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Início > Textos > Categoria > Material Escritório > O lápis que me desenha...

O lápis que me desenha...

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O lápis que me desenha...

As palavras, ditas, ouvidas, faladas ou escritas, enfim, percecionadas sob qualquer forma são o centro de toda a comunicação. Canetas, esferográficas, lápis, tintas e outros materiais podem ser usados para as registar. E borrachas, estojos, etiquetas, rótulos, tesouras, furadores, agrafadores, corretores, e tantos outros acessórios que integram o material de um escritório só fazem sentido porque elas existem e é à base delas que se trabalha. Contudo, o lápis encerra características particulares, cuja reflexão permite a quem a quiser fazer, uma “viagem ao interior de si mesmo”.

Primeira: o lápis deixa-se guiar pela mão de quem o segura. Podem realizar-se grandes feitos, mas é essencial deixar-se conduzir (por quem tem mais experiência, sabedoria, conhecimento), pelo menos em matérias de maior delicadeza e/ou gravidade.

Segunda: De vez em quando, é necessário fazer uma pausa no que se está a redigir e servir-se da afia. Isso faz com que o lápis sofra um bocadinho, mas depois fica mais aguçado. Aprender a suportar algumas dores fará de cada qual uma pessoa melhor.

Terceira: O lápis permite que se passe uma borracha para apagar aquilo que estava errado. É bom compreender que corrigir uma coisa que se tenha feito não é necessariamente mau, mas algo importante para trilhar o caminho da justiça.

Quarta: O que realmente interessa no lápis não é a madeira nem a sua forma exterior, mas o carvão que está lá dentro. Portanto, é importante cada um velar pelo que acontece no seu interior.

Quinta: O lápis imprime uma marca. Da mesma maneira, tudo o que se fizer ao longo da vida deixará traços, pelo que se deve procurar ser consciente de e em todas e cada uma das ações levadas a cabo.

Pelo exposto, percebe-se que a grandeza do carvão não reside em esboços, mais ou menos perfeitos, de rostos ou posturas que se pretendem imortalizar e que, narcisicamente, são pendurados ou patenteados numa vulgar moldura, se não no desenho de uma nova realidade. O “ensinamento do lápis” encerra um convite e um desafio: se se conseguirem manter as cinco qualidades descritas, a garantia vai no sentido de se ser alguém em paz com o mundo. Isto, enquanto parte da essência dos indivíduos, também é um assunto digno de ser tratado num escritório, não é? Quanto mais não seja, nalguma secção da empresa destinada à construção da personalidade ou assim. O departamento de recursos humanos bem podia alargar o leque da sua atividade…


Maria Bijóias

Título: O lápis que me desenha...

Autor: Maria Bijóias (todos os textos)

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Comentários     ( 4 )    recentes

  • Rhaissa alessandraRhaissa alessandra

    23-10-2009 às 02:21:41

    Ameei Esse site !

    ¬ Responder
  • M.L.E.- Soluções de ClimatizaçãoBernando Maria O.

    16-03-2009 às 00:08:01

    Material de escritorio a reflectir!

    Gosto da foto, o texto,...eh!

    ¬ Responder
  • M.L.E.- Soluções de ClimatizaçãoDr. António Humberto

    15-03-2009 às 23:45:02

    Cara Amiga,

    As suas refleções são muito pretinentes, claras e com significado.

    Penso que a suas "refleções" poderiam ser utilizadas por muitos dos meus Caros Colegas

    Atentamente,

    ¬ Responder
  • M.L.E.- Soluções de ClimatizaçãoTiago Costa e Sousa

    15-03-2009 às 17:26:33

    Adorei a terceira refleção. Eu não sei porque mas tenho dificuldades de aceitar os meus erros. E fico muito zangado .

    Com esta forma original de escreveres Maria, ajudaste-me.

    Afinal, errar é sinal de meter acção e de fazer algo.

    Uma vez ouvi dizer que é super importante para o crescimento interior errar. Errar muito. O único que se têm de ter em consideração é munca cometer o mesmo erro duas vezes.

    Dizem que é a única maneira de crescer.

    ¬ Responder

Comentários - O lápis que me desenha...

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Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

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Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: DVD Filmes
Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.\"Rua
Este texto irá falar sobre o filme Ex_Machina, nele podem e vão ocorrer Spoillers, então se ainda não viram o filme, vejam e voltem depois para lê-lo.

Impressões iniciais:

Ponto para o filme. Já que pela sinopse baixei a expectativa ao imaginar que era apenas mais um filme de robôs com complexo de Pinóquio, mas evidentemente que é muito mais que isso.

Desde as primeiras cenas é possível perceber que o filme tem algo de especial, pois não vemos uma cena de abertura com nenhuma perseguição, explosão ou ação sem propósito, típica em filmes hollywoodianos.
Mais um ponto, pois no geral o filme prende mais nos diálogos cerebrais do que na história em si, e isso é impressionante para o primeiro filme, como diretor, de Alex Garland (também roteirista do filme). O filme se mostrou eficiente em criar um ambiente de suspense, em um enredo, aparentemente sem vilões ou perigos, que prende o espectador.

Entrando um pouco no enredo, não é difícil imaginar que tem alguma coisa errada com Nathan Bateman (Oscar Isaac), que é o criador do android Ava (Alicia Vikander), pois ele vive isolado, está trabalhando num projeto de Inteligência Artificial secreto e quando o personagem orelha, Caleb Smith (Domhnall Gleeson), é introduzido no seu ambiente, o espectador fica esperando que em algum momento ele (Nathan) se mostrará como vilão. No entanto isso ocorre de uma forma bastante interessante no filme, logo chegaremos nela.

Falando um pouco da estética do filme, ponto para ele de novo, pois evita a grande cidade (comum nos filmes de FC) como foco e se concentra mais na casa de Nathan, que fica nas montanhas cercadas de florestas e bastante isolado. Logo de cara já é possível perceber que a estética foi pensada para ser lembrada, e não apenas um detalhe no filme. A pesar do ambiente ser isolado era preciso demonstras que os personagens estão em um mundo modernizado, por isso o cineasta opta por ousar na arquitetura da casa de Nathan.

A casa é nesses moldes novos onde a construção se mistura com o ambiente envolta. Usando artifícios como espelhos, muitas paredes de vidro, estruturas de madeira e rochas, dando a impressão de camuflagem para a mesma, coisa que os ambientalistas julgam favorável à natureza. Por dentro se pode ver de forma realista como podem ser as smart-house, não tenho certeza se o termo existe, mas cabe nesse exemplo. As paredes internas são cobertas com fibra ótica e trocam de cor, um efeito que além de estético ajuda a criar climas de suspense, pois há momentos onde ocorrem quedas de energia, então fica tudo vermelho e trancado.

O papel de Caleb á ajudar Nathan a testar a IA de AVA, mas com o desenrolar da história Nathan revela que o verdadeiro teste está em saber se Ava é capaz de “usar”, ou “se aproveitar” de Caleb, que se demonstra ser uma pessoa boa.

Caleb é o típico nerd introvertido, programador, sem amigos, sem família e sem namorada. Nathan também representa a evolução do nerd. O nerd nos dias de hoje. Por fora o cara é careca, barbudão com uns traços orientais (traços indianos, pois a Índia também fica no Oriente), bebê bastante e ao mesmo tempo malha e mantém uma dieta saudável pra compensar. E por dentro é um gênio da programação que criou, o google, o BlueBook, que é um sistema de busca muito eficiente.

Destaque para um diálogo sobre o BlueBook, onde Nathan fala para Caleb:
“Sabe, meus concorrentes estavam tão obcecados em sugar e ganhar dinheiro por meio de compras e mídia social. Achavam que ferramenta de pesquisa mapeava O QUE as pessoas pensavam. Mas na verdade eles eram um mapa de COMO as pessoas pensavam”.

Impulso. Resposta. Fluido. Imperfeição. Padronização. Caótico.

A questão filosófica vai além disso esbarrando no conceito de “vontade de potência”, de Nietzche, mas sobre isso não irei falar aqui, pois já há textos muito bons por aí.

Tem outra coisa que o filme me lembrou, que eu não sei se é referência ou se foi ocasional, mas o local onde Ava está presa e a forma como ela fica deitada num divã, e questiona se Caleb a observa por detrás das câmeras, lembra o filme “A pele que habito” de Almodóvar, um outro filme excelente que algum dia falarei por aqui.

Talvez seja uma versão “O endoesqueleto de metal e silicone que habito”, ou “O cérebro positrônico azul que habito”, mesmo assim não podia deixar de citar a cena por que é muito interessante.

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Jhon Erik Voese

Título:Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

Autor:Jhon Erik Voese(todos os textos)

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Comentários

  • Suassuna 11-09-2015 às 02:03:47

    Gostei do texto, irei conferir o filme.

    ¬ Responder
  • Jhon Erik VoeseJhon Erik Voese

    15-09-2015 às 15:51:02

    Que bom, obrigado! Espero que goste do filme também!

    ¬ Responder

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