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Santa Valéria - Mártire do tempo Romano

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Categoria: Outros
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Santa Valéria - Mártire do tempo Romano

Santa Valéria foi uma virgem mártire cristã do período romano, o seu culto foi muito importante sobretudo na zona de Limoges (Limoges é uma pequena cidade da Província que ganhou fama através dos produtos que produzia, nomeadamente, com a produção de artesanato de esmaltes sobre cobre.

Limoges foi também um grande centro de vida religiosa, uma das quatro estradas de peregrinação para Santiago de Compostela passava por esta cidade) em França. Os seus restos mortais encontra-se sepultados na abadia do Santo Marçal, na cidade de Limoges. O culto a esta virgem foi bastante popular entre o século XII e o século XIII, a provar isso, está o facto de existirem cerca de 22 relicários de Limoges.

Valeria era filha única do perfeito romano em Limoges, Leocadius e de Susanna. Era uma pessoa abastada, dotada de grande beleza e noiva do sucessor de seu pai, o duque Estevão, contudo segundo a vida de Marçal enquanto o seu noivo andava a lutar contra os bárbaros, S. Pedro enviou S. Marçal para cristianizar a zona de Limoges. Valéria e sua mãe foram cristianizadas durante o tempo em que Estevão levou a cabo a sua missão, durante este tempo Valéria doou a sua herança para a igreja.

Ao saber deste acontecimento Estevão regressou e queria que Valéria abandonasse as suas crenças, como não o fez ordenou a sua execução. Valéria profetizou a morte do seu carrasco, e aceitou a sua morte pacificamente, a sua alma foi transportada para o paraíso por anjos, contudo Valéria consegue apanhar a sua cabeça no momento da decapitação, assim, guiada por um anjo regressa a Limoges, na forma de “bandeira” com a sua cabeça hasteada e presenteou-se a si e à sua cabeça a S. Marçal, como prova de que o seu corpo sem alma se mantinha em pé, ela deixou uma marca do seu pé no chão de mármore aquando da sua oferta final.

O seu carrasco, de nome Horácio regressou para junto de Estevão para lhe contar o sucedido, contudo foi atingido por um anjo vingador (ou por uma língua de fogo, dependendo da versão da história) que fez cumprir a profecia de Valéria. Deste modo o duque converteu-se e passou a ser parceiro de S. Marçal no processo de cristianização.

Existem histórias idênticas de virgens mártires na história do cristianismo.O que culto existe sobretudo, baseado numa primazia visual em vez de se apoiar em textos seguros e em restos mortais da santa.

A história de Valéria permite uma interactividade entre os documentos escritos e as imagens. Este culto teve uma importância única no século XII e século XIII.



Sónia Henriques

Título: Santa Valéria - Mártire do tempo Romano

Autor: Sónia Henriques (todos os textos)

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Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

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Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: Literatura
Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal\"Rua
Gertrude Stein foi uma escritora de peças de teatro, de peças de opera, de ficção, de biografia e de poesia, nascida nos Estados Unidos da América, e escreveu a Autobiografia de Alice B. Toklas, vestindo a pele, e ouvindo pela viva voz da sua companheira de 25 anos de vida, os relatos da historia de ambas, numa escrita acessível, apresentando situações caricatas ou indiscretas de grandes vultos da arte e da escrita da sua época. Alice B. Toklas foi também escritora, apesar de ter vivido sempre um pouco na sombra de Stein. Apesar de ambas terem crescido na Califórnia, apenas se conheceram em Paris, em 1907.


Naquela altura, Gertrude vivia há quatro anos com o seu irmão, o artista Leo Stein, no numero 27 da rue de Fleurus, num apartamento que se tinha transformado num salão de arte, recebendo exposições de arte moderna, e divulgando artistas que viriam a tornar-se muito famosos. Nestes anos iniciais em Paris, Stein estava a escrever o seu mais importante trabalho de início de carreira, Three Lives (1905).


Quando Gertrude e Alice se conheceram, a sua conexão foi imediata, e rapidamente Alice foi viver com Gertrude, tornando-se sua parceira de escrita e de vida. A casa, como se referiu atrás, tornou-se um local de reunião para escritores e artistas da vanguarda da época. Stein ajudou a lançar as carreiras de Matisse, e Picasso, entre outros, e passou a ser uma espécie de teórica de arte, aquela que descrevia os trabalhos destes artistas. No entanto, a maior parte das críticas que Stein recebia, acusavam-na de utilizar uma escrita demasiado densa e difícil, pelo que apenas em 1933, com a publicação da Autobiografia de Alice B. Toklas, é que o trabalho de Gertrude Stein se tornou de facto reconhecido e elogiado.


Alice foi o apoio de Gertrude, foi a dona de casa, a cozinheira, grande cozinheira aliás, vindo mais tarde a publicar algumas das suas receitas, e aquela que redigia e corrigia o que Gertrude lhe ditava. Assim, Toklas fundou uma pequena editora, a Plain Editions, onde publicava o trabalho de Gertrude. Aliás, é reconhecido nesta Autobiografia, que o papel de Gertrude, no casal, era o de marido, escrevendo e discutindo arte com os homens, enquanto Alice se ocupava da casa e da cozinha, e de conversar sobre chapéus e roupas com as mulheres dos artistas que visitavam a casa. Depois da morte de Gertrude, Alice continuou a promover o trabalho da sua companheira, bem como alguns trabalhos seus, de culinária, e um de memórias da vida que ambas partilharam.


Assim, este livro que inspirou o filme “Meia noite em Paris”, de Woody Allen, é um livro a não perder, já nas livrarias em Portugal, pela editora Ponto de Fuga.

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Liliana Félix Leite

Título:Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

Autor:Liliana Félix Leite(todos os textos)

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