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A moda do telemóvel

Categoria: Telemóveis
Visitas: 14
Comentários: 3
A moda do telemóvel

A maior parte de nós não tem noção da dependência que patenteia relativamente à tecnologia. Acções do dia-a-dia, como enviar uma mensagem ou conferir a existência de correio no e-mail de cinco em cinco minutos tornaram-se tão naturais que já não se lhes dá importância nem reparo. A Internet e os telemóveis lideram o ranking desta servidão. Trata-se, muitas vezes, de um distúrbio psicológico a que não é dada a devida atenção. É claro que para tal diagnóstico não se baseia apenas do número de horas dispendidas com os aparelhos, mas normalmente há todo um conjunto de atitudes paralelas que evocam patologia.

Estudos efectuados por institutos de ensino superior atestam que mais de 50 por cento dos alunos têm o telemóvel ligado na escola, sendo que a maior parte, cerca de dois terços, afirma que o aparelho só lhe é útil se estiver ligado ininterruptamente, e outra parcela admite nunca o desligar ou retirar o som, mesmo em velórios, missas, funerais e consultas médicas.

Actualmente, é exigido aos jovens, desde tenra idade, que se mantenham constantemente em contacto, e se algo falha a nível do engenho ou da rede, instala-se o caos e o fim do mundo parece iminente. O contacto em permanência não é sinónimo de dependência; constitui, antes, uma mediação que responde à necessidade de comunicar.

A moda do telemóvel não se refere somente a andar com ele para todo o lado, mas a trocá-lo sistematicamente, não porque o antigo se tenha estragado, mas porque o novo oferece funcionalidades diferentes e mais apelativas. A dependência afectiva do telemóvel reveste-se, também, de um carácter fashion… Para além de prático, com a possibilidade de ser utilizado como leitor de MP3, máquina fotográfica e de filmar e software de processamento de texto e acesso à Internet.

McLuhan, teórico de comunicação canadiano, declara que as tecnologias são uma «extensão do Homem», funcionando como um meio de interacção deste com a realidade que o envolve. Não obstante, apesar dos incomensuráveis benefícios, tudo o que é em excesso não pode trazer apenas regalias. Onde ficam a leitura e o convívio mais convencional? Até os namoros se processam com recurso a SMS, e a arte da sedução já se serve das mensagens escritas para marcar encontros amorosos com as pessoas visadas.

As campanhas promocionais das operadoras móveis assentam, em grande medida, em elevadíssimas taxas de penetração do telemóvel, em alguns casos acima dos 100 por cento, e na tendência de crescimento da sua utilização. A pressão social tem aqui, igualmente, uma palavra a dizer: o facto de toda a gente ter um telemóvel leva a que quem não o tem se sinta um “bicho raro”. A exclusão, ainda que tecnológica é difícil de gerir…



Maria Bijóias

Título: A moda do telemóvel

Autor: Maria Bijóias (todos os textos)

Visitas: 14

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Comentários     ( 3 )    recentes

  • Luene ZarcoLuene

    03-11-2014 às 02:30:10

    Essa moda do telemóvel realmente pegou de tal forma que as pessoas estão muito mais dependente para fazerem qualquer coisa.

    ¬ Responder
  • SophiaSophia

    02-06-2014 às 16:56:24

    Essa moda do telemóvel é cada vez mais intensa na vida das pessoas. Parece que as pessoas não respiram mais sem tê-lo ao lado. Elas têm que se libertarem dessa prisão.
    Cumprimentos,
    Sophia

    ¬ Responder
  • M.L.E.- Soluções de Climatizaçãojoao

    20-05-2009 às 18:41:26

    Vivo com 2 telemóveis. A minha namorada por vezes tem ciumes. Acordo e deito-me sempre com eles. Sem telemóveis stresso. Bato muito mal.

    Por isso dona Maria Obrigado pelo seu sacarsmo e os telemóveis.

    ¬ Responder

Comentários - A moda do telemóvel

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Martelos e marrettas

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Tema: Ferramentas
Martelos e marrettas\"Rua
Os martelos e as marretas são, digamos assim, da mesma família. As marretas poderiam apelidar-se de “martelos com cauda”. Elas são bastante mais robustas e mantêm as devidas distâncias: o cabo é maior.

Ambos constituem, na sua génese, amplificadores de força destinados a converter o trabalho mecânico em energia cinética e pressão.

Com origem no latim medieval martellu, o martelo é um instrumento utilizado para “cacetear” objectos, com propósitos vários, pelo que o seu uso perpassa áreas como o Direito, a medicina, a carpintaria, a indústria pesada, a escultura, o desporto, as manifestações culturais, etcétera, variando, naturalmente, de formas, tamanhos e materiais de composição.

A diversidade dos martelos é, realmente, espantosa. O mascoto, por exemplo, é um martelo grande empregue no fabrico de moedas. Com a crise económica que assola o mundo actualmente, já se imaginam os governantes, a par dos banqueiros, de martelo em punho para que não falte nada às populações…

Há também o marrão que, mais do que o “papa-livros” que tira boas notas a tudo, constitui um grande martelo de ferro, adequado para partir pedra. Sempre poupa trabalho à pobre água mole…

O martelo de cozinha serve para amaciar carne. Daquela que se vai preparar, claro está, e não da de quem aparecer no entretanto para nos martelar a paciência…!

Já no âmbito desportivo, o lançamento do martelo representa uma das provas olímpicas, tendo sido recentemente adoptado na modalidade feminina. Imagine-se se, em vez do martelo, se lançasse a marreta… seria, certamente, mesmo sem juiz nem tribunal, a martelada que sentenciaria a sorte, ou melhor, o azar de alguém!

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