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Grito de silêncio!

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Categoria: Outros
Grito de silêncio!

Sinto-me como se fosse uma alma penada, espreitando por estre as portas, janelas e frinchas. Espreitando a vossa vida. Vendo-vos crescer à distância. Quero abraçar-vos mas não posso. Queria sorrir, mas não consigo. Não! Há sete anos que não consigo sorrir. Claro que qualquer pessoa pode ver-me sorrir nas mais diversas situações. É lógico que continuo a sorrir por fora, mas não o faço por dentro. Por fora ninguém sabe. Por fora ninguém diz que estou mal. Por fora ninguém conhece as minhas angústias, os meus pesadelos. Agora, por dentro sinto-me a definhar de saudades. Sinto o meu coração a morrer por falta de vocês.
Eu sei que também não é facil para eles. Mas eles não estão sozinhos. Eles têm-se uns aos outros. Eu não. Eu estou sozinha. Sozinha num mundo cheio de coisas que eu não gosto. Claro que há outras que gosto. Mas se continuo a viver é por eles. Apetece-me tanto gritar. Mas só o posso fazer em silêncio. Só em silêncio.

Sei que neste momento o leitor está a perguntar: “quem são eles?”. Não!Não digo. Não posso revelar. Ainda não posso. Pelo menos ainda não. Quem me dera ter uma varinha de condão e mudar um pouco da minha história. Quem me dera recuar sete anos e refazer a minha história. Oh, se eu pudesse...Mas não dá.

A vida continua e eu tenho de seguir em frente mesmo sem vocês meus queridos. Tem de ser. A vida é injusta, por vezes muito cruel. Mas tem de ser. Talvez um dia nos encontremos. Talvez um dia, quando eu for velhinha, vocês se lembrem de mim. Nessa altura o tempo será outro. Mesmo assim não perco a esperança de que esse abraço tão apetecido um dia venha a acontecer. E se acontecer, quando acontecer, será um dos dias mais felizes de toda a minha vida. Só aí é que vou saber se a minha vida foi em vão. Só aí vou ter a certeza do quão forte eu sou por dentro.

Por enquanto só me resta ter esperança e continuar o meu caminho por estre as brumas do tempo. Talvez vendo passar mais sete anos, ou até mais. O importante é que nunca vos esqueço. Estejam onde estiverem, eu não me esqueço de vocês.

E para quê esquecer se são estas memórias que apesar de amargas me consolam? Estou sempre aqui. Mesmo que eles não vejam, eu estou aqui. Sempre aqui, para um dia os abraçar a todos um por um. Mas a vida dá muitas voltas. Oh se dá! E eu que o diga. Pode ser que mais dia menos dia dê outra volta que me faça sorrir finalmente, e que me aqueça o coração.


Jovita Capitão

Título: Grito de silêncio!

Autor: Jovita Capitão (todos os textos)

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Pulp Fiction: 20 anos depois

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Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: Arte
Pulp Fiction: 20 anos depois\"Rua
Faz hoje 20 anos que estreou um dos mais importantes ícones cinematográficos americanos.

Pulp Fiction é um marco do cinema, que atirou para a ribalta Quentin Tarantino e as suas ideias controversas (ainda poucos tinham visto o brilhante “Cães Danados”).

Repleto de referências ao cinema dos anos 70 e com uma escolha de casting excepcional, Pulp Fiction conquistou o público com um discurso incisivo (os monólogos bíblicos de Samuel L. Jackson são um exemplo disso), uma violência propositadamente mordaz e uma não linearidade na sucessão dos acontecimentos, tudo isto, associado a um ritmo alucinante.

As três narrativas principais entrelaçadas de dois assassinos, um pugilista e um casal, valeram-lhe a nomeação para sete Óscares da Academia, acabando por vencer na categoria de Melhor Argumento Original, ganhando também o Globo de Ouro para Melhor Argumento e a Palma D'Ouro do Festival de Cannes para Melhor Filme.

O elenco era composto por nomes como John Travolta, Samuel L. Jackson, Bruce Willis, Uma Thurman e (porque há um português em cada canto do mundo) Maria de Medeiros.

Para muitos a sua banda sonora continua a constar na lista das melhores de sempre, e na memória cinéfila, ficam eternamente, os passos de dança de Uma Thurman e Travolta.

As personagens pareciam ser feitas à medida de cada actor.
Para John Travolta, até então conhecido pelos musicais “Grease” e “Febre de Sábado à Noite”, dar vida a Vincent Vega foi como um renascer na sua carreira.

Uma Thurman começou por recusar o papel de Mia Wallace, mas Tarantino soube ser persuasivo e leu-lhe o guião ao telefone até ela o aceitar.

Começava ali uma parceria profissional (como é habitual de Tarantino) que voltaria ao topo do sucesso com “Kill Bill”, quase 10 anos depois.

Com um humor negro afiadíssimo, Tarantino provou em 1994 que veio para revolucionar o cinema independente americano e nasceu aí uma inspirada carreira de sucesso, que ainda hoje é politicamente incorrecta, contradizendo-se da restante indústria.

Pulp Fiction é uma obra genial. Uma obra crua e simultaneamente refrescante, que sobreviveu ao tempo e se tornou um clássico.
Pulp Fiction foi uma lição de cinema!

Curiosidade Cinéfila:
pulp fiction ou revista pulp são nomes dados a revistas feitas com papel de baixa qualidade a partir do início de 1900. Essas revistas geralmente eram dedicadas às histórias de fantasia e ficção científica e o termo “pulp fiction” foi usado para descrever histórias de qualidade menor ou absurdas.

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Carla Correia

Título:Pulp Fiction: 20 anos depois

Autor:Carla Correia(todos os textos)

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