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Resenha: "Garotas de vidro" (Laurie Halse Anderson)

Categoria: Literatura
Resenha: "Garotas de vidro" (Laurie Halse Anderson)

Oi pessoas, tudo bem? Espero que sim. Bem por onde começar ... Acredito que "Garotas de Vidro" é um daqueles livros que ou a pessoa ama, ou odeia. Primeiro, por que ele é pesadíssimo. Segundo, por que é narrado em primeira pessoa por uma personagem em vias de fragmentação mental e com um olhar extremamente distorcido da realidade. Mas vamos a estória.

Lia é uma adolescente de 18 anos que mora com o pai e a madrasta e sua meia irmã. O pai é um brilhante professor e escritor. A mãe, uma cirurgiã extremamente competente. Ambos são excelentes em sua carreira, mas como pais acabam não conseguindo ver que Lia precisa de ajuda até que esta sofre um acidente de carro. O motivo? Lia não come. Sua maior obsessão é perder peso. E perder mais. E mais.
- Garota morta passando - os garotos dizem nos corredores.
- Conta para a gente o seu segredo - as garotas sussurram, de um banheiro para o outro.
Eu sou essa garota.
Eu sou o espaço entre as minhas coxas, com a luz do dia brilhando por ali.
Eu sou a ajudante da biblioteca que se esconde na sessão de Fantasia.
Eu sou o circo de aberrações envolto em cera de abelha.
Eu sou os ossos que elas querem, em uma moldura de porcelana.

Lia já passou por duas internações e agora tem seu peso monitorado uma vez por semana por sua madrasta, mas conseguiu adulterar a balança de sua casa para parecer pesar quase 5 quilos mais. Sua recuperação vinha sendo lenta mas progressiva, mas um acontecimento vem fazer com que seu mundo se desestabilize novamente: sua melhor amiga, Cassie, morreu no banheiro de um motel após tentar ligar para Lia 33 vezes. Uma aposta há muito feita entre as duas? Um dia ser a mais magra.

Abro os olhos. Quarenta e cinco quilos. Estou oficialmente de pé sobre o Objetivo Número Um.
Se meus médicos soubessem, me jogariam de volta para o tratamento. Haveria consequências e repercussões porque (mais uma vez) eu quebrei as regras da Lia do tamanho perfeito. Tenho que ficar tão gorda quanto eles querem (...) O Objetivo número dois é 43 quilos, o ponto perfeito do equilíbrio. Com 43 quilos vou ser pura ... vou ficar de pé nas pontas escondidas das minhas sapatilhas de cetim de balé. fitas cor-de-rosa costuradas nas minhas canelas, e me erguer no ar: mágica.

Com 40 quilos, vou planar. Esse é o objetivo número 3.
Por mais que não seja dito de forma explícita, é visível como o fato de não ter atendido a ligação de sua melhor amiga - na verdade, ex melhor amiga, o que se descobre melhor no desenrolar da trama - afeta Lia, que passa a ter alucinações com a amiga morta. A partir de então, Lia volta a ter comportamentos auto-destrutivos, retomando um blog em que escrevia junto com Cassie - que sofria de Bulimia - além da dieta, exercícios em ritmo frenético e auto-mutilação para poder lidar com os acontecimentos.
Antigamente, meu corpo todo era minha tela - cortes quentes lambendo minhas costelas, degraus de escada escalando meus braços ... quando me mudei meu pai impôs somente uma condição. Uma filha que se esquece de comer, isso era só uma fase e eu já tinha superado. Mas uma filha que abre seu próprio invólucro de pele, querendo deixar sua casca cair no chão para que ela consiga dançar? Aquilo era doentio. Sem cortes, Lia Marrigan Overbrook. (...) Toda a maldade ferve sob a minha pele, bolhas latejantes de refrigerante de gengibre ... Eu escrevo três linhas, "rec rec rec", na minha pele. Fantasmas gotejam para fora.

Até onde Lia poderá aguentar sem ajuda? E o que era mesmo que Cassie gostaria de ter dito antes de morrer?

Li todo o livro em apenas um dia. Por mais que tenha sido uma leitura pesada e, em alguma passagens, um tanto quanto angustiante, não consegui tirar os olhos das páginas. Por mais que algumas vezes o discurso de Lia seja francamente delirante, acompanhar seus pontos de vista distorcidos, sua visão adulterada da realidade e sua contradição interna entre vontade de comer/medo de se contaminar é fascinante.

Fora isso, a escrita impecável de Laurie Halse Anderson, bem como a profundidade com que esta aborda um tema tão polêmico e complexo dos distúrbios alimentares, me conquistaram por completo. É um livro que com certeza entrará para minha lista de favoritos. Recomendo.


Sheila Schildt

Título: Resenha: "Garotas de vidro" (Laurie Halse Anderson)

Autor: Sheila Schildt (todos os textos)

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Comentários - Resenha: "Garotas de vidro" (Laurie Halse Anderson)

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A história da fotografia

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Tema: Fotografia
A história da fotografia\"Rua
A história e princípios básicos da fotografia e da câmara fotográfica remontam à Grécia Antiga, quando Aristóteles verificou que os raios de luz solar e com o uso de substâncias químicas, ao atravessarem um pequeno orifício, projetavam na parede de um quarto escuro a imagem do exterior. Este método recebeu o nome de câmara escura.

A primeira fotografia reconhecida foi uma imagem produzida em 1826 por Niepce. Esta fotografia foi feita com uma câmara e assente numa placa de estanho coberta com um derivado de petróleo, tendo estado exposta à luz solar por oito horas, esta encontra-se ainda hoje preservada.

Niepce e Louis –Jacques Mandé Daguerre inciaram em 1829 as suas pesquisas, sendo que dez anos depois foi oficializado o processo fotográfico o nome de daguerreótipo. Este processo consistia na utilização de duas placas, uma dourada e outra prateada, que uma vez expostas a vapores de iodo, formando uma pelicula de iodeto de prata sobre a mesma, ai era a luz que entrava na camara escura e o calor gerado pela luz que gravava a imagem/fotografia na placa, sendo usado vapor de mercúrio para fazer a revelação da imagem. Foi graças á investigação realizada por Friedrich Voigtlander e John F. Goddard em 1840, que os tempos de exposição e revelação foram encurtados.




Podemos dizer que o grande passo (não descurando muitas outras mentes brilhantes) foi dado por Richard Leach Maddox, que em 1871 fabricou as primeiras placas secas com gelatina, substituindo o colódio. Três anos depois, as emulsões começaram a ser lavadas com água corrente para eliminar resíduos.

A fotografia digital


Com o boom das novas tecnologias e com a capacidade de converter quase tudo que era analógico em digital, sendo a fotografia uma dessas mesmas áreas, podemos ver no início dos anos 90, um rápido crescimento de um novo mercado, a fotografia digital. Esta é o ideal para as mais diversas áreas do nosso dia a dia, seja a nível profissional ou pessoal.

As máquinas tornaram-se mais pequenas, mais leves e mais práticas, ideais para quem não teve formação na área e que não tem tempo para realizar a revelação de um rolo fotográfico, sem necessidade de impressão. Os melhores momentos da nossa vida podem agora ser partilhados rapidamente com os nossos amigos e familiares rapidamente usando a internet e sites sociais como o Facebook e o Twitter .

A primeira câmara digital começou a ser comercializada em 1990, pela Kodak. Num instante dominou o mercado e hoje tornou-se produto de consumo, substituindo quase por completo as tradicionais máquinas fotográficas.

Sendo que presentemente com o aparecimento do FullHD, já consegue comprar uma máquina com sensores digitais que lhe permitem, além de fazer fotografia, fazer vídeo em Alta-Definição, criando assim não só fotografias quase que perfeitas em quase todas as condições de luz bem como vídeo com uma qualidade até agora impossível no mercado do vídeo amador.

Tirar fotografias já é acessível a todos e como já não existe o limite que era imposto pelos rolos, “dispara-se” por tudo e por nada. Ter uma máquina fotográfica não é mais um luxo, até já existem máquinas disponíveis para as crianças. Muitas vezes uma fotografia vale mais que mil palavras e afinal marca um momento para mais tarde recordar.

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Bruno Jorge

Título:A história da fotografia

Autor:Bruno Jorge(todos os textos)

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Comentários

  • Rua DireitaRua Direita

    05-05-2014 às 03:48:18

    Como é bom viver o hoje e saber da história da fotografia. Isso nos dá a ideia de como tudo evoluiu e como o mundo está melhor a cada dia produzindo fotos mais bonitas e com qualidade!

    ¬ Responder

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