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O Meu Pai é Homossexual

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Categoria: Outros
O Meu Pai é Homossexual

Este é um assunto sério e que pode requerer muita sensibilidade ao ser abordado. Não que a sexualidade de cada um seja discutível ou tenha de ser falada, mas quando se trata da sexualidade de um progenitor, o assunto pode ser delicado.

Não é vergonha nem espanto para ninguém o assumir da sexualidade de alguém que gosta de outra pessoa do mesmo sexo, mas também não é segredo nenhum o preconceito e as acusações de pesadelo que alguém que se permita a ser feliz está sujeito. São acusados de verdadeiras barbaridades, estando muitas vezes os acusadores esquecidos da importância das pessoas enquanto seres Humanos, cidadãos contribuintes para o estado e para a sociedade. Ser homossexual é normal e tendo em conta que qualquer um de nós deve manter uma relação com um companheiro, na sociedade, de forma a não ferir suscetibilidades, o que se passa na casa de cada um, é assunto que a nós não diz respeito. No entanto, a situação de uma criança pode causar uma situação mais delicada.

Não se tratam de situações de adoção, mas sim de homens (no caso) que esconderam durante anos a sua homossexualidade e que finalmente decidem assumi-la em prol da sua felicidade. Qual é então o papel da criança ou adolescente nestas situações.

Antes de mais o principal é perceber e respeitar a individualidade da criança. Contar enquanto são pequenos ou não, é uma opção dos pais. No entanto e se a opção for não contar, é importante ter cuidados redobrados para que a criança não descubra de forma chocante.
Apoiar e falar no assunto vai acabar por ser necessário e na altura de contra, o apoio da mãe é fundamental. Mostrar que o mais importante é a felicidade do pai é fulcral e permitir que a criança esconda da escola numa fase inicial é normal. Deixe-a decidir quando o deve fazer.

Acompanhe todo o processo da criança / adolescente e respeite-o não ferindo suscetibilidades. Esta é uma situação que apesar de para nós adultos ter de ser normal (apesar da nossa cultura nos ter dito durante anos que não era correto), para as crianças o mundo é outro e não se esqueça que a vida infantil é cruel.

Aceitar a diversidade é obrigatória em todos nós e claro que quem é a favor tem de respeitar quem é contra, mas não nos podemos dar a julgamentos de quem nada mais faz e deseja se não ser feliz. Ser filho de um homossexual não é crime, vergonha nem nenhum desespero. È ser filho de um pai maravilhoso que nos apoia em todas as decisões da nossa vida. Porque não apoiá-lo também?


Carla Horta

Título: O Meu Pai é Homossexual

Autor: Carla Horta (todos os textos)

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Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

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Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: Literatura
Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal\"Rua
Gertrude Stein foi uma escritora de peças de teatro, de peças de opera, de ficção, de biografia e de poesia, nascida nos Estados Unidos da América, e escreveu a Autobiografia de Alice B. Toklas, vestindo a pele, e ouvindo pela viva voz da sua companheira de 25 anos de vida, os relatos da historia de ambas, numa escrita acessível, apresentando situações caricatas ou indiscretas de grandes vultos da arte e da escrita da sua época. Alice B. Toklas foi também escritora, apesar de ter vivido sempre um pouco na sombra de Stein. Apesar de ambas terem crescido na Califórnia, apenas se conheceram em Paris, em 1907.


Naquela altura, Gertrude vivia há quatro anos com o seu irmão, o artista Leo Stein, no numero 27 da rue de Fleurus, num apartamento que se tinha transformado num salão de arte, recebendo exposições de arte moderna, e divulgando artistas que viriam a tornar-se muito famosos. Nestes anos iniciais em Paris, Stein estava a escrever o seu mais importante trabalho de início de carreira, Three Lives (1905).


Quando Gertrude e Alice se conheceram, a sua conexão foi imediata, e rapidamente Alice foi viver com Gertrude, tornando-se sua parceira de escrita e de vida. A casa, como se referiu atrás, tornou-se um local de reunião para escritores e artistas da vanguarda da época. Stein ajudou a lançar as carreiras de Matisse, e Picasso, entre outros, e passou a ser uma espécie de teórica de arte, aquela que descrevia os trabalhos destes artistas. No entanto, a maior parte das críticas que Stein recebia, acusavam-na de utilizar uma escrita demasiado densa e difícil, pelo que apenas em 1933, com a publicação da Autobiografia de Alice B. Toklas, é que o trabalho de Gertrude Stein se tornou de facto reconhecido e elogiado.


Alice foi o apoio de Gertrude, foi a dona de casa, a cozinheira, grande cozinheira aliás, vindo mais tarde a publicar algumas das suas receitas, e aquela que redigia e corrigia o que Gertrude lhe ditava. Assim, Toklas fundou uma pequena editora, a Plain Editions, onde publicava o trabalho de Gertrude. Aliás, é reconhecido nesta Autobiografia, que o papel de Gertrude, no casal, era o de marido, escrevendo e discutindo arte com os homens, enquanto Alice se ocupava da casa e da cozinha, e de conversar sobre chapéus e roupas com as mulheres dos artistas que visitavam a casa. Depois da morte de Gertrude, Alice continuou a promover o trabalho da sua companheira, bem como alguns trabalhos seus, de culinária, e um de memórias da vida que ambas partilharam.


Assim, este livro que inspirou o filme “Meia noite em Paris”, de Woody Allen, é um livro a não perder, já nas livrarias em Portugal, pela editora Ponto de Fuga.

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Liliana Félix Leite

Título:Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

Autor:Liliana Félix Leite(todos os textos)

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