Bem vindo à Rua Direita!
Eu sou a Sophia, a assistente virtual da Rua Direita.
Em que posso ser-lhe útil?

Email

Questão

a carregar
Textos | Produtos                                                    
|
Top 30 | Categorias

Email

Password


Esqueceu a sua password?
Início > Textos > Categoria > Outros > O triste espectáculo da tourada

O triste espectáculo da tourada

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Categoria: Outros
Visitas: 4
Comentários: 8
O triste espectáculo da tourada

Lembro-me de ser pequeno e até achar graça às touradas que via na televisão. Gostava particularmente dos cavalos, com os seus gestos elegantes e graciosos e o seu porte sempre nobre. Também apreciava as pegas de caras, admirando a coragem dos forcados. Quando ia à praia e a ondulação estava forte, lembrava-me muitas vezes dos forcados a enfrentarem o impacto do touro, quando eu recebia o impulso das ondas que, ora me faziam recuar alguns passos, ora me derrubavam e arrastavam para terra.

Nessa altura, não dava muita importância ao sangue, às farpas, aos ferros e bandarilhas que se cravam no touro. Mas creio que até foi mesmo o sangue que começou a chamar-me a atenção para o conjunto de sofrimentos desnecessários a que se assiste, na festa brava. Ao que parece, hoje em dia, já não se veem tantos cavalos brancos como outrora. Mas, naquela altura, vários eram os cavaleiros que montavam cavalos brancos. Ao aplicarem as suas esporas no cavalo, faziam correr um fio de sangue, de cada flanco do animal, que se notava, contra a cor do cavalo, e isso começou a deixar-me negativamente impressionado. E a simpatia ou pena pelo sofrimento do cavalo, depressa se alargou para o touro.

Assim, e há já muitos anos, tornei-me um opositor das touradas. Considero-as um espetáculo degradante, cruel e injustificado, duma violência e riscos desnecessários, que apenas alimenta (e talvez até o fomente, também) o sádico gozo e desejo de infligir sofrimento que existe nalgumas pessoas.

Há mais de uma década, quando a polémica tradição dos touros de morte em Barrancos ganhou protagonismo, confesso que me senti dececionado com a cobardia do Governo, perante o crime que recorrentemente se praticava naquela localidade. O Governo devia ter tomado uma posição forte e impedido a continuação dessa situação, impondo aos barranquenhos o respeito pelas leis do País. Ao invés disso, acobardou-se e criou um regime de exceção. Ou seja, passaram a haver portugueses normais e portugueses especiais, furtando-se o Estado de promover a evolução moral do seu povo, como devia ser a sua obrigação pedagógica.

No caso de Barrancos, para além de me opor à lide do touro em arena (sendo igualmente condenável, quer resulte ou não na morte do Touro), também me sentia revoltado com a falta de respeito que se demonstrava pelas leis nacionais, as quais, no seu todo, são o garante das liberdades, direitos e garantias que todos (incluindo os barranquenhos, certamente) gostam de ter.

Portugal é um país riquíssimo em história e tradições. São o que nos individualiza como povo. Mas não acredito que o fim da tourada, seja com ou sem morte do touro, vá afectar a nossa identidade. Quanto muito, poderia testemunhar maturidade, mostrando que sabemos ser os mesmos, ainda que abdiquemos de algum dos nossos hábitos, e elevação moral e desejo de evolução, abandonando o que de mais bárbaro e retrógrado ainda existe em nós.

A morte de animais é necessária. Faz parte de como funciona a natureza. Abater animais é necessário, quer para controlo e equilíbrio de habitats, quer para a alimentação. E isso, embora se possa considerar algo triste, não é o que me choca. O que me revolta na tourada ou noutras situações em que tal aconteça, é que se cause e promova o sofrimento e a morte de um animal, sem qualquer outro propósito que não seja o espectáculo e o entretenimento. Gostava que o ser humano já tivesse ultrapassado essa fase do seu percurso evolutivo, e aguardo com esperança que essa evolução se concretize finalmente, passando as touradas a ser apenas uma faceta triste do passado.


Paulo c. Alves

Título: O triste espectáculo da tourada

Autor: Paulo c. Alves (todos os textos)

Visitas: 4

659 

Deixe o seu comentárioDeixe o seu comentário

Comentários     ( 8 )    recentes

  • SophiaSophia

    26-05-2014 às 04:07:41

    É sempre engraçado ver esses espetáculos de tourada. Todas as vezes que eu ia assistir a Feira Agropecuária de minha cidade, não perdia os shows delas! Muito bom!
    Cumprimentos,
    Sophia

    ¬ Responder
  • Carla HortaCarla Horta

    16-09-2012 às 16:31:10

    Muitas vezes se defendem as touradas com as tradições que existem desde sempre e com o argumento de que também se matam os animais para comer. O grave problema reside no facto de uma tourada divertir pessoas em prol do sofrimento dos animais. Qualquer tipo de iniciativa deste género deve e tem de ser repensada. Não podemos proteger somente alguns animais, temos de protege-los a todos.

    ¬ Responder
  • M.L.E.- Soluções de ClimatizaçãoJoel Gomes

    12-09-2012 às 14:36:34

    não entendo é o continuo protesto contra esta tradição...
    São APENAS touros, animais, nada mais....
    Mas pronto, os que se acham superiores pararam de pensar no ser humano e passar a proteger que não tem necessidade disso...

    ¬ Responder
  • M.L.E.- Soluções de ClimatizaçãoSofia Nunes

    12-09-2012 às 12:19:23

    Triste, hediondo, cruel... Tudo isto é sinónimo de touradas. Um espectáculo para o qual é arrastado um herbívoro pacífico, dele se esperando que seja bravo, que invista, que dê um bom espectáculo à multidão (felizmente cada vez menor) sedenta de sangue. Tourada não é cultura! Torturar animais para gáudio de uns quantos que escolhem ocupar-se com entretenimento ultrapassado não é próprio de um mundo que devia estar a caminhar para o progresso moral.

    ¬ Responder
  • M.L.E.- Soluções de ClimatizaçãoJoel Gomes

    12-09-2012 às 11:48:13

    Não entendo qual é o problema em matar os touros!
    Não matamos galinhas para comer? Então qual o problema de matar um touros de vez em quando? O pior de tudo é o perder de uma tradição tão bonita como a que se tem em Barrancos.

    Estou a ver que aqui ninguém gosta desta beleza tão nossa...
    http://www.ruadireita.com/eventos/info/barrancos-os-touros-de-morte/

    ¬ Responder
  • Paulo c. AlvesPaulo c. Alves

    12-09-2012 às 12:41:51

    Caro Joel. O problema não está em matar o touro, nem na morte de qualquer animal, para a alimentação.
    O que é triste é que se explore o sofrimento desnecessário do animal para fazer espectáculo. Não há nada de bonito nisso.
    Existem tradições muito mais bonitas e úteis que se devem defender e preservar, na cultura portuguesa.

    ¬ Responder
  • M.L.E.- Soluções de ClimatizaçãoJoel Gomes

    12-09-2012 às 12:49:22

    Gostava de saber que tradição consegue ser mais bonita, bela e vibrante que a de uma bela tourada, onde onde o homem e o animal se encontra frente a frente num duelo de forças... Onde o sangue jorra do animal a cada estocada.
    E a multidão aplaude o belo espectáculo oferecido pelo toureiro...

    Incultos.... se soubessem mais sobre touradas não falavam assim...

    ¬ Responder
  • Paulo c. AlvesPaulo c. Alves

    12-09-2012 às 13:54:08

    Não sou inculto. Apenas não gosto da tua "cultura". Tal como tu podes não gostar da minha. Todos temos a nossa opinião. Felizmente, conheço muitas outras expressões da cultura portuguesa que aprecio. É muito bom ser "inculto" aos teus olhos.

Comentários - O triste espectáculo da tourada

voltar ao texto
  • Avatar *     (clique para seleccionar)


  • Nome *

  • Email

    opcional - receberá notificações

  • Mensagem *

  • Os campos com * são obrigatórios


  • Notifique-me de comentários neste texto por email.

  • Notifique-me de respostas ao meu comentário por email.

A história da fotografia

Ler próximo texto...

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: Fotografia
A história da fotografia\"Rua
A história e princípios básicos da fotografia e da câmara fotográfica remontam à Grécia Antiga, quando Aristóteles verificou que os raios de luz solar e com o uso de substâncias químicas, ao atravessarem um pequeno orifício, projetavam na parede de um quarto escuro a imagem do exterior. Este método recebeu o nome de câmara escura.

A primeira fotografia reconhecida foi uma imagem produzida em 1826 por Niepce. Esta fotografia foi feita com uma câmara e assente numa placa de estanho coberta com um derivado de petróleo, tendo estado exposta à luz solar por oito horas, esta encontra-se ainda hoje preservada.

Niepce e Louis –Jacques Mandé Daguerre inciaram em 1829 as suas pesquisas, sendo que dez anos depois foi oficializado o processo fotográfico o nome de daguerreótipo. Este processo consistia na utilização de duas placas, uma dourada e outra prateada, que uma vez expostas a vapores de iodo, formando uma pelicula de iodeto de prata sobre a mesma, ai era a luz que entrava na camara escura e o calor gerado pela luz que gravava a imagem/fotografia na placa, sendo usado vapor de mercúrio para fazer a revelação da imagem. Foi graças á investigação realizada por Friedrich Voigtlander e John F. Goddard em 1840, que os tempos de exposição e revelação foram encurtados.




Podemos dizer que o grande passo (não descurando muitas outras mentes brilhantes) foi dado por Richard Leach Maddox, que em 1871 fabricou as primeiras placas secas com gelatina, substituindo o colódio. Três anos depois, as emulsões começaram a ser lavadas com água corrente para eliminar resíduos.

A fotografia digital


Com o boom das novas tecnologias e com a capacidade de converter quase tudo que era analógico em digital, sendo a fotografia uma dessas mesmas áreas, podemos ver no início dos anos 90, um rápido crescimento de um novo mercado, a fotografia digital. Esta é o ideal para as mais diversas áreas do nosso dia a dia, seja a nível profissional ou pessoal.

As máquinas tornaram-se mais pequenas, mais leves e mais práticas, ideais para quem não teve formação na área e que não tem tempo para realizar a revelação de um rolo fotográfico, sem necessidade de impressão. Os melhores momentos da nossa vida podem agora ser partilhados rapidamente com os nossos amigos e familiares rapidamente usando a internet e sites sociais como o Facebook e o Twitter .

A primeira câmara digital começou a ser comercializada em 1990, pela Kodak. Num instante dominou o mercado e hoje tornou-se produto de consumo, substituindo quase por completo as tradicionais máquinas fotográficas.

Sendo que presentemente com o aparecimento do FullHD, já consegue comprar uma máquina com sensores digitais que lhe permitem, além de fazer fotografia, fazer vídeo em Alta-Definição, criando assim não só fotografias quase que perfeitas em quase todas as condições de luz bem como vídeo com uma qualidade até agora impossível no mercado do vídeo amador.

Tirar fotografias já é acessível a todos e como já não existe o limite que era imposto pelos rolos, “dispara-se” por tudo e por nada. Ter uma máquina fotográfica não é mais um luxo, até já existem máquinas disponíveis para as crianças. Muitas vezes uma fotografia vale mais que mil palavras e afinal marca um momento para mais tarde recordar.

Pesquisar mais textos:

Bruno Jorge

Título:A história da fotografia

Autor:Bruno Jorge(todos os textos)

Alerta

Tipo alerta:

Mensagem

Conte-nos porque marcou o texto. Essa informação não será publicada.

Deixe o seu comentárioDeixe o seu comentário

Comentários

  • Rua DireitaRua Direita

    05-05-2014 às 03:48:18

    Como é bom viver o hoje e saber da história da fotografia. Isso nos dá a ideia de como tudo evoluiu e como o mundo está melhor a cada dia produzindo fotos mais bonitas e com qualidade!

    ¬ Responder

Pesquisar mais textos:

Deixe o seu comentário

  • Nome *

  • email

    opcional - receberá notificações

  • mensagem *

  • Os campos com * são obrigatórios