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A quinta dos Girassóis, o Património que a cidade da Maia esqueceu

Categoria: Arte
A quinta dos Girassóis, o Património que a cidade da Maia esqueceu

Guilhermina Suggia (1885-1950) foi um nome importante em e para Portugal. Filha de um violoncelista de ascendência italiana e espanhola, Guilhermina é educada num ambiente familiar onde a música lhe é um lugar comum, e onde esta lhe é ensinada, desde tenra idade, sendo que também precoce é a sua primeira atuação em publico, aos sete anos de idade. Aluna de um dos maiores Violoncelistas da época, o catalão Pablo Casals, em 1901, com 15 anos de idade apenas, ela e a sua irmã, no piano, atuam para a Família Real Portuguesa. À pergunta da Rainha Dona Amélia, sobre qual era o maior sonho da sua vida, Guilhermina respondeu que gostaria de aperfeiçoar os seus conhecimentos no estrangeiro. Estas palavras fizeram, ao que parece eco, nos ouvidos da Rainha, pois uns meses depois, a coroa concedeu uma bolsa a Guilhermina para que fosse estudar no seu lugar de eleição, a Alemanha. Com apenas 17 anos, Guilhermina tornou-se a primeira mulher, e a interprete mais jovem a atuar com uma orquestra, e com o êxito que obteve, teve de repetir toda a sua atuação, a pedido do maestro. A carreira de Guilhermina atinge uma notoriedade enorme, e no regresso ao Porto e na atuação com a sua irmã, ela é convidada para as mais famosas salas de concerto de toda a Europa. Vive em Paris, onde volta a encontrar Casals, com quem enceta o mais falado romance da época, tendo um fim abrupto em 1913, quando Casals se casa com uma cantora norte americana e Guilhermina se muda para Londres. Aí, obtém também as melhores críticas da imprensa. No entanto, em 1924, decide regressar às suas origens, ao Porto, e comprar casa nessa cidade, na rua da Alegria. Em 1927 casa com o médico José Casimiro Carteado Mena, de quem nunca teve descendência, e vai morar para uma outra casa da mesma rua, casa esta pertença do marido. E é aqui que surge a ligação de Guilhermina à cidade da Maia, pois José Casimiro, possuía uma quinta nesta cidade, chamada a Quinta dos Girassóis, que hoje podemos ver da rua por onde passa a linha do metro, para quem vem da estação do fórum da Maia e vai em direção à rotunda de Brandinhães ou rotunda das pedras, (assim conhecida na cidade), ou para quem faz o percurso inverso. Guilhermina frequentava algumas vezes esta quinta e é disso prova as fotografias que o seu espólio presente na Camara Municipal de Matosinhos nos mostra.
O que nos perguntamos hoje, é o porquê da Quinta dos Girassóis, uma quinta de referência cultural, de uma enorme artista portuguesa, estar abandonada como está e em decadência constante como a vemos, não havendo qualquer intervenção da Camara Municipal da Maia, ou do Ministério da Cultura em Portugal, no sentido de a recuperar, e a tornar um marco de homenagem de uma enorme artista deste país. Perguntamo-nos o que aconteceu para que uma Camara Municipal tenha votado ao esquecimento este magnifico exemplo de património, e esperamos que este esquecimento não faça com que mais tarde ou mais cedo, não lhe suceda o mesmo que sucedeu à casa do famoso Visconde Barreiros, um dos grandes patronos desta cidade, tendo sido deixada ruir, depois deitada abaixo e por fim, decidida a construção do edifício da Câmara Municipal no mesmo local. As voltas que o património dá, é questão para se dizer…

Liliana Félix Leite

Título: A quinta dos Girassóis, o Património que a cidade da Maia esqueceu

Autor: Liliana Félix Leite (todos os textos)

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Comentários - A quinta dos Girassóis, o Património que a cidade da Maia esqueceu

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Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

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Tema: DVD Filmes
Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.\"Rua
Este texto irá falar sobre o filme Ex_Machina, nele podem e vão ocorrer Spoillers, então se ainda não viram o filme, vejam e voltem depois para lê-lo.

Impressões iniciais:

Ponto para o filme. Já que pela sinopse baixei a expectativa ao imaginar que era apenas mais um filme de robôs com complexo de Pinóquio, mas evidentemente que é muito mais que isso.

Desde as primeiras cenas é possível perceber que o filme tem algo de especial, pois não vemos uma cena de abertura com nenhuma perseguição, explosão ou ação sem propósito, típica em filmes hollywoodianos.
Mais um ponto, pois no geral o filme prende mais nos diálogos cerebrais do que na história em si, e isso é impressionante para o primeiro filme, como diretor, de Alex Garland (também roteirista do filme). O filme se mostrou eficiente em criar um ambiente de suspense, em um enredo, aparentemente sem vilões ou perigos, que prende o espectador.

Entrando um pouco no enredo, não é difícil imaginar que tem alguma coisa errada com Nathan Bateman (Oscar Isaac), que é o criador do android Ava (Alicia Vikander), pois ele vive isolado, está trabalhando num projeto de Inteligência Artificial secreto e quando o personagem orelha, Caleb Smith (Domhnall Gleeson), é introduzido no seu ambiente, o espectador fica esperando que em algum momento ele (Nathan) se mostrará como vilão. No entanto isso ocorre de uma forma bastante interessante no filme, logo chegaremos nela.

Falando um pouco da estética do filme, ponto para ele de novo, pois evita a grande cidade (comum nos filmes de FC) como foco e se concentra mais na casa de Nathan, que fica nas montanhas cercadas de florestas e bastante isolado. Logo de cara já é possível perceber que a estética foi pensada para ser lembrada, e não apenas um detalhe no filme. A pesar do ambiente ser isolado era preciso demonstras que os personagens estão em um mundo modernizado, por isso o cineasta opta por ousar na arquitetura da casa de Nathan.

A casa é nesses moldes novos onde a construção se mistura com o ambiente envolta. Usando artifícios como espelhos, muitas paredes de vidro, estruturas de madeira e rochas, dando a impressão de camuflagem para a mesma, coisa que os ambientalistas julgam favorável à natureza. Por dentro se pode ver de forma realista como podem ser as smart-house, não tenho certeza se o termo existe, mas cabe nesse exemplo. As paredes internas são cobertas com fibra ótica e trocam de cor, um efeito que além de estético ajuda a criar climas de suspense, pois há momentos onde ocorrem quedas de energia, então fica tudo vermelho e trancado.

O papel de Caleb á ajudar Nathan a testar a IA de AVA, mas com o desenrolar da história Nathan revela que o verdadeiro teste está em saber se Ava é capaz de “usar”, ou “se aproveitar” de Caleb, que se demonstra ser uma pessoa boa.

Caleb é o típico nerd introvertido, programador, sem amigos, sem família e sem namorada. Nathan também representa a evolução do nerd. O nerd nos dias de hoje. Por fora o cara é careca, barbudão com uns traços orientais (traços indianos, pois a Índia também fica no Oriente), bebê bastante e ao mesmo tempo malha e mantém uma dieta saudável pra compensar. E por dentro é um gênio da programação que criou, o google, o BlueBook, que é um sistema de busca muito eficiente.

Destaque para um diálogo sobre o BlueBook, onde Nathan fala para Caleb:
“Sabe, meus concorrentes estavam tão obcecados em sugar e ganhar dinheiro por meio de compras e mídia social. Achavam que ferramenta de pesquisa mapeava O QUE as pessoas pensavam. Mas na verdade eles eram um mapa de COMO as pessoas pensavam”.

Impulso. Resposta. Fluido. Imperfeição. Padronização. Caótico.

A questão filosófica vai além disso esbarrando no conceito de “vontade de potência”, de Nietzche, mas sobre isso não irei falar aqui, pois já há textos muito bons por aí.

Tem outra coisa que o filme me lembrou, que eu não sei se é referência ou se foi ocasional, mas o local onde Ava está presa e a forma como ela fica deitada num divã, e questiona se Caleb a observa por detrás das câmeras, lembra o filme “A pele que habito” de Almodóvar, um outro filme excelente que algum dia falarei por aqui.

Talvez seja uma versão “O endoesqueleto de metal e silicone que habito”, ou “O cérebro positrônico azul que habito”, mesmo assim não podia deixar de citar a cena por que é muito interessante.

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Jhon Erik Voese

Título:Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

Autor:Jhon Erik Voese(todos os textos)

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Comentários

  • Suassuna 11-09-2015 às 02:03:47

    Gostei do texto, irei conferir o filme.

    ¬ Responder
  • Jhon Erik VoeseJhon Erik Voese

    15-09-2015 às 15:51:02

    Que bom, obrigado! Espero que goste do filme também!

    ¬ Responder

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