Porque ter uma lareira
Refastelar-se ali, esfregando as mãos, a ouvir o crepitar da lenha a arder, que mais aparenta o estalar de pipocas na panela, é uma cena relaxante pela qual se anseia ao cabo de um estafante dia de trabalho.
Mais ainda se se gostar de tricotar e houver um gato em casa, que se entretenha a desenrolar o novelo de lã. Aí seria realmente “ouro sobre azul”. Está montado o cenário perfeito para um verdadeiro conto de fadas…
Antes de acender a lareira convém verificar se não há objectos por perto. As meias só lá se põem no Natal e, mesmo assim, não consta que o Pai Natal deixe os presentinhos em meias torradas!
Coitado, com tanto descer lareiras, qualquer dia, algum insatisfeito armado em criativo ainda lhe começa a chamar “limpa-chaminés”…
Há quem encontre na lareira outras funcionalidades e, então, assam-se castanhas e até a carne do jantar.
Atenção que se o cheiro chega ao exterior ainda alguém pensa que se trata de um sacrifício humano, com tentativa de ocultação das provas!
De ressalvar, contudo, os cuidados a ter com a ventilação do espaço, pois a inalação do fumo pode ser bastante perigosa. Era caso para dizer: «Não morre do frio, morre da “lareirite”».