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Disse-me um Adivinho

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Categoria: Literatura
Visitas: 8
Disse-me um Adivinho

Tiziano Terzani, um dos melhores jornalistas italianos da segunda metade do século xx, foi correspondente na Ásia da revista alemã Der Spiegel a partir de 1971. Fez coberturas in extremis da guerra do Vietname e permaneceu em Saigão durante mais de 30 anos. Certo dia, tendo ido com uma amiga a Hong Kong, já em finais da década de 70 do referido século, foi-lhe transmitida uma profecia por um adivinho de enorme prestígio naquelas paragens: em 1993, ou seja, dezasseis anos mais tarde, a sua vida correria sérios riscos de perigar caso ele decidisse andar de avião. Portanto, em situação alguma o deveria fazer.

Embora de índole racionalista, ficou grandemente impressionado com a exposição do guru acerca de diversas facetas da sua vida e, não obstante a grande limitação que representava para a sua atividade profissional o não se poder deslocar de avião, optou por dar algum crédito às palavras do homem, «não fosse o diabo tecê-las»…

No ano de 1993 calcorreou o Laos, a Birmânia, o Camboja, Singapura, a Tailândia, a Malásia, a China, a Mongólia, deliciando-se com as viagens por terra e mar, às vezes muitíssimo lentas. Mas foi precisamente esta lentidão que lhe permitiu perceber que o tempo não é só aquele que os relógios medem e que se perdem muitas coisas, porventura as mais importantes, nas viagens ultra rápidas que se fazem habitualmente. Com o intuito de afastar um prenúncio, o autor e protagonista abdica das aeronaves até ao ano chinês seguinte e acaba por redescobrir a força do misticismo oriental. É assim que este jornalista e escritor dá início a «Disse-me um Adivinho».

A morosidade das deslocações por vias menos “instantâneas” proporcionou a Tiziano Terzani a investigação do outro lado de uma sociedade tecnológica e consumista, tão deslumbrada com o porvir que parece nem se dar conta de se estar a autodestruir, ao admitir e adotar um modelo cultural ocidental, que, manifestamente, nunca foi o seu. Trata-se, na visão do autor, de uma caminhada alegre e pacífica para o próprio suicídio e ele alerta para esse facto. Até porque, por triste que seja, em jornalismo um facto não relatado (por textos ou fotografias) é um facto não ocorrido, independentemente do número de mortos e do grau de devastação constatados ou do sofrimento envolvido, não tendo, por isso espaço na redação da História universal.

Ter tempo para conversar com as pessoas, para as olhar nos olhos, para se divertir, para sentir, é o que define, afinal, um viajante. E Tiziano reinventou-se a viajar, cruzando-se com bruxos, xamãs, monges, feiticeiros, adivinhos, homens e mulheres de todos os extractos, uns vincadamente místicos, outros evidentes charlatães. «Disse-me um Adivinho», pela sua forma de caricaturar a espiritualidade vigente na Ásia, constitui uma magnífica maneira de viajar até lá sem sair do sítio onde se esteja a ler o livro. Esta obra de 440 páginas, publicada pela editora Tinta-da-China e traduzida para português por Margarida Periquito, dá-nos conta de como Tiziano Terzani regressou uma pessoa muito diferente daquela que partiu, até porque tomou consciência de que o sol nasce, há lua, …

Curiosamente, este andarilho do Oriente morreu em 2004, com 65 anos, vítima de cancro, sem que ninguém o previsse. O seu legado final intima, contudo, à reflexão: «O Fim é o Meu Começo»; Que grande viagem interior para deixar desta forma os episódios mais íntimos da sua vida narrados ao filho, poucos meses antes de morrer!


Maria Bijóias

Título: Disse-me um Adivinho

Autor: Maria Bijóias (todos os textos)

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Comentários - Disse-me um Adivinho

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Os primeiros brinquedos

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Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: Brinquedos
Os primeiros brinquedos\"Rua
O brinquedo é mais do que um objecto para a criança se divertir e distrair, é também uma forma de conhecer o mundo que tem ao seu redor e para dar asas à sua imaginação. Desta forma, os brinquedos sempre estiveram presentes na sociedade.

Os primeiros brinquedos datam de 6500 anos atrás, no Japão, em que as crianças brincavam com bolas de fibra de bambu. Entretanto há 3000 anos surgiram os piões feitos de argila e decorados, na Babilónia.

No século XIII apareceram os soldadinhos de chumbo, porém só eram acessíveis às famílias nobres. Cinco séculos mais tarde, apareceram as caixas de música, criadas por relojoeiros suíços.

As bonecas são muito antigas, surgiram enquanto figuras adoradas como deusas, há 40 mil anos, mas a primeira fábrica abriu apenas em 1413 na Alemanha. Barbie, a boneca mais famosa do mundo, foi criada em 1959, mas ainda hoje é das mais apetecíveis pelas crianças.

O grande boom dos brinquedos aconteceu quando se descobriu o plástico para o fabrico. Mesmo assim, muitas famílias não podiam comprar brinquedos aos filhos, como tal, estes utilizavam diversos tipos de materiais e construíam os seus próprios brinquedos.

Actualmente, as crianças têm acesso a uma enorme variedade de brinquedos, desde bonecas, a carros telecomandados, a videojogos… Educativos ou apenas lúdicos, há de tudo e para todos os gostos e preços.

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Autor:Rua Direita(todos os textos)

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Comentários

  • umdolitoys 23-01-2013 às 05:46:38

    Adorei a reportagem! e tenho algo para vocês verem!!

    Espero que gostem!!!

    ¬ Responder
  • sofia 22-07-2012 às 21:56:29

    Achei muito interecante e muito legal saber que ano foi fabricadoas bonecas

    ¬ Responder

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