Desde Janeiro de 2009 que a certificação energética de casas entrou em vigor, mas será que já sabe o que é preciso ter para obter esta tal certificação? Se não, então este texto é para si…

Cada vez mais se fala em cuidar do ambiente, dai a necessidade de ter casas que ajudem a minimizar os danos ambientais.

Se estiver a pensar comprar casa, opte por uma que já tenha o nível de eficiência A, que além do mais lhe dá direito a dedução no IRS até 10% sobre o total do empréstimo à habitação, além de que reduz a sua factura energética e lhe dá uma consciência mais tranquila, ao saber que é amiga do meio ambiente. Mas atenção que se for comprar uma casa já antiga, dificilmente terá o nível A, só mesmo se abrir os cordões à bolsa e investir numa residência novinha em folha.

Sejam ou não eficientes, o certo é que desde o início do ano que todos os edifícios são obrigados a ter o seu bilhete de identidade energético, quer seja para venda, quer seja para arrendamento. Quando é feita a avaliação da eficiência energética, são tidos em conta factores como: climatização da casa, aquecimento da água, qualidade do ar e a ventilação dos espaços… Sendo que esta avaliação é feita por peritos certificados pela ADENE (Agência para a Energia). Só que pedir esta certificação fica caro, podendo variar os preços entre os dois ou três euros por metro quadrado, mais IVA. Por exemplo, uma casa de 120 m2, mais os 45 euros da emissão do certificado, mais IVA, pode atingir os 430 euros, valor a ser pago pelo construtor da casa ou pelo vendedor. Assim, ter uma casa “verde” sai caro. Só que tudo isto tem vários aspectos positivos. Além do Certificado Energético ter a validade de dez anos, vai ver que quanto mais eficiente for a casa, menos pagará de conta de electricidade e de gás.

Se quer ter uma casa verdadeiramente ambientalista, tenha em conta as seguintes dicas:

- opte por vidros duplos nas janelas e caixilhos de qualidade;
- as janelas devem estar em fachadas opostas para uma boa ventilação;
- na pintura exterior prefira cores claras, que é mais adequada para climas quentes;
- tente usar uma bomba de calor, aproveitando a energia geotérmica;
- deve ter boas tubagens de climatização;
- as paredes e o tecto devem ter um bom isolamento;
- o chão deve ter isolamento térmico;
- aposte em painéis foto voltaicos e solares (é certo que o investimento num painel solar é alto, mas tenha em conta que satisfaz entre 60 a 80%; das necessidades do lar além de que com a dedução de 30% no IRS, entre 4 a seis anos recupera o valor investido);
- os aerogeradores também são uma opção a ter em conta;
- tente que a casa tenha orientação a sul.

Tudo isto pode parecer difícil de conseguir, mas a verdade é que cada vez mais, os construtores têm em conta estes parâmetros, por isso, antes de pensar que é tudo caro, pense bem, porque de pequenas decisões como estas, pode depender o futuro. E a moda é cada vez mais pensar “verde”, não me diga que quer ficar de fora?