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Otelo Saraiva de Carvalho – Um Capitão de Abril

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Categoria: Biografias
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Otelo Saraiva de Carvalho – Um Capitão de Abril

É um homem meticuloso e quase obsessivo com a arrumação, a disciplina a até com a simetria. Considera-se um pacifico e andou na guerra colonial com a arma descarregada. Apesar de apontado e acusado de terrorismo e assassínio, afirma que nunca matou nem agrediu ninguém Foi amnistiado e absolvido das acusações. Falo de Otelo Saraiva de Carvalho, um homem único, controverso e ligado de forma extraordinária, como poucos, mas como tantos outros, à revolução dos Cravos (25 de abril de 1974).

Nasceu em Lourenço Marques a 31 de agosto de 1936 e deram-lhe o nome de Otelo Nuno Romão Saraiva de carvalho.

Casou ainda jovem (1960) com Dina Afonso de quem teve dois filhos.

Foi como capitão em Angola (1961 – 1963) que começou a refletir sobre a ditadura que ocorria em Portugal na altura. Sobre uma regime Salazarista, Otelo começava a pensar em liberdade.
Volta a Portugal em 1964 e é destacado para Águeda para dar aulas na Escola Central de Sargentos até 1968. Parte para a Guiné em 1970 onde se mantém como capitão até 1973.

Foi um dos maiores dinamizadores do movimento de consternação que viria a dar origem ao Movimento dos Capitães ou mais conhecido – Movimento das Forças Armadas (MFA). Por esta altura já as suas convicções associadas á sede de liberdade o faziam estudar de forma meticulosa a libertação de um povo que considerava com fome. Fome de comer, de justiça, de igualdade e de liberdade.

Foi o responsável máximo pela operação de Coordenação do MFA e dirigiu de forma meticulosa toda a operação que envolveu a revolução de abril.

Foi afastado de vários cargos conseguidos pós 25 de abril, por ser acusado de maus tratos e de ordens de prisão desmedidas.

Candidata-se com Vasco Lourenço como braço direito, às eleições presidenciais de 1976 e depois em 1980. Perdeu ambas para o general Ramalho Eanes.

Na década de 80 é acusado de ser o líder da organização terrorista FP25. É-lhe incutida a responsabilidade da morte de 17 pessoas. É preso por estes crimes em 1984. Por esta altura conhece a sua 2ª mulher com quem adotou uma filha.

Em 1985 foi julgado e condenado pelos crimes associados às FP25. Ficou em prisão preventiva durante 5 anos enquanto apresentava recursos, acabando por aguardar pelo julgamento em liberdade. A amnistia libertou-o em 1996.

Muito devido ás traições antigas de muitos que se diziam amigos, é hoje um homem sem eles, apesar de ser o centro das atenções em qualquer reunião ou festa.

É sinonimo de tantas coisas. Traidor, bígamo e até quem ouse de assassino, mas no entanto é aclamado tantas vezes de revolucionário libertador, herói, único.

Vive com as duas mulheres (em casas diferentes) e assume a bigamia sem qualquer problema ou preconceito. Considera que não triunfou nos seus objetivos com a revolução de abril, considera que não cumpriu o que criou no MFA. “Depois de 48 anos de ditadura o povo merecia elevar-se a nível social”.


Carla Horta

Título: Otelo Saraiva de Carvalho – Um Capitão de Abril

Autor: Carla Horta (todos os textos)

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Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

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Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: Literatura
Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal\"Rua
Gertrude Stein foi uma escritora de peças de teatro, de peças de opera, de ficção, de biografia e de poesia, nascida nos Estados Unidos da América, e escreveu a Autobiografia de Alice B. Toklas, vestindo a pele, e ouvindo pela viva voz da sua companheira de 25 anos de vida, os relatos da historia de ambas, numa escrita acessível, apresentando situações caricatas ou indiscretas de grandes vultos da arte e da escrita da sua época. Alice B. Toklas foi também escritora, apesar de ter vivido sempre um pouco na sombra de Stein. Apesar de ambas terem crescido na Califórnia, apenas se conheceram em Paris, em 1907.


Naquela altura, Gertrude vivia há quatro anos com o seu irmão, o artista Leo Stein, no numero 27 da rue de Fleurus, num apartamento que se tinha transformado num salão de arte, recebendo exposições de arte moderna, e divulgando artistas que viriam a tornar-se muito famosos. Nestes anos iniciais em Paris, Stein estava a escrever o seu mais importante trabalho de início de carreira, Three Lives (1905).


Quando Gertrude e Alice se conheceram, a sua conexão foi imediata, e rapidamente Alice foi viver com Gertrude, tornando-se sua parceira de escrita e de vida. A casa, como se referiu atrás, tornou-se um local de reunião para escritores e artistas da vanguarda da época. Stein ajudou a lançar as carreiras de Matisse, e Picasso, entre outros, e passou a ser uma espécie de teórica de arte, aquela que descrevia os trabalhos destes artistas. No entanto, a maior parte das críticas que Stein recebia, acusavam-na de utilizar uma escrita demasiado densa e difícil, pelo que apenas em 1933, com a publicação da Autobiografia de Alice B. Toklas, é que o trabalho de Gertrude Stein se tornou de facto reconhecido e elogiado.


Alice foi o apoio de Gertrude, foi a dona de casa, a cozinheira, grande cozinheira aliás, vindo mais tarde a publicar algumas das suas receitas, e aquela que redigia e corrigia o que Gertrude lhe ditava. Assim, Toklas fundou uma pequena editora, a Plain Editions, onde publicava o trabalho de Gertrude. Aliás, é reconhecido nesta Autobiografia, que o papel de Gertrude, no casal, era o de marido, escrevendo e discutindo arte com os homens, enquanto Alice se ocupava da casa e da cozinha, e de conversar sobre chapéus e roupas com as mulheres dos artistas que visitavam a casa. Depois da morte de Gertrude, Alice continuou a promover o trabalho da sua companheira, bem como alguns trabalhos seus, de culinária, e um de memórias da vida que ambas partilharam.


Assim, este livro que inspirou o filme “Meia noite em Paris”, de Woody Allen, é um livro a não perder, já nas livrarias em Portugal, pela editora Ponto de Fuga.

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Liliana Félix Leite

Título:Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

Autor:Liliana Félix Leite(todos os textos)

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