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Estuque – o toque do bom gosto

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Estuque – o toque do bom gosto

O estuque integra um conceito arquitetónico, sendo um meio de expressão de tendências decorativas. Os indícios mais remotos de estuque em Portugal dizem respeito à época romana, tendo sido achados no formato de fragmentos, em algumas estações arqueológicas: Conímbriga, Troia, Marco de Canavezes, … Também na Igreja Matriz de Mértola se encontram resquícios de estuque da Idade Média, datado do período em que esta casa de oração era uma mesquita muçulmana.

Foram os italianos Bernini e Borromini que desenvolveram novos conceitos arquitetónicos, tendo o estuque funcionado como uma enunciação do Barroco. Os inovadores padrões decorativos começaram a chegar a Portugal por interessados seguidores de mestres acreditados, quando não mesmo pelos próprios artistas, através da emigração.

Grossi, por exemplo, que chegou a Lisboa em 1748, revelou-se decisivo no progresso das artes decorativas que pressupunham o estuque, um mester em franca implantação na Europa. Não obstante, ainda antes da chegada de Grossi, já se realizavam trabalhos em estuque relevado em certas residências de nobres e em igrejas, mas com uma prolixidade artística menos marcada do que a verificada no estuque barroco no centro da Europa e na Itália.

Na verdade, Grossi possuía um estilo artístico bastante peculiar, sendo que as modificações das regras de construção de edifícios ocorridas após o terramoto de 1755, a necessidade de reconstrução da cidade de Lisboa, de casas nobres e de igrejas, e a própria política iluminista do Marquês de Pombal, foram, do mesmo modo, fatores que estimularam o incremento do gosto pela decoração de interiores. A remodelação do teto da Igreja dos Mártires (em Lisboa), assim como a Capela da Ordem Terceira de São Francisco e a Igreja dos Paulistas, que o terramoto afetou, são testemunhas do excelente trabalho que este artífice conseguiu e que lhe valeu uma especial proteção por parte do Marquês de Pombal.

As melhores casas do reino, à semelhança das igrejas, receberam também trabalhos de estuque relevado. A Casa de Fresco, no Palácio de Sintra, o Palácio do Marquês de Pombal, em Oeiras, o Palácio do Machadinho e a Igreja de São Paulo (ambos em Lisboa), o Palácio Correio Mor, em Loures, e muitos outros foram construções contempladas com os belíssimos efeitos do estuque trabalhado.

Em meados do século xix, o Movimento Romântico aportou um outro género de decoração, e o estuque passou a ser dissociado em dois grupos essenciais: um de afeição literária e de elevação nacional e outro que se pautava pelas configurações da arquitetura medieval e dos Descobrimentos, numa perspetiva da arte manuelina e muçulmana. Os Palácios de Monserrate e da Pena (Sintra) e o salão nobre do Palácio da Bolsa (Porto) atestam isto mesmo.


Maria Bijóias

Título: Estuque – o toque do bom gosto

Autor: Maria Bijóias (todos os textos)

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A arte de trabalhar a madeira

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Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: Serviços Construção
A arte de trabalhar a madeira\"Rua
A carpintaria constitui, digamos assim, a arte de trabalhar a madeira. É claro que, de acordo com o produto final, se percebe bem que uns carpinteiros são mais artistas do que outros…

Às vezes nem se trata tanto dos pormenores, mas mesmo de desvirtuar o que era a ideia inicial e constava da encomenda. Mal comparado, quase se assemelha à situação daquela aspirante a costureira que pretendia fazer uma camisola para o marido e, no fim, saíram umas calças!

Na construção civil, a madeira é utilizada para diversos fins, temporários ou definitivos. Na forma vitalícia (esperam os clientes!) incluem-se estruturas de cobertura, esquadrias (portas e janelas), forros, pisos e edifícios pré-fabricados.

Quase todos os tipos de madeira podem ser empregues na fabricação de móveis, mas alguns são preferidos pela sua beleza, durabilidade e utilidade. É conveniente conhecer as características básicas de todas as madeiras, como a solidez, a textura e a côr.

Ser capaz de identificar o género de madeira usado na mobília lá de casa pode ajudar a determinar o seu real valor. Imagine-se a possibilidade de uma cómoda velha, que estava prestes a engrossar o entulho para a recolha de lixo, ter sido feita com o que hoje se considera uma madeira rara.

É praticamente equivalente a um bilhete premiado do Euromilhões, dado que se possui uma autêntica relíquia! Nestes casos, a carpintaria entra na área do restauro e da recuperação. Afinal, nem tudo o que é velho se deita fora…

Por outro lado, as madeiras com textura mais fraca são frequentemente manchadas para ganhar personalidade. Aqui há que remover completamente o acabamento para se confirmar a verdadeira natureza da madeira.

É assim também com muita gente: tirando a capa, mostram-se autenticamente. Mas destes, nem um artificie com “bicho-carpinteiro” consegue fazer nada…!

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Comentários

  • Luene ZarcoLuene

    23-09-2014 às 13:23:35

    Uma excelente técnica que penso ser muito bonito e sofisticado. A arte de trabalhar madeira está sempre em desenvolvimento e crescimento.

    ¬ Responder
  • Rua DireitaRua Direita

    01-06-2014 às 05:18:46

    É ótimo o trabalho com a madeira. Pode-se perceber grandes obras que se faz com ela. Realmente, é uma verdadeira arte!
    Cumprimentos,
    Sophia

    ¬ Responder

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