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Aprenda a apreciar um bom vinho

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Categoria: Alimentação
Comentários: 1
Aprenda a apreciar um bom vinho

A degustação de um vinho resume-se a prová-lo com atenção, de modo a perscrutar as suas qualidades e defeitos, analisando-o, definindo-o e classificando-o de acordo com as suas características organoléticas. Este processo compreende a participação da visão, do paladar e do olfato, bem como uma certa aprendizagem e um determinado estado de espírito.

O trabalho de um enólogo consta, habitualmente, de quatro etapas. Primeiramente, a observação do vinho, mediante os órgãos dos sentidos; a seguir, uma descrição elucidativa dos estímulos experimentados; depois, a comparação com protótipos instituídos; e, finalmente, um juízo bem fundamentado.

A visão é o primeiro sentido que intervém na prova de um vinho e fornece informações acerca do seu estado de limpidez e cor. Considera-se que um vinho é límpido quando não ostenta partículas em suspensão a turvá-lo. Para se aferir acerca desta limpidez, há que elevar o copo à altura dos olhos e contemplar o conteúdo contra uma fonte de luz. Contudo, não se deve confundir um vinho turvo com um vinho com depósito, que geralmente ocorre em vinhos mais velhos. No que se refere à transparência, julga-se um vinho transparente se, inclinando o copo diante de uma superfície branca, se conseguir ver claramente um objeto ou algo escrito.

O exame olfativo é indispensável na análise sensorial do vinho e a deteção das suas características nunca poderia fazer-se sem ele. A olfação acontece em duas fases: com o copo em repouso e imprimindo-lhe movimento de rotação (numa perspetiva de aumentar o contacto com o ar, o que adianta a oxidação, levando a uma mais rápida libertação dos aromas. São avaliadas a qualidade, a intensidade e a persistência dos componentes aromáticos.

Além das impressões relacionadas com o sabor, o exame gustativo abarca, igualmente, as sensações tácteis (fluidez, untuosidade, aspereza e maciez) e térmicas (frio, efervescência, calor e álcool) sentidas pela língua e pela boca. A língua é muito sensível à temperatura, consistência, volume e viscosidade.

Com o intuito de diminuir a subjetividade da degustação, nesse momento o provador deve encontrar-se tranquilo, em local isolado e com luz, temperatura e arejamento adequados. Em acréscimo, os copos devem ser de cristal fino, com uma ocupação não superior a metade da sua capacidade. O horário também tem influência; entre as 10 e as 13 horas e entre as 17 e as 17 horas é quando se tem maior sensibilidade.

O cansaço físico pode vir acompanhado de cansaço gustatório. Por outro lado, a habituação a uma determinada característica aportará uma dificuldade acrescida em reconhecê-la. O efeito de contraste tem, identicamente, uma palavra a dizer: um vinho doce parecerá ainda mais açucarado quando degustado após um vinho seco. Paralelamente, é recomendável que a prova tenha lugar longe de interferências e distracções, com o menor números de antecedentes possível, e com o indivíduo em boas condições de saúde (sem estar constipado nem com problemas na boca ou no estômago, por exemplo). Os vinhos brancos a degustar devem rondar os 10-13ºC e os tintos 15-18ºC.

De salientar que os vinhos brancos se devem provar antes dos tintos, os novos antes dos mais velhos, os secos antes dos doces e os menos alcoólicos antes dos que apresentem maior teor de álcool.


Maria Bijóias

Título: Aprenda a apreciar um bom vinho

Autor: Maria Bijóias (todos os textos)

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Comentários     ( 1 )    recentes

  • kalianekaliane

    18-07-2011 às 21:08:00

    para se apreciar um bom vinho é necessario ficar mexendo o vinho na taça toda vez que beber?

    ¬ Responder

Comentários - Aprenda a apreciar um bom vinho

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Martelos e marrettas

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Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: Ferramentas
Martelos e marrettas\"Rua
Os martelos e as marretas são, digamos assim, da mesma família. As marretas poderiam apelidar-se de “martelos com cauda”. Elas são bastante mais robustas e mantêm as devidas distâncias: o cabo é maior.

Ambos constituem, na sua génese, amplificadores de força destinados a converter o trabalho mecânico em energia cinética e pressão.

Com origem no latim medieval martellu, o martelo é um instrumento utilizado para “cacetear” objectos, com propósitos vários, pelo que o seu uso perpassa áreas como o Direito, a medicina, a carpintaria, a indústria pesada, a escultura, o desporto, as manifestações culturais, etcétera, variando, naturalmente, de formas, tamanhos e materiais de composição.

A diversidade dos martelos é, realmente, espantosa. O mascoto, por exemplo, é um martelo grande empregue no fabrico de moedas. Com a crise económica que assola o mundo actualmente, já se imaginam os governantes, a par dos banqueiros, de martelo em punho para que não falte nada às populações…

Há também o marrão que, mais do que o “papa-livros” que tira boas notas a tudo, constitui um grande martelo de ferro, adequado para partir pedra. Sempre poupa trabalho à pobre água mole…

O martelo de cozinha serve para amaciar carne. Daquela que se vai preparar, claro está, e não da de quem aparecer no entretanto para nos martelar a paciência…!

Já no âmbito desportivo, o lançamento do martelo representa uma das provas olímpicas, tendo sido recentemente adoptado na modalidade feminina. Imagine-se se, em vez do martelo, se lançasse a marreta… seria, certamente, mesmo sem juiz nem tribunal, a martelada que sentenciaria a sorte, ou melhor, o azar de alguém!

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Título:Martelos e marrettas

Autor:Rua Direita(todos os textos)

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