O bem é progressão geométrica
Este é o jogo proposto pelo menino Trevor McKinney, vivido por Haley Joel Osment na história, ao realizar uma tarefa proposta na aula de estudos sociais. Seu professor, Eugene Simonet, interpretado pelo ator Kevin Spacey, solicita a tarefa de observar o mundo ao redor e criar um projeto que possa melhorar a realidade das pessoas e, com isso, mudar o mundo.
Surpreendentemente o menino, proveniente de uma família desestruturada, de mãe alcoólatra (Arlene, estrelado por Helen Hunt), avó solitária, não muito bem aceito pelos amigos, com um pai violento que bate na mãe, consegue levar adiante um projeto para mudar a vida de muitos ao redor, inclusive de sua mãe e de seu professor de estudos sociais.
A proposta desenvolvida por Trevor é muito simples: fazer um bem, um favor a três pessoas com a única intenção de que elas retribuam esse auxílio a mais três pessoas e assim sucessivamente numa progressão geométrica que atingiria o mundo todo. E assim, jogando o Pay it forward (Passe-o adiante), o menino consegue ver modificada a vida das pessoas que mais ama.
Porém, como, por incrível que pareça, o bem por vezes não é obrigação, é motivo de notícia, de destaque, o jovem Trevor passa a ser seguido por um repórter modificando a seqüência da trama e causando o inesperado final da história.
A Corrente do bem é um filme emocionante, com uma ideia positiva e possível para modificar tanta hostilidade e intolerância em que estamos presenciando no mundo hoje. Que tal adotar o Pay it forward em sua vida?
Mas aos expectadores, sensíveis e carentes de boas ações que envolvam o seu ser e mudem a sua perspetiva de mundo, o filme representa uma forma de sublimação da emoção. É a possibilidade de fazer mais ao próximo e a si mesmo. Sair da acomodação e realmente fazer a diferença no mundo. Para alguém e para si próprio.