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Instrumentos musicais de membrana na África

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Instrumentos musicais de membrana na África

Na África, como de resto nas zonas mais carenciadas do globo, a pobreza não é, ma maioria dos casos, sinónimo de consternação. Aqui, urge que a necessidade aguce, cada vez mais, o engenho e as obras de arte surgem espontâneas, não só no que se refere ao artesanato, mas também, e quiçá sobretudo, no que respeita à música. E, «como tristezas não pagam dívidas, lá se vai cantando e dançando ao sabor do ritmo conseguido com o fruto, amiudadamente, do desembaraço de moldar o que se tem à mão e do improviso.

Todos os instrumentos cujo som se obtém com a vibração de uma membrana retesada pertencem ao grupo dos instrumentos membranofónicos. Estes instrumentos abrangem uma larga gama, indo dos mais simples, quase improvisados, usados pelas mulheres em contextos de rituais, até aos mais aperfeiçoados.

Têm forma semiesférica, cilíndrica, cónica ou tronco-cónica; podem apresentar uma ou duas membranas, e apresentam tamanhos muito diversos. Também varia a maneira de tocar os tambores. Alguns são percutidos com as mãos e outros com varetas de madeira. Tocam-se em grupo ou a solo.

O tambor é, sem dúvida, o rei dos instrumentos musicais africanos. Poucas são as tribos que não usam o tambor. Os Dogon, do Mali, pensam que o tambor é o meio com que Deus comunica com os Homens. A. M. Jones, estudioso de música africana, dizia: «Para os africanos, o tambor equivale a uma orquestra inteira. Com efeito, nas noites enluaradas, os habitantes dos povoados, fazendo rufar os seus tambores, executam uma autêntica sinfonia coral.»

O tambor falante é um instrumento de uso frequente entre os Dogon e os Bambara, do Mali, e os Ioruba, da Nigéria. Tem a forma de ampulheta (ou relógio de areia), duas membranas de pele e um sistema de cordas, que prendem as duas membranas. Coloca-se o tambor debaixo da axila e, ao exercer pressão nos tirantes, esticam-se as membranas. A maior ou menor pressão nas cordas faz mudar a entoação, imitando, com o som produzido, a língua falada. Por isso, é conhecido também como “tambor falante”. Usa-se para acompanhar a narração de histórias, mitos e lendas, mas, no passado, empregava-se também noutras alturas, como nas feiras e na celebração dos contratos de gado.

O tambor real evoca a História. No antigo reino do Ruanda, mas também no Burundi e no Uganda, os reis possuíam tambores sem uma função propriamente musical, mas apenas como símbolo do seu poder, recorrendo a eles para comunicar à população determinados momentos da vida – sementeira do sorgo ou princípio e fim da jornada do rei. Outros tambores eram usados nas cerimónias de coroação do rei. Esta tradição, que considera o tambor como um símbolo de poder real, ainda se conserva, sob variadas formas, nalguns países. Assim acontece no Gana com o atumpan, o principal tambor falante dos Ashanti, empregue para anunciar a abertura do Parlamento.

O jembé é um tambor dotado de uma única pele e tem a forma de um cálice. É percutido com a mão, segurando a base do tambor entre as pernas. É um tipo de tambor que consegue produzir ritmos e sons bastante interessantes. A pessoa que o toca chama-se dejembefola, sendo que costumam convidar o tocador para acontecimentos sociais, como a circuncisão, matrimónios, etc. No sentido de se obterem ritmos e frases musicais com este tambor, empregam-se três técnicas diferentes: percute-se com a palma da mão no centro da pele para um som surdo e grave, com a palma e os dedos na caixa para sons agudos, e com os dedos entre o centro e as bordas para obter sons médios.

O tambor de água é usado por alguns povos, entre os quais os Senufo, da Costa do Marfim. É feito com a casca de uma cucurbitácea (abóbora, melancia, melão...), cortada ao meio, esvaziada do conteúdo e enchida com água, onde se põe a flutuar outra metade mais pequena, também oca, e que se percute com dois pauzinhos. Pode-se variar o som modificando o nível da água.

O tambor de fricção (também conhecido por zabumba) é um tipo especial de instrumento de membrana. Geralmente, tem forma cilíndrica e a membrana é atravessada por um pau ou uma corda, que ressoam ao ser friccionados com a mão molhada. Este tipo de tambor é muito comum na África Oriental e Central.

O atamo é um tambor plano, pequeno, característico da Etiópia, mas assaz semelhante a outros que se encontram na África Oriental. A caixa é feita de barro ou de madeira. No interior colocam-se sementes ou contas, a fim de se obterem qualidades específicas de som, e usa-se para acentuar o ritmo dos cânticos tradicionais e da dança. Segura-se com uma das mãos e toca-se com os dedos e a palma da outra mão, ou coloca-se debaixo da axila e percute-se com ambas as mãos.



Maria Bijóias

Título: Instrumentos musicais de membrana na África

Autor: Maria Bijóias (todos os textos)

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Imagem por: Aine D

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Comentários     ( 8 )    recentes

  • SophiaSophia

    06-05-2014 às 21:51:46

    A África é bem conhecida com seu jeito de usar os instrumentos muito bem! Em alguns países nota-se a presença dela como em algumas regiões do Brasil.
    Cumprimentos,
    Sophia

    ¬ Responder
  • M.L.E.- Soluções de Climatizaçãothiago

    22-11-2012 às 18:31:18

    eu queria o nome dos instrumentos

    ¬ Responder
  • isabely

    21-11-2012 às 21:49:47

    eu queria imagem africana por favor botem pelo o amor de DEUS

    ¬ Responder
  • livialivia

    26-05-2011 às 18:43:37

    fred
    é chato

    ¬ Responder
  • M.L.E.- Soluções de Climatizaçãopaulo

    23-11-2010 às 17:31:20

    esta bom mas não encontrei oque presisava e o que eu resisava era do nome dos instrumentos então melhore ele muito.

    ¬ Responder
  • andressaandressa

    14-11-2010 às 18:30:33

    É bom ficar sabendo das coisas que se usavam naquela época.É muito interessante.

    ¬ Responder
  • Jadinayara Olinda BatistaJadinayara Olinda Batista

    17-05-2010 às 19:05:41

    Bom saber tudo oque se passava na quela época *
    essas imforrmaçoes foram muito utios .

    ¬ Responder
  • julio cesarjulio cesar

    12-11-2009 às 17:38:14

    Eu gostaria de saber quais são as relações do instrumento africano,'tambor' e os demais com a criação dos instrumentos da era medieval, ou seja , com o inicio da construção dos instrumentos.

    ¬ Responder

Comentários - Instrumentos musicais de membrana na África

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Fine and Mellow

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Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: Música
Fine and Mellow\"Rua
"O amor é como uma torneira
Que você abre e fecha
Às vezes quando você pensa que ela está aberta, querido
Ela se fechou e se foi"
(Fine and Melow by Billie Holiday)

Ao assistir a Bio de Billie Holiday, ocorreu-me a questão Bluesingers x feminismo, pois quem ouve Blues, especialmente as mais antigas, as damas dos anos 10, 20, 30, 40, 50, há de pensar que eram mulheres submissas ao machismo e maldade de seus homens. Mas, as cantoras de Blues, eram mulheres extremamente independentes; embora cantassem seus problemas, elas não eram submissas a ponto de serem ultrajadas, espancadas... Eram submissas, sim, ao amor, ao bom trato... Essas mulheres, durante muito tempo, tiveram de se virar sozinhas e sempre que era necessário, ficavam sós ou mudavam de parceiros ou assumiam sua bissexualidade ou homossexualidade efetiva. Estas senhoras, muitas trabalharam como prostitutas, eram viciadas em drogas ou viviam boa parte entregues ao álcool, merecem todo nosso respeito. Além de serem precursoras do feminismo, pois romperam barreiras em tempos bem difíceis, amargavam sua solidão motivadas pelo preconceito em relação a cor de sua pele, como aconteceu a Lady Day quê, quando tocava com Artie Shaw, teve que esperar muitas vezes dentro do ônibus, enquanto uma cantora branca cantava os arranjos que haviam sido feitos especialmente para ela, Bilie Holiday. Foram humilhadas, mas, nunca servis; lutaram com garra e competência, eram mulheres de fibra e cheias de muito amor. Ouvir Billie cantar Strange Fruit, uma das primeiras canções de protestos, sem medo, apenas com dor na alma, é demais para quem tem sentimentos. O brilho nos olhos de Billie, fosse quando cantava sobre dor de amor ou sobre dor da dor, é insubstituível. Viva elas, nossas Divas do Blues, viva Billie Holiday, aquela que quando canta parte o coração da gente; linda, magnifica, incomparável, Lady Day.

O amor vai fazer você beber e cair
Vai fazer você ficar a noite toda se repetindo

O amor vai fazer você fazer coisas
Que você sabe que são erradas

Mas, se você me tratar bem, querido
Eu estarei em casa todos os dias

Mas, se você continuar a ser tão mau pra mim, querido
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