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Exitus Letalis – O Direito de Morrer

Categoria: Literatura
Visitas: 6
Exitus Letalis – O Direito de Morrer

Exitus Letalis livro é na verdade um diário onde um médico relatou a sua luta real e de sua esposa contra o câncer.

O Dr. Reginaldo e sua esposa Ruth eram um casal de bolivianos que acabaram fixando residência na cidade de São Paulo. Na capital paulista construíram suas vidas da melhor forma possível. A vida do casal e de toda sua família até então felizes toma um rumo drástico quando Ruth acaba descobrindo uma pequena pinta em um dos dedos do pé. Sem fazer nenhuma consulta médica para verificar realmente do que se tratava ela decide imprudentemente extraí-la.

Essa pinta aparentemente sem nenhuma importância na realidade era um melanoma. Um dos tipos mais terríveis de câncer. A partir daí tem início a batalha de Ruth pela sobrevivência. Um luta comovente e repleta de agonia. Ambos médicos bem sucedidos e respeitados acostumados a ter a vida e a morte na palma das mãos agora era obrigado a lidar com a impotência humana diante da situação. São obrigados a encarar de frente o destino que não pede permissão para passar e ainda deixa um rastro de dor e aflição para trás.

No decorrer desses momentos de agonia onde Ruth luta com todas as suas forças pela sua própria vida o Dr. Reginaldo decide escrever um livro. Na verdade um diário onde descreve esses momentos de dor e luta desesperada na tentativa de entender o que estava ocorrendo e o que poderia ser feito dentro do possível e do impossível para encarar a situação.

Exitus Letalis apesar de um livro cru e dolorido é também um livro para aprendizado. No livro Dr. Reginaldo apesar de todo o seu sofrimento e de sua esposa ou ainda até mesmo pelo sofrimento, consegue tratar de assuntos polêmicos que interessam a todos com um grau de sinceridade poucas vezes vista. Questões como a ética no meio da medicina, a agonia inútil das pessoas nas UTIs dos hospitais e claro, a forma comercial como a medicina funciona hoje em dia. Ele também traz a tona questões como a eutanásia e por fim quem tem o direito de morrer.

Exitus Letalis pode e deve ser lido pelo meio cientifico, pelos estudantes e por pessoas comuns. Obviamente que não deve ter sido fácil para o Dr. Reginaldo escrever um diário de agonia e morte. O livro nos leva a entender que todos nós somos capazes de encarar a doença, a possibilidade ou ainda o que é pior, a certeza da morte. Exitus Letalis – Uma Saída Letal nos leva refletir sobre esses pontos de uma maneira digna.


Denisson Soares

Título: Exitus Letalis – O Direito de Morrer

Autor: Denisson Soares (todos os textos)

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Comentários - Exitus Letalis – O Direito de Morrer

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Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

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Tema: DVD Filmes
Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.\"Rua
Este texto irá falar sobre o filme Ex_Machina, nele podem e vão ocorrer Spoillers, então se ainda não viram o filme, vejam e voltem depois para lê-lo.

Impressões iniciais:

Ponto para o filme. Já que pela sinopse baixei a expectativa ao imaginar que era apenas mais um filme de robôs com complexo de Pinóquio, mas evidentemente que é muito mais que isso.

Desde as primeiras cenas é possível perceber que o filme tem algo de especial, pois não vemos uma cena de abertura com nenhuma perseguição, explosão ou ação sem propósito, típica em filmes hollywoodianos.
Mais um ponto, pois no geral o filme prende mais nos diálogos cerebrais do que na história em si, e isso é impressionante para o primeiro filme, como diretor, de Alex Garland (também roteirista do filme). O filme se mostrou eficiente em criar um ambiente de suspense, em um enredo, aparentemente sem vilões ou perigos, que prende o espectador.

Entrando um pouco no enredo, não é difícil imaginar que tem alguma coisa errada com Nathan Bateman (Oscar Isaac), que é o criador do android Ava (Alicia Vikander), pois ele vive isolado, está trabalhando num projeto de Inteligência Artificial secreto e quando o personagem orelha, Caleb Smith (Domhnall Gleeson), é introduzido no seu ambiente, o espectador fica esperando que em algum momento ele (Nathan) se mostrará como vilão. No entanto isso ocorre de uma forma bastante interessante no filme, logo chegaremos nela.

Falando um pouco da estética do filme, ponto para ele de novo, pois evita a grande cidade (comum nos filmes de FC) como foco e se concentra mais na casa de Nathan, que fica nas montanhas cercadas de florestas e bastante isolado. Logo de cara já é possível perceber que a estética foi pensada para ser lembrada, e não apenas um detalhe no filme. A pesar do ambiente ser isolado era preciso demonstras que os personagens estão em um mundo modernizado, por isso o cineasta opta por ousar na arquitetura da casa de Nathan.

A casa é nesses moldes novos onde a construção se mistura com o ambiente envolta. Usando artifícios como espelhos, muitas paredes de vidro, estruturas de madeira e rochas, dando a impressão de camuflagem para a mesma, coisa que os ambientalistas julgam favorável à natureza. Por dentro se pode ver de forma realista como podem ser as smart-house, não tenho certeza se o termo existe, mas cabe nesse exemplo. As paredes internas são cobertas com fibra ótica e trocam de cor, um efeito que além de estético ajuda a criar climas de suspense, pois há momentos onde ocorrem quedas de energia, então fica tudo vermelho e trancado.

O papel de Caleb á ajudar Nathan a testar a IA de AVA, mas com o desenrolar da história Nathan revela que o verdadeiro teste está em saber se Ava é capaz de “usar”, ou “se aproveitar” de Caleb, que se demonstra ser uma pessoa boa.

Caleb é o típico nerd introvertido, programador, sem amigos, sem família e sem namorada. Nathan também representa a evolução do nerd. O nerd nos dias de hoje. Por fora o cara é careca, barbudão com uns traços orientais (traços indianos, pois a Índia também fica no Oriente), bebê bastante e ao mesmo tempo malha e mantém uma dieta saudável pra compensar. E por dentro é um gênio da programação que criou, o google, o BlueBook, que é um sistema de busca muito eficiente.

Destaque para um diálogo sobre o BlueBook, onde Nathan fala para Caleb:
“Sabe, meus concorrentes estavam tão obcecados em sugar e ganhar dinheiro por meio de compras e mídia social. Achavam que ferramenta de pesquisa mapeava O QUE as pessoas pensavam. Mas na verdade eles eram um mapa de COMO as pessoas pensavam”.

Impulso. Resposta. Fluido. Imperfeição. Padronização. Caótico.

A questão filosófica vai além disso esbarrando no conceito de “vontade de potência”, de Nietzche, mas sobre isso não irei falar aqui, pois já há textos muito bons por aí.

Tem outra coisa que o filme me lembrou, que eu não sei se é referência ou se foi ocasional, mas o local onde Ava está presa e a forma como ela fica deitada num divã, e questiona se Caleb a observa por detrás das câmeras, lembra o filme “A pele que habito” de Almodóvar, um outro filme excelente que algum dia falarei por aqui.

Talvez seja uma versão “O endoesqueleto de metal e silicone que habito”, ou “O cérebro positrônico azul que habito”, mesmo assim não podia deixar de citar a cena por que é muito interessante.

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Jhon Erik Voese

Título:Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

Autor:Jhon Erik Voese(todos os textos)

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Comentários

  • Suassuna 11-09-2015 às 02:03:47

    Gostei do texto, irei conferir o filme.

    ¬ Responder
  • Jhon Erik VoeseJhon Erik Voese

    15-09-2015 às 15:51:02

    Que bom, obrigado! Espero que goste do filme também!

    ¬ Responder

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