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Por que as pessoas se identificam com os reality shows?

Categoria: Outros
Visitas: 4
Por que as pessoas se identificam com os reality shows?

O sucesso dos programas estilo reality shows, em que pessoas são confinadas em ambientes e forçadas a conviverem com, até antes dos programas, pessoas desconhecidas e realizar tarefas, muitas de superação física e emocional, está na curiosidade e o voyerismo do público e na expectativa de uma fama e de um sucesso repentinos. Esses programas, além de dar prêmios de alto valor, dão visibilidade e alguns integrantes desses programas se beneficiam da imagem que passam para conseguir entrar no mundo das celebridades, fazer carreiras na televisão. Estes exemplos são poucos. Na realidade este tipo de programa dá uma visibilidade instantânea, alguns aliam sorte e talento e conseguem depois de susas participações ganharem chances de trabalho em outros programas.

Os tipos de reality shows são variados. A televisão já experienciou programas que prometem despontar celebridades internacionais do mundo da moda, grandes profissionais nom mundo dos negócios, programas que prometem lançar inéditos talentos musicais, programas em que as próprias celebridades já consagradas convivem confinadas, entre outras propostas. Todas com uma finalidade: ganhar um prêmio milionário, entre outros benefícios que a mídia pode oferecer. Este tipo de programa chama a atenção do telespectador que, hipnotizado pelo dia-a-dia dos confinados, torce pelos participantes, se identifica com estilos de vida e vive junto as emoções como se participasse do elenco.

O problema desses programas é quando eles passam a interferir na rotina das pessoas comuns, no momento em que comportamentos são seguidos e admirados. É importante observar que quem vive essa experiência, passa por situações extremas. Não há como escapar. No entanto, o que parece ali não é necessariamente o que se é no íntimo. Sabe-se que as situações de pressão, geram estresse e as conseqüências podem ser brigas e discussões desnecessárias ou por motivos fúteis. Ainda se pode também concluir que na vida real é possível voltar atrás, arrepender-se e continuar mantendo uma relação. Dentro deste tipo de programa em que a privacidade é inexistente, se alguém briga ferozmente e quer voltar atrás e arrepender-se muitas vezes é encarado como falso e interesseiro. A pessoa fica muito mais exposta, não tem uma rede de apoio de amigos e familiares, fica desconectada com o mundo e precisa ainda agir friamente e controlar as emoções, afinal todas as suas esperanças de melhora na vida são depositadas em um programa desses.

A mídia trata dos participantes desses tipos de programas como “jogadores” ou peças do jogo da vida...  fato é que estes programas atraem as pessoas. A possibilidade de vivenciar e assitir o outro em situações extremas, poder vigiar sem ser condenado, julgar abertamente sem ser julgado fascina as pessoas. Nesses programas é possível se divertir com o que há de engraçado no outro, se comover com a tristeza do outro, se irritar com a falta de respeito e educação em algumas situações ou simplesmente se divertir. Para muitos, programas como esses são puro entretenimento.

Outra perspectiva em relação a programas que dizem ser da vida real é que eles proporcionam aos expectadores a oportunidade de ver sonhos serem realizados. Para muitos é a oportunidade da vida (como se na vida não existissem outras oportunidades que não fossem de super-exposição). Para alguns ver e conhecer experiências reais de vida, principalmente se a origem das pessoas for humilde e sofrida, encanta mesmo sendo por meio de programas milionários, dirigidos e bem editados.

Na verdade esses programas apontam a oportunidade de vivermos momentos de identificação, embora bem distantes, que nos mostram o lado humano do ser. Em cada participante vemos as nossas qualidades e os nossos defeitos. Eles agem como se fossem espelhos de nós mesmos de uma forma amplificada por isso atraem tanto as pessoas. Através dessas caricaturas, elegemos nossos favoritos, aqueles pelos quais mais nos identificamos e nos divertimos com eles.


Rosana Fernandes

Título: Por que as pessoas se identificam com os reality shows?

Autor: Rosana Fernandes (todos os textos)

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Imagem por: Will Foster Photography

Comentários - Por que as pessoas se identificam com os reality shows?

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Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

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Tema: Literatura
Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal\"Rua
Gertrude Stein foi uma escritora de peças de teatro, de peças de opera, de ficção, de biografia e de poesia, nascida nos Estados Unidos da América, e escreveu a Autobiografia de Alice B. Toklas, vestindo a pele, e ouvindo pela viva voz da sua companheira de 25 anos de vida, os relatos da historia de ambas, numa escrita acessível, apresentando situações caricatas ou indiscretas de grandes vultos da arte e da escrita da sua época. Alice B. Toklas foi também escritora, apesar de ter vivido sempre um pouco na sombra de Stein. Apesar de ambas terem crescido na Califórnia, apenas se conheceram em Paris, em 1907.


Naquela altura, Gertrude vivia há quatro anos com o seu irmão, o artista Leo Stein, no numero 27 da rue de Fleurus, num apartamento que se tinha transformado num salão de arte, recebendo exposições de arte moderna, e divulgando artistas que viriam a tornar-se muito famosos. Nestes anos iniciais em Paris, Stein estava a escrever o seu mais importante trabalho de início de carreira, Three Lives (1905).


Quando Gertrude e Alice se conheceram, a sua conexão foi imediata, e rapidamente Alice foi viver com Gertrude, tornando-se sua parceira de escrita e de vida. A casa, como se referiu atrás, tornou-se um local de reunião para escritores e artistas da vanguarda da época. Stein ajudou a lançar as carreiras de Matisse, e Picasso, entre outros, e passou a ser uma espécie de teórica de arte, aquela que descrevia os trabalhos destes artistas. No entanto, a maior parte das críticas que Stein recebia, acusavam-na de utilizar uma escrita demasiado densa e difícil, pelo que apenas em 1933, com a publicação da Autobiografia de Alice B. Toklas, é que o trabalho de Gertrude Stein se tornou de facto reconhecido e elogiado.


Alice foi o apoio de Gertrude, foi a dona de casa, a cozinheira, grande cozinheira aliás, vindo mais tarde a publicar algumas das suas receitas, e aquela que redigia e corrigia o que Gertrude lhe ditava. Assim, Toklas fundou uma pequena editora, a Plain Editions, onde publicava o trabalho de Gertrude. Aliás, é reconhecido nesta Autobiografia, que o papel de Gertrude, no casal, era o de marido, escrevendo e discutindo arte com os homens, enquanto Alice se ocupava da casa e da cozinha, e de conversar sobre chapéus e roupas com as mulheres dos artistas que visitavam a casa. Depois da morte de Gertrude, Alice continuou a promover o trabalho da sua companheira, bem como alguns trabalhos seus, de culinária, e um de memórias da vida que ambas partilharam.


Assim, este livro que inspirou o filme “Meia noite em Paris”, de Woody Allen, é um livro a não perder, já nas livrarias em Portugal, pela editora Ponto de Fuga.

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Liliana Félix Leite

Título:Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

Autor:Liliana Félix Leite(todos os textos)

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