Bem vindo à Rua Direita!
Eu sou a Sophia, a assistente virtual da Rua Direita.
Em que posso ser-lhe útil?

Email

Questão

a carregar
Textos | Produtos                                                    
|
Top 30 | Categorias

Email

Password


Esqueceu a sua password?
Início > Textos > Categoria > Outros > Os deuses e a paz

Os deuses e a paz

Categoria: Outros
Comentários: 1
Os deuses e a paz

A palavra «paz» assumiu, ao longo da História, significados tão distinto quanto as entidades e tradições que lhos atribuíram. Há 2500 anos, para os Gregos a paz era incarnada por Eirene, uma das três filhas de Têmis (deusa da justiça, da lei e da ordem) e Zeus (senhor do céu, deus supremo). Eirene era a protectora da infância e da juventude, enquanto as suas irmãs, Eunomia e Dike, velavam pela disciplina e pela justiça, respectivamente. A relação familiar da paz com a justiça e a disciplina nesta concepção grega é notória. Contudo, Eirene tem um inimigo no Olimpo: Polémos, o deus da guerra.

Já para os Romanos a paz era sinónimo de vitórias militares do imperador e do exército. Nas moedas da época pode ver-se a deusa Pax a pisar a cabeça de um vencido ou estando ao lado de legionários e de Marte, o deus da guerra. Foi nesta altura que se cunhou o ditado: «Quem deseja a paz prepare-se para a guerra.» Com o crescente bem-estar no interior do império e consequente desenvolvimento, a paz passou a significar harmonia e prosperidade.

Para os Judeus, a palavra hebraica Shalom, designativa de paz, possui uma multiplicidade de sentidos: prosperidade, bem-estar, felicidade, saúde, segurança, salvação, relações sociais justas, harmonia com Deus, vida em plenitude, condição à qual não falta nada do que é bom. Esta interpretação deriva da experiência de bênção divina que os Judeus viveram ao sentirem-se favorecidos por Deus quando forma libertados da escravidão e da opressão do Egipto e da Babilónia, por considerarem que Deus Se interessava por eles, que os tinha criado, salvo e velava continuamente pelo seu bem. Este estado era denominado «Shalom». Não obstante o Judaísmo ainda espera o tempo de paz plena, o tempo messiânico, em que o poder do Messias, visto como o Príncipe da Paz, é associado a imagens antiguerra, sendo as espadas transformadas em arados e as lanças em foices. A paz messiânica assenta numa confraternização universal simbólica: a coabitação pacífica do lobo com o cordeiro, o leopardo que se deita ao lado do cabrito, o bezerro e o leão que comem juntos e são conduzidos por uma criança, o bebé que brinca com a víbora… Segundo a lei judaica, a paz aparece como o cuidado com a viúva e o órfão, o acolhimento do estrangeiro, o desvelo para com os mais fracos…

O Cristianismo herdou, por assim dizer, a profecia do Judaísmo. Jesus de Nazaré é o tal «Príncipe da Paz», que rejeita a violência e a guerra, regendo-se por uma única lei: «Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.» E acrescentou: «Felizes os que promovem a paz, porque são chamados filhos de Deus.» No entanto, ao adquirir dimensões de império, o Cristianismo aceitou a guerra santa. Como reacção, apareceram instituições de implementação da paz que criaram os abrigos e a “bandeira branca”, sinal de tréguas e de respeito pela vida.

No Islão, «Paz» é um dos nomes de Alá. O próprio vocábulo «Islão» exprime paz, que no contexto religioso reporta a submissão total e voluntária à vontade de Deus, aludindo também à vida harmoniosa e satisfatória dos que se tornam muçulmanos. A única guerra advogada pelos muçulmanos é a defensiva.

No Oriente, pátria das grandes religiões, nasceram várias tradições religiosas, cada qual com o seu conceito de paz. O Budismo e o Hinduísmo, por exemplo, vêem a paz como o Nirvana, a libertação do sofrimento e de tudo o que a ele leva.

Nas culturas índias da América, paz é procurar, em conjunto, consensos que favoreçam todos. Quem fala explica-se e quem ouve presta atenção. No fim, o acordo é selado com o “cachimbo da paz”.

Para as religiões naturais africanas, paz é a totalidade do bem-estar: harmonia com os espíritos e com os antepassados, e plenitude de vida, aqui e daqui por diante.


Maria Bijóias

Título: Os deuses e a paz

Autor: Maria Bijóias (todos os textos)

Visitas: 0

631 

Imagem por: Jeff Kubina

Deixe o seu comentárioDeixe o seu comentário

Comentários     ( 1 )    recentes

  • M.L.E.- Soluções de ClimatizaçãoSusana Farias

    26-09-2014 às 21:03:28

    :) Muito bom, Maria!
    Parabéns!

    ¬ Responder

Comentários - Os deuses e a paz

voltar ao texto
  • Avatar *     (clique para seleccionar)


  • Nome *

  • Email

    opcional - receberá notificações

  • Mensagem *

  • Os campos com * são obrigatórios


  • Notifique-me de comentários neste texto por email.

  • Notifique-me de respostas ao meu comentário por email.

Dica caseira para remover manchas no rosto facilmente

Ler próximo texto...

Tema: Beleza
Dica caseira para remover manchas no rosto facilmente\"Rua
Com a chegada do verão, os cuidados com a pele precisam ser intensificados. É claro que, independente da estação, os cuidados com a saúde e beleza são fundamentais. Mas, no verão, alguns problemas de pele, principalmente da face, tornam-se mais frequentes e, com isso, surgem algumas preocupações. A boa notícia é que, a maior parte dessas preocupações podem ser amenizadas ou até mesmo solucionadas com dicas caseiras de cuidado com a pele.

Logo, certos cuidados como o uso regular de bloqueador solar é importantíssimo, não só para evitar manchas no rosto e no corpo, como também, para evitar doenças graves como o temido câncer de pele. Por isso, a boa hidratação, a limpeza correta da face e o uso de cremes faciais com proteção contra os raios ultravioletas UVA e UVB não podem ser menosprezados.

Outro detalhe relevante é a escolha da alimentação. Para ter uma pele saudável e bonita é preciso evitar o uso de certos alimentos. Sabe-se que os conservantes, corantes e similares, que estão sempre presentes nos alimentos industrializados provocam alergias e outros problemas. Essas substâncias podem fazer surgir ou intensificar doenças como o melasma, aquelas manchas escuras na face. E, essas manchas são sensíveis ao calor do sol e, dependendo da pele, o tratamento exige bastante tempo e recursos financeiros para cuidados e acompanhamento dermatológico.

Mas, você pode preparar em casa uma loção para limpar a pele, reduzir ou até mesmo remover essas manchas escuras. Você vai precisar de um pêssego maduro, um pouco de hidratante facial e uma bisnaga de Bepantol, que é um creme com vitamina A.

Dicas para preparar seu creme removedor de manchas na pele:

Primeiramente, faça o creme de pêssego: é só bater no Mix o pêssego com um pouquinho de água. Para facilitar, amasse o pêssego com uma colher antes de bater no Mix. Depois, peneire a massa de pêssego para o creme ficar mais homogêneo. Em seguida, misture a terça parte da bisnaga de Bepantol ao pêssego com uma colher, preferencialmente de madeira ou de plástico. Com um algodão e com movimentos suaves, aplique a loção no rosto e deixe agir por 40 minutos. Depois lave com água abundante. Evite o uso de esfoliante porque a pele ficará muito sensível. Essa loção pode ser usada até três vezes na semana. Não use sobras de creme.

Pesquisar mais textos:

Zilma Silva

Título:Dica caseira para remover manchas no rosto facilmente

Autor:Zilma Silva(todos os textos)

Imagem por: Jeff Kubina

Alerta

Tipo alerta:

Mensagem

Conte-nos porque marcou o texto. Essa informação não será publicada.

Pesquisar mais textos:

Deixe o seu comentário

  • Nome *

  • email

    opcional - receberá notificações

  • mensagem *

  • Os campos com * são obrigatórios