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Antes que seja tarde 5º capitulo

Categoria: Literatura
Antes que seja tarde 5º capitulo

"Um pedaço de pão comido em paz é melhor do que um banquete comido com ansiedade."

Esopo

7 De Junho de 2005

O medo rompe o silêncio. Funde-se nos relâmpagos que rebentavam no céu debaixo do corpo e alma da chuva que descia pelos céus obscuros naquela tarde de verão mas que estava assombrada pela frieza da luz que fazia congelar os corações mais voláteis. Fecham-se os olhos, revivem-se os sonhos perfumados de ilusões, transpirando sentimentos pintados a preto e branco, por um instante um sonho diferente, uma vida cheia de magia que acompanha os desejos e que desvanece numa madrugada de nevoeiro que percorre cada batimento da máquina. Sente os dedos fundirem-se na chuva intensa, debaixo dos flashes dos relâmpagos, lágrimas de coragem sobre a dor que ninguém sabe. Sente-se perdido, mergulhado no pecado fingidor de uma lua solitária, demasiado amor para sobreviver num coração que jamais se renderá. Mas volta a brilhar o arco-íris, sente o calor do isqueiro que caminhava em direcção ao cigarro que esperava nos seus lábios, secos mas famintos do vício. Sente-se liberto, num mundo a parte da escuridão que assombrava a sua sombra, deixara de sentir medo, enfrentara cara a cara o medo mas este ganhava terreno a cada passo do ponteiro do relógio. Estava numa luta desigual, sem piedade, que lhe percorre a espinha, se derrama na suas veias e desacelera a máquina que teima em deixar de bater mais cedo ou mais tarde. Dá fulgor a um novo acender do cigarro fundido nos seus lábios, alimentando a boca de uma chuva incandescente que não que não lhe queima o corpo mas a mente.

Isabel aproxima-se dele devagar, pelo quarto onde a lua se teimava em deitar sensualmente nos lençóis roxos acalmando a tempestade e parar o tempo nem que fosse por um segundo. Os seus olhos rompiam com cada foco de luz vindo do céu, quebravam o passo sensual, beijando o coração de sensualidade voraz e se desfazendo com a espuma do sal do mar. Vivia uma ilusão como uma criança enamorada, coração apertado, uma luz que a guiavam a Afonso, volátil no tempo, desfeito pelos vícios e perdidos nas suas curvas eróticas onde qualquer homem perdia o controlo de si mesmo e se despistava em cada latido esfomeado que batia dentro dos peitos.

A mão dela pousa no ombro de Afonso, pousava na grande aventura que os dois construíram, rebentaram fronteiras e se saciavam em cada sonho doce e erótico em rumo ao desejo de um capricho que sufocava o amor que como um malmequer, cujas folhas brancas e finas desciam perfumando a ilusão de uma grande ilusão de sentimentos derramando-se num chão de areia junto ao mar. Afaga os braços em silêncio sobre o peito de Afonso. Os seus lábios mexiam-se sob o culminar da chama do cigarro. Isabel aperta com força o peito frágil de Afonso, entrelaçam-se as almas do ritmo da emoção, rebentam as correntes do real e os levam, no culminar e desapego de mais um cigarro, a mais uma ilusão erótica desgarrada pelos corpos, descarregada pela alma até ao fulminar do derrame dos desejos e paixões caprichosas no cume da montanha do prazer instantâneo.



2 De agosto de 2005

Os dias molhados pela chuva intensa e relampejante, desapareceram. A cor dos dias de verão voltara em força. O calor apertava e desfazia as nuvens eclipsadas O ar estava quente, escaldava a cada movimento, a cada brisa que não refrescava mas aquecia a mente a cada segundo que passava, movimentava cada flor que ia secando, amarela, que ia morrendo a cada brisa daquele Verão. O calor fazia os corpos procurarem dentro do calor humano, dentro de outro corpo a desejada frieza que os mantinha neste mundo.

-Isabel?! – Chama Afonso, pela manha. Procurara com o seu braço direito o corpo de Isabel mas sem sucesso. Não estava ao seu lado, o seu corpo belo, definido e provocante.

Levanta-se, ainda com preguiça mas com medo. A falta de Isabel ao seu lado sufocava-o, fazia-o sentir-se a morrer por dentro sem o brilho dos olhos azuis de Isabel que lhe faziam circular o sangue nas veias, alimentavam a máquina antes da derradeira paragem.

Isabel puxava para baixo a curta saia preta, apertava o botão da camisa, que se fazia demasiado provocador e passara com as mãos na tímida barriga…

Rafael estava com ela, apesar do seu estado ainda um pouco lastimável, pouco cuidado, com a roupa que se assemelhava mais a uma folha de papel dentro de uma mão cheia de raiva. Tinha a barba por fazer há inúmeros dias, já lhes perdera a conta. Sentiu-se cansado da espera, acaba por se sentar nas duras cadeiras pretas da sala de espera. Isabel andava ás voltas sob o som do eco dos seus sapatos na sala. Olha para o relógio da sala, preto e branco, debaixo das paredes pálidas e do chão sem cor.

O tempo parecia não passar, mas o mundo parecia ter parado quando Rafael se ergue e olha para o corredor que tinha ligação a sala de espera. As lágrimas escorreram-lhe pelos olhos, não contera e emoção, a decepção, o desgosto que sentia e com o qual tinha de lidar. Isabel olha para ele e apercebe-se do estado dele. Vira o seu olhar para o corredor, fica estática, ainda debaixo do som do último eco do último passo. Os seus olhos pareciam um vitral, vidrados na figura idosa que vinha na sua direcção, uma figura tremula, vestida de negro, sustentada pela bengala já gasta e do braço do enfermeiro. A cada passo que se aproximava das duas figuras estáticas, Rafael encontrava-se cada vez mais fraco, cada vez com menos forças para suportar a força e dureza da dor. Apesar de ser um ritual que fazia todos os domingos parecia que a cada domingo a carga de sentimento parecia afundar cada vez mais na mágoa, na fraqueza da força dos sentimentos que se expressavam cada vez mais por cada vez que o enfermeiro levava a sua mãe até ele para passar uma hora de uma viagem no tempo, muda, sem cor, apenas com presenças de corpo, sem alma que navegava nos setes mares da alma perdida.

Afonso acabara de sair do banho, debaixo da toalha verde, segue a cozinha onde vê um bilhete com o seu nome. Larga o bilhete que esvoaçava pela cozinha até cair no chão negro, perde a toalha pelo percurso, veste-se rápido e sai a correr ao seu encontro. Conduz entre as ruas, debaixo do trânsito caloroso Perde-se entre os cruzamentos entrelaçados, sem fim nem princípio infinitos na ansiedade de Afonso.

Isabel não aguentara muito tempo dentro da muralha que fizera sobre si mesma, sentia a muralha a desmoronar sob o bombardear dos seus sentimentos a flor da pele, sinceros, envolto na humildade da dor e da agonia sentada no seu trono coroada por ninguém, reinando a dor insuportável no seu reino através dos seus olhos olhando pelos seus olhos ainda vidrados para a paisagem de mãe e filho passeando no silencio dos caminhos do jardim perfumado de jasmim, dos passos lentos, mudos e sem desejo de sentimentos do costume de uma mãe que esquecera o mundo e vivia apenas num mundo impenetrável, num mundo apenas seu sem memorias ou recordações do respirar dos tempos dourados ou dos negros que a abandonaram num mundo de uma folha branca de papel virgem. Isabel despede-se com um beijo na cara emocionada de Rafael e na testa da velha senhora que sentira o calor do beijo mas depressa congelara e esquecera o gesto ternurento.
Afonso volta a casa, sem sinal nem rumo do calor do corpo de Isabel, perdera a emoção da ansiedade. Envolvera-se da raiva que sentia, dos ciúmes que flamejavam no seu coração, sem razão nem ser mas que, incendiavam cada gota de sangue que percorria ferverosamente o seu corpo. Sentia-se traído, a corroer por dentro como se uma chuva acida vinda da sua mente lhe ataca-se o coração e o volta-se a transformar na pedra de gelo que fora durante imensos anos.

O sangue congela, deixa a frieza apoderar-se de todo o seu corpo, que lhe apertara o peito com imensa força, insustentável de volta ao seu modo congelado, sem sentimentos ou emoções. Sente o peito comprimido contra as costelas, os pulmões vazios e sem ar, o oxigénio que teimava em entrar e que o envenenavam apenas e o fizeram fechar os olhos e cair inanimado no meio da sala.


Tiago Manso

Título: Antes que seja tarde 5º capitulo

Autor: Tiago Manso (todos os textos)

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Comentários - Antes que seja tarde 5º capitulo

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Saiba como consertar seu fone de ouvido

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Tema: Electrodomésticos
Saiba como consertar seu fone de ouvido\"Rua
É quase certo que, se não forem todas as pessoas, boa parte delas já tiveram problemas com os fones de ouvido e trocaram-nos, pelo menos uma vez na vida. Há casos que são necessárias várias trocas. Por ser um dispositivo sensível e pequeno, um manuseio incorreto ou peças de má qualidade, interfere na vida útil dos fones de ouvido. Seja um chiado, mau contato no cabo ou um lado que parou de funcionar, quase sempre ocorre.
Isso acaba gerando um gasto, às vezes não planejado. O custo é bem pequeno, porém, se for somado todos os fones já adquiridos, pode ser um valor razoável. A manutenção não é tão cara, mas exige um pouco de dedicação. Se você já não aguenta mais comprar essas pequenas peças que estragam o tempo todo, aprenda como arrumar o seu e livre-se desse problema.

Materiais necessários
Esse artigo irá tratar de três tipos possíveis de manutenção: troca do pino, conserto de mau contato e o reparo dos cabos conectados aos fones. Segue a lista de equipamentos necessários:
- Alicate de bico ou corte com área específica para cortar;
- Estilete;
- Lixa;
- Ferro de solda;
- Estanho para solda;
- Conector P2 estéreo e Fita isolante.




Conector do fone de ouvido: Troca
1 - Com o alicate, corte o cabo onde está o conector;
Nessa etapa, não corte muito próximo ao conector porque o mau contato pode estar na parte flexível do cabo. Também não corte tão longe para não diminuir muito o tamanho.
2 - Com bastante cuidado, utilize o estilete para desencapar o cabo;
Se você aplicar muita força nesse passo, pode danificar os fios ou até se machucar.
3 - Dois fios, correspondente aos fones, estarão visíveis. Peque-os e, com cuidado, tire a capa deles com o estilete;
Existem alguns modelos de fones que não tem capa protetora, apresentando três ou quatro fios. Caso seja o seu caso, veja o passo a seguir.
4 - Utilize a lixa para remover a proteção dos cabos encapados;
5 - Ligue o ferro de solda à tomada;
6 - Passe os fios pela capa do novo conector;
7 - Caso seu fone possua dois fios-terra, torça os dois juntos;
8 - Com o estanho e o ferro de solda, grude os cabos no conector;
Antes de realizar esse paço, verifique a ordem correta dos conectores (fone direito e esquerdo). Se você não tiver certeza, veja no outro conector a ordem correta para soldar os fios.
9 - O fio-terra deve ser soldado no buraco central do conector;
10 - Coloque a capa do conector nele e teste seu fone!

Problema de mau contato: Conserto
Agora, você aprenderá a consertar um cabo com mau contato. É recomendado trocar o cabo todo, pois não se sabe onde exatamente está o mau contato e se é somente naquele ponto.
1 - Com o alicate, corte o cabo próximo ao fone;
2 - Com bastante cuidado, utilize o estilete para desencapar o cabo que resta no fone;
3 - Dois fios, correspondente aos fones, estarão visíveis. Peque-os e, com cuidado, tire a capa deles com o estilete;
4 - Utilize a lixa para remover a proteção dos cabos encapados;
5 - Ligue o ferro de solda à tomada;
6 - Utilizando o estanho, solde os fios do cabo novo no que está com o fone;
7 - Com a fita isolante, encape os remendos realizados;
8 - Utiliza a fita isolante para encapar a parte remendada e teste seu fone!

Defeitos nos contatos dos alto-falantes: Arrumando
Agora, você verá como é simples realizar a manutenção nos fones. Confira os passos a seguir.
1 - Ligue o ferro de solda à tomada;
2 - Abra o fone de ouvido;
Nesse item, verifique se o fone não possui parafusos para evitar danos a ele ao abri-lo. Lembre-se de como você abriu para poder fechar depois.
3 - Apenas com o ferro de solda, aqueça onde os cabos estão conectados para derreter a solda e retirar os fios;
4 - Corte a parte dos fios que estão com mau contato;
5 - Com o estanho e o ferro de solta, grude os fios do cabo nos fones;
6 - Monte o fone de volta e teste-o!

No corpo da matéria, há um vídeo feito pela equipe do Baixaki que pode auxiliar você. Gostou das dicas? Comente!

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Lucas Souza

Título:Saiba como consertar seu fone de ouvido

Autor:Lucas Souza(todos os textos)

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Comentários

  • Rua DireitaRua Direita

    16-04-2014 às 18:40:31

    Muito valiosa todas as dicas, gostei muito e detalhou muito bem. Obrigada! Parabéns pelo texto!

    A equipa da Rua Direita

    ¬ Responder
  • Vitoria Ribeiro 12-09-2013 às 08:40:23

    Esta com dificuldade em consertar seu fone de ouvido, mesmo com as explicações acima? Consertamos para você! Temos loja física no Centro do Rio de Janeiro, recebemos e enviamos para todo o BRASIL - - 21-25071518 Vitoria Ribeiro

    ¬ Responder
  • João 08-09-2013 às 02:07:31

    Tenho um Headfone Beats Solo HD vermelho e o arco quebrou bem no lado direito no suporte dobrável do fone, Alguem sabe aonde compro esse arco? Moro em Curitiba.

    ¬ Responder
  • mariel 27-01-2016 às 20:30:21

    Conseguiu, João? Estou com o mesmo problema.

    ¬ Responder
  • André 21-07-2013 às 20:00:44

    Comprei um daqueles fones com entrada para cartao de memoria. dos modelos que encaixam na orelha, porem um dos lados foi quebrado. saberiam irformar se existe peca de reposicao, preciso apenas do encaixe da orelha, paguei R$50,00 e vou perder todoo fone por uma unica peça quebrada. MRH-8806Q NIA

    ¬ Responder
  • joaoa 19-06-2013 às 13:31:56

    tenho um skullcandy navigator, e o lado esquerdo do arco quebrou , a 'caixa' esta solta, tem como consertar??

    ¬ Responder
  • sidney 02-04-2013 às 09:18:23

    Qual o endereço da loja? Tenho um fone Philips HLS 8800 e o cabo arrebento e quero consrtalo.

    ¬ Responder
  • Vc é Plagiador 18-02-2013 às 15:19:44

    Engraçado, tu pega a matéria do Baixaki e cola aqui no site.

    ¬ Responder
  • Daniel 27-02-2013 às 12:00:11

    Copiou na cara dura!

    ¬ Responder
  • Marcelo 26-01-2013 às 08:27:20

    VC ESTA COM DIFICULDADE EM CONSERTAR SEU FONE OUVIDO, MESMO COM AS EXPLICAÇÕES ACIMA? CONSERTAMOS PARA VC! TEMOS LOJA FÍSICA NO CENTRO DO RIO DE JANEIRO, RECEBEMOS E ENVIAMOS PARA TODO O BRASIL -2125071518 . BEATS BY, SONY, PHILLIPS, COBY ENTRE OUTROS

    ¬ Responder
  • Renildo 19-08-2014 às 20:58:42

    VOCE TEM COMO CONSERTAR UM ARCO DO BEATES ORIGINAL?..ELE QUEBROU BEM NO CENTRO..SE TEM COMO CONSERTAR, ME MANDE ENDEREÇO OU EMAIL PRA CONTATO...POR FAVOR..MORO EM BRASILIA..SE TIVER ASSISTENCIA TECNICA POR AQUI PRECISO TELEFONE OU ENDEREÇO..

    ¬ Responder
  • Amparo 07-09-2014 às 14:09:59

    Renildo, Vc conseguiu trocar o arco do beats? estou com o mesmo problema. Tb moro em BSB. Peço me orientar.
    Amparo

    ¬ Responder
  • Daiany Nascimento 17-09-2012 às 12:37:14

    Gostei do texto. Sou fã dos artigos publicados pelos autores do ruadireta.com devido à variedade de temas que posso encontrar, além de que a maioria deles são muito ricos em conteúdo, como este! Parabéns autor pela sua dedicação, saiba que as dicas que encontrei aqui poderão me ajudar muito, pois precisava mesmo saber como consertar meu Fone De Ouvido. Espero por novidades, pois sempre estou à procura de novos conhecimentos. Muito obrigada e Boa escrita!

    ¬ Responder

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