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Início > Textos > Categoria > Literatura > Vaidade e Que importa?... - Florbela Espanca

Vaidade e Que importa?... - Florbela Espanca

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Categoria: Literatura
Visitas: 50
Comentários: 2
Vaidade e Que importa?... - Florbela Espanca

Sonho que sou a Poetisa eleita,
Aquela que diz tudo e tudo sabe,
Que tem a inspiração pura e imperfeita,
Que reúne num verso a imensidade!
Sonho que um verso meu tem claridade
Para encher todo o mundo! E que deleita
Mesmo aqueles que morrem de saudade!
Mesmo os de alma profunda e insatisfeita!
Sonho que sou Alguém cá neste mundo...
Aquela de saber vasto e profundo,
Aos pés de quem a Terra anda curvada!
E quando mais no céu eu vou sonhando,
E quando mais no alto ando voando,

Acordo do meu sonho... E não sou nada!...Florbela Espanca sonha ser uma grande Poetisa, que diz e sabe tudo. Uma poetisa que tem uma grande inspiração, pura e perfeita e que consegue reunir tudo num só verso. Nesta estrofe, Florbela continua a sonhar. Sonha que os seus versos têm claridade para encher o mundo todo. Na 3º estrofe, ela sonha que é Alguém neste mundo, com um saber vasto e profundo. Ao ponto de a Terra se curvar a ela (como vénia). Na última estrofe, Florbela tem noção que quanto mais alto vai sonhando, que quanto mais alto vai voando um dia acorda do seu sonho e não é nada.

Eu era a desdenhosa, a indiferente.
Nunca sentira em mim o coração
Bater em violências de paixão,
Como bate no peito à outra gente.
Agora, olhas-me tu altivamente,
Sem sombra de desejo ou de emoção,
Enquanto as asas loiras da ilusão
Abrem dentro de mim ao sol nascente.
Minh’alma, a pedra, transformou-se em fonte;
Como nascida em carinhoso monte,
Toda ela é riso, e é frescura e graça!
Nela refresca a boca um só instante...
Que importa?... Se o cansado viandante
Bebe em todas as fontes... Quando passa?...

Nesta estrofe, Florbela Espanca diz-nos que era indiferente ao amor. Nunca sentia em si o coração a bater por paixão, como batia nas pessoas que a rodeavam. Agora o amor olhava para ela “altivamente”, sem desejo ou emoção. Mas mesmo assim, ela iludia-se com esse amor. Nesta estrofe, diz que sua alma era pedra e, agora, transformou-se em fonte. Sua alma estava alegre com este amor. Na 4º estrofe, Florbela pergunta-se quando este amor passará.

Esta é uma análise muito pessoal sobre estes poemas de Florbela Espanca. Não precisa de concorda, apenas apreciar.


Daniela Vicente

Título: Vaidade e Que importa?... - Florbela Espanca

Autor: Daniela Vicente (todos os textos)

Visitas: 50

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Comentários     ( 2 )    recentes

  • Gabriela TorresGabriela Torres

    09-10-2012 às 02:28:08

    Esse poema vaidade e que importa de Florbela Espanca é um dos poemas mais lindos e bem feitos produzidos por essa poetisa.Florbela sempre triste,aparece estar mais calma nesse poema apesar da eterna tristeza.

    ¬ Responder
  • Carla HortaCarla Horta

    08-10-2012 às 23:28:57

    Falar de Florbela é falar de um Ser único cuja vida foi controversa e ao mesmo tempo inspiradora. Sou suspeita para falar da obra de Florbela, pois ela têm uma capacidade única de fazer arrepiar com palavras vindas não se sabe bem de onde - se da alma, se do coração. Lamento somente que a autora do texto tenha escrito tão pouco sobre a sua interpretação do poema de Florbela.

    ¬ Responder

Comentários - Vaidade e Que importa?... - Florbela Espanca

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Martelos e marrettas

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Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: Ferramentas
Martelos e marrettas\"Rua
Os martelos e as marretas são, digamos assim, da mesma família. As marretas poderiam apelidar-se de “martelos com cauda”. Elas são bastante mais robustas e mantêm as devidas distâncias: o cabo é maior.

Ambos constituem, na sua génese, amplificadores de força destinados a converter o trabalho mecânico em energia cinética e pressão.

Com origem no latim medieval martellu, o martelo é um instrumento utilizado para “cacetear” objectos, com propósitos vários, pelo que o seu uso perpassa áreas como o Direito, a medicina, a carpintaria, a indústria pesada, a escultura, o desporto, as manifestações culturais, etcétera, variando, naturalmente, de formas, tamanhos e materiais de composição.

A diversidade dos martelos é, realmente, espantosa. O mascoto, por exemplo, é um martelo grande empregue no fabrico de moedas. Com a crise económica que assola o mundo actualmente, já se imaginam os governantes, a par dos banqueiros, de martelo em punho para que não falte nada às populações…

Há também o marrão que, mais do que o “papa-livros” que tira boas notas a tudo, constitui um grande martelo de ferro, adequado para partir pedra. Sempre poupa trabalho à pobre água mole…

O martelo de cozinha serve para amaciar carne. Daquela que se vai preparar, claro está, e não da de quem aparecer no entretanto para nos martelar a paciência…!

Já no âmbito desportivo, o lançamento do martelo representa uma das provas olímpicas, tendo sido recentemente adoptado na modalidade feminina. Imagine-se se, em vez do martelo, se lançasse a marreta… seria, certamente, mesmo sem juiz nem tribunal, a martelada que sentenciaria a sorte, ou melhor, o azar de alguém!

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Título:Martelos e marrettas

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