típica em filmes hollywoodianos.
Mais um ponto, pois no geral o filme prende mais nos diálogos cerebrais do que na história em si, e isso é impressionante para o primeiro filme, como diretor, de Alex Garland (também roteirista do filme). O filme se mostrou eficiente em criar um ambiente de suspense, em um enredo, aparentemente sem vilões ou perigos, que prende o espectador.

Entrando um pouco no enredo, não é difícil imaginar que tem alguma coisa errada com Nathan Bateman (Oscar Isaac), que é o criador do android Ava (Alicia Vikander), pois ele vive isolado, está trabalhando num projeto de Inteligência Artificial secreto e quando o personagem orelha, Caleb Smith (Domhnall Gleeson), é introduzido no seu ambiente, o espectador fica esperando que em algum momento ele (Nathan) se mostrará como vilão. No entanto isso ocorre de uma forma bastante interessante no filme, logo chegaremos nela.

Falando um pouco da estética do filme, ponto para ele de novo, pois evita a grande cidade (comum nos filmes de FC) como foco e se concentra mais na casa de Nathan, que fica nas montanhas cercadas de florestas e bastante isolado. Logo de cara já é possível perceber que a estética foi pensada para ser lembrada, e não apenas um detalhe no filme. A pesar do ambiente ser isolado era preciso demonstras que os personagens estão em um mundo modernizado, por isso o cineasta opta por ousar na arquitetura da casa de Nathan.

A casa é nesses moldes novos onde a construção se mistura com o ambiente envolta. Usando artifícios como espelhos, muitas paredes de vidro, estruturas de madeira e rochas, dando a impressão de camuflagem para a mesma, coisa que os ambientalistas julgam favorável à natureza. Por dentro se pode ver de forma realista como podem ser as smart-house, não tenho certeza se o termo existe, mas cabe nesse exemplo. As paredes internas são cobertas com fibra ótica e trocam de cor, um efeito que além de estético ajuda a criar climas de suspense, pois há momentos onde ocorrem quedas de energia, então fica tudo vermelho e trancado.

O papel de Caleb á ajudar Nathan a testar a IA de AVA, mas com o desenrolar da história Nathan revela que o verdadeiro teste está em saber se Ava é capaz de “usar”, ou “se aproveitar” de Caleb, que se demonstra ser uma pessoa boa.

Caleb é o típico nerd introvertido, programador, sem amigos, sem família e sem namorada. Nathan também representa a evolução do nerd. O nerd nos dias de hoje. Por fora o cara é careca, barbudão com uns traços orientais (traços indianos, pois a Índia também fica no Oriente), bebê bastante e ao mesmo tempo malha e mantém uma dieta saudável pra compensar. E por dentro é um gênio da programação que criou, o google, o BlueBook, que é um sistema de busca muito eficiente.

Destaque para um diálogo sobre o BlueBook, onde Nathan fala para Caleb:
“Sabe, meus concorrentes estavam tão obcecados em sugar e ganhar dinheiro por meio de compras e mídia social. Achavam que ferramenta de pesquisa mapeava O QUE as pessoas pensavam. Mas na verdade eles eram um mapa de COMO as pessoas pensavam”.

Impulso. Resposta. Fluido. Imperfeição. Padronização. Caótico.

A questão filosófica vai além disso esbarrando no conceito de “vontade de potência”, de Nietzche, mas sobre isso não irei falar aqui, pois já há textos muito bons por aí.

Tem outra coisa que o filme me lembrou, que eu não sei se é referência ou se foi ocasional, mas o local onde Ava está presa e a forma como ela fica deitada num divã, e questiona se Caleb a observa por detrás das câmeras, lembra o filme “A pele que habito” de Almodóvar, um outro filme excelente que algum dia falarei por aqui.

Talvez seja uma versão “O endoesqueleto de metal e silicone que habito”, ou “O cérebro positrônico azul que habito”, mesmo assim não podia deixar de citar a cena por que é muito interessante.

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Jhon Erik Voese

Título:Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

Autor:Jhon Erik Voese(todos os textos)

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Comentários

  • Suassuna 11-09-2015 às 02:03:47

    Gostei do texto, irei conferir o filme.

    ¬ Responder
  • Jhon Erik VoeseJhon Erik Voese

    15-09-2015 às 15:51:02

    Que bom, obrigado! Espero que goste do filme também!

    ¬ Responder

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