Planisfério Pessoal
Sendo dotado de profundidade q.b., «Planisfério Pessoal» apresenta-se, igualmente, divertido. Informa, porém sem pretensão. É crítico, apresentando, todavia, uma perspectiva optimista. «Planisfério Pessoal» representa, acima de tudo, um passaporte para as viagens do autor e de todos os que se deixem imbuir pelo carácter nómada da alma deste.
Apesar de não serem totalmente novos, os textos presentes neste livro foram recuperados e editados pelo próprio escritor, portanto melhorados, sem constrangimentos de tempo ou espaço. Em acréscimo, às narrativas das suas vivências juntam-se fotografias que ilustram os locais e os acontecimentos, e uma inevitável inquietação de poder intervir nas manifestas desigualdades, conflitos e em toda a espécie de contextos coibitivos que foi encontrando no palco universal. Paralelamente, Gonçalo Cadilhe socorre-se de pequenas histórias paralelas que permitem compreender de forma mais perfeita as narrações principais.
«Planisfério Pessoal» consubstancia uma produção literária de visões e opiniões do autor acerca das actuais circunstâncias do Planeta em que vivemos, da nossa própria situação e da dos animais e plantas, enquanto moradores da mesma Terra. São descrições veementes de alguém que soube consumar uma admirável simbiose entre as viagens e a escrita.