Bem vindo à Rua Direita!
Eu sou a Sophia, a assistente virtual da Rua Direita.
Em que posso ser-lhe útil?

Email

Questão

a carregar
Textos | Produtos                                                    
|
Top 30 | Categorias

Email

Password


Esqueceu a sua password?
Início > Textos > Categoria > Instrumentos Musicais > Instrumentos musicais de membrana na África

Instrumentos musicais de membrana na África

Visitas: 61
Comentários: 8
Instrumentos musicais de membrana na África

Na África, como de resto nas zonas mais carenciadas do globo, a pobreza não é, ma maioria dos casos, sinónimo de consternação. Aqui, urge que a necessidade aguce, cada vez mais, o engenho e as obras de arte surgem espontâneas, não só no que se refere ao artesanato, mas também, e quiçá sobretudo, no que respeita à música. E, «como tristezas não pagam dívidas, lá se vai cantando e dançando ao sabor do ritmo conseguido com o fruto, amiudadamente, do desembaraço de moldar o que se tem à mão e do improviso.

Todos os instrumentos cujo som se obtém com a vibração de uma membrana retesada pertencem ao grupo dos instrumentos membranofónicos. Estes instrumentos abrangem uma larga gama, indo dos mais simples, quase improvisados, usados pelas mulheres em contextos de rituais, até aos mais aperfeiçoados.

Têm forma semiesférica, cilíndrica, cónica ou tronco-cónica; podem apresentar uma ou duas membranas, e apresentam tamanhos muito diversos. Também varia a maneira de tocar os tambores. Alguns são percutidos com as mãos e outros com varetas de madeira. Tocam-se em grupo ou a solo.

O tambor é, sem dúvida, o rei dos instrumentos musicais africanos. Poucas são as tribos que não usam o tambor. Os Dogon, do Mali, pensam que o tambor é o meio com que Deus comunica com os Homens. A. M. Jones, estudioso de música africana, dizia: «Para os africanos, o tambor equivale a uma orquestra inteira. Com efeito, nas noites enluaradas, os habitantes dos povoados, fazendo rufar os seus tambores, executam uma autêntica sinfonia coral.»

O tambor falante é um instrumento de uso frequente entre os Dogon e os Bambara, do Mali, e os Ioruba, da Nigéria. Tem a forma de ampulheta (ou relógio de areia), duas membranas de pele e um sistema de cordas, que prendem as duas membranas. Coloca-se o tambor debaixo da axila e, ao exercer pressão nos tirantes, esticam-se as membranas. A maior ou menor pressão nas cordas faz mudar a entoação, imitando, com o som produzido, a língua falada. Por isso, é conhecido também como “tambor falante”. Usa-se para acompanhar a narração de histórias, mitos e lendas, mas, no passado, empregava-se também noutras alturas, como nas feiras e na celebração dos contratos de gado.

O tambor real evoca a História. No antigo reino do Ruanda, mas também no Burundi e no Uganda, os reis possuíam tambores sem uma função propriamente musical, mas apenas como símbolo do seu poder, recorrendo a eles para comunicar à população determinados momentos da vida – sementeira do sorgo ou princípio e fim da jornada do rei. Outros tambores eram usados nas cerimónias de coroação do rei. Esta tradição, que considera o tambor como um símbolo de poder real, ainda se conserva, sob variadas formas, nalguns países. Assim acontece no Gana com o atumpan, o principal tambor falante dos Ashanti, empregue para anunciar a abertura do Parlamento.

O jembé é um tambor dotado de uma única pele e tem a forma de um cálice. É percutido com a mão, segurando a base do tambor entre as pernas. É um tipo de tambor que consegue produzir ritmos e sons bastante interessantes. A pessoa que o toca chama-se dejembefola, sendo que costumam convidar o tocador para acontecimentos sociais, como a circuncisão, matrimónios, etc. No sentido de se obterem ritmos e frases musicais com este tambor, empregam-se três técnicas diferentes: percute-se com a palma da mão no centro da pele para um som surdo e grave, com a palma e os dedos na caixa para sons agudos, e com os dedos entre o centro e as bordas para obter sons médios.

O tambor de água é usado por alguns povos, entre os quais os Senufo, da Costa do Marfim. É feito com a casca de uma cucurbitácea (abóbora, melancia, melão...), cortada ao meio, esvaziada do conteúdo e enchida com água, onde se põe a flutuar outra metade mais pequena, também oca, e que se percute com dois pauzinhos. Pode-se variar o som modificando o nível da água.

O tambor de fricção (também conhecido por zabumba) é um tipo especial de instrumento de membrana. Geralmente, tem forma cilíndrica e a membrana é atravessada por um pau ou uma corda, que ressoam ao ser friccionados com a mão molhada. Este tipo de tambor é muito comum na África Oriental e Central.

O atamo é um tambor plano, pequeno, característico da Etiópia, mas assaz semelhante a outros que se encontram na África Oriental. A caixa é feita de barro ou de madeira. No interior colocam-se sementes ou contas, a fim de se obterem qualidades específicas de som, e usa-se para acentuar o ritmo dos cânticos tradicionais e da dança. Segura-se com uma das mãos e toca-se com os dedos e a palma da outra mão, ou coloca-se debaixo da axila e percute-se com ambas as mãos.



Maria Bijóias

Título: Instrumentos musicais de membrana na África

Autor: Maria Bijóias (todos os textos)

Visitas: 61

786 

Imagem por: Aine D

Deixe o seu comentárioDeixe o seu comentário

Comentários     ( 8 )    recentes

  • SophiaSophia

    06-05-2014 às 21:51:46

    A África é bem conhecida com seu jeito de usar os instrumentos muito bem! Em alguns países nota-se a presença dela como em algumas regiões do Brasil.
    Cumprimentos,
    Sophia

    ¬ Responder
  • M.L.E.- Soluções de Climatizaçãothiago

    22-11-2012 às 18:31:18

    eu queria o nome dos instrumentos

    ¬ Responder
  • isabely

    21-11-2012 às 21:49:47

    eu queria imagem africana por favor botem pelo o amor de DEUS

    ¬ Responder
  • livialivia

    26-05-2011 às 18:43:37

    fred
    é chato

    ¬ Responder
  • M.L.E.- Soluções de Climatizaçãopaulo

    23-11-2010 às 17:31:20

    esta bom mas não encontrei oque presisava e o que eu resisava era do nome dos instrumentos então melhore ele muito.

    ¬ Responder
  • andressaandressa

    14-11-2010 às 18:30:33

    É bom ficar sabendo das coisas que se usavam naquela época.É muito interessante.

    ¬ Responder
  • Jadinayara Olinda BatistaJadinayara Olinda Batista

    17-05-2010 às 19:05:41

    Bom saber tudo oque se passava na quela época *
    essas imforrmaçoes foram muito utios .

    ¬ Responder
  • julio cesarjulio cesar

    12-11-2009 às 17:38:14

    Eu gostaria de saber quais são as relações do instrumento africano,'tambor' e os demais com a criação dos instrumentos da era medieval, ou seja , com o inicio da construção dos instrumentos.

    ¬ Responder

Comentários - Instrumentos musicais de membrana na África

voltar ao texto
  • Avatar *     (clique para seleccionar)


  • Nome *

  • Email

    opcional - receberá notificações

  • Mensagem *

  • Os campos com * são obrigatórios


  • Notifique-me de comentários neste texto por email.

  • Notifique-me de respostas ao meu comentário por email.

Pulp Fiction: 20 anos depois

Ler próximo texto...

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: Arte
Pulp Fiction: 20 anos depois\"Rua
Faz hoje 20 anos que estreou um dos mais importantes ícones cinematográficos americanos.

Pulp Fiction é um marco do cinema, que atirou para a ribalta Quentin Tarantino e as suas ideias controversas (ainda poucos tinham visto o brilhante “Cães Danados”).

Repleto de referências ao cinema dos anos 70 e com uma escolha de casting excepcional, Pulp Fiction conquistou o público com um discurso incisivo (os monólogos bíblicos de Samuel L. Jackson são um exemplo disso), uma violência propositadamente mordaz e uma não linearidade na sucessão dos acontecimentos, tudo isto, associado a um ritmo alucinante.

As três narrativas principais entrelaçadas de dois assassinos, um pugilista e um casal, valeram-lhe a nomeação para sete Óscares da Academia, acabando por vencer na categoria de Melhor Argumento Original, ganhando também o Globo de Ouro para Melhor Argumento e a Palma D'Ouro do Festival de Cannes para Melhor Filme.

O elenco era composto por nomes como John Travolta, Samuel L. Jackson, Bruce Willis, Uma Thurman e (porque há um português em cada canto do mundo) Maria de Medeiros.

Para muitos a sua banda sonora continua a constar na lista das melhores de sempre, e na memória cinéfila, ficam eternamente, os passos de dança de Uma Thurman e Travolta.

As personagens pareciam ser feitas à medida de cada actor.
Para John Travolta, até então conhecido pelos musicais “Grease” e “Febre de Sábado à Noite”, dar vida a Vincent Vega foi como um renascer na sua carreira.

Uma Thurman começou por recusar o papel de Mia Wallace, mas Tarantino soube ser persuasivo e leu-lhe o guião ao telefone até ela o aceitar.

Começava ali uma parceria profissional (como é habitual de Tarantino) que voltaria ao topo do sucesso com “Kill Bill”, quase 10 anos depois.

Com um humor negro afiadíssimo, Tarantino provou em 1994 que veio para revolucionar o cinema independente americano e nasceu aí uma inspirada carreira de sucesso, que ainda hoje é politicamente incorrecta, contradizendo-se da restante indústria.

Pulp Fiction é uma obra genial. Uma obra crua e simultaneamente refrescante, que sobreviveu ao tempo e se tornou um clássico.
Pulp Fiction foi uma lição de cinema!

Curiosidade Cinéfila:
pulp fiction ou revista pulp são nomes dados a revistas feitas com papel de baixa qualidade a partir do início de 1900. Essas revistas geralmente eram dedicadas às histórias de fantasia e ficção científica e o termo “pulp fiction” foi usado para descrever histórias de qualidade menor ou absurdas.

Pesquisar mais textos:

Carla Correia

Título:Pulp Fiction: 20 anos depois

Autor:Carla Correia(todos os textos)

Imagem por: Aine D

Alerta

Tipo alerta:

Mensagem

Conte-nos porque marcou o texto. Essa informação não será publicada.

Pesquisar mais textos:

Deixe o seu comentário

  • Nome *

  • email

    opcional - receberá notificações

  • mensagem *

  • Os campos com * são obrigatórios