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José Hermano Saraiva – o contador do tempo

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Categoria: Biografias
José Hermano Saraiva – o contador do tempo

Hoje, 20 de julho de 2012, o nosso país – e o mundo – perdeu um grande marco… um grande homem!

Neste dia morreu José Hermano Saraiva, historiador, político, professor, advogado, multifacetado e brilhante como um diamante lapidado.

Cabe-nos agora contar a sua história.

José nasceu a 3 de outubro de 1919 em Leiria. Frequentou na mesma cidade o Liceu Nacional, tendo depois ganho asas e voado para outras paragens.

Na Universidade de Lisboa, licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas em 1941, e em Ciências Jurídicas em 1942.

Ao começar a trabalhar, Saraiva acumulou funções de professor no Liceu e de advogado. Ligado à educação, teve vários cargos, desde reitor a assistente.

Entretanto, na altura do Estado Novo, envolveu-se na política. Foi deputado na Assembleia Nacional e procurador. Foi também Ministro da Educação entre 1968 e 1970, altura em que enfrentou a Crise Académica de ’69. Seguiu-se-lhe José Veiga Simão.

Após deixar o ministério, foi ainda embaixador de Portugal no Brasil.

Por inícios da Democracia, Saraiva ganhou fama pelos seus programas de História e pela sua forma entusiastica de dar a conhecer a nossa cultura, embora esta seja muito criticada por alguns dos seus colegas. José fazia os seus programas espontâneamente, sem guião, pelo que muitos diziam que ele seria “um contador de histórias”. E quem conta um conto, acrescenta-lhe um ponto.

José Hermano Saraiva foi, no entanto, um notável comunicativo.

Voltou a leccionar na Escola Superior de Polícia e na Universidade Aberta de Lisboa.
Recebeu a grã-cruz da Ordem da Instrução Pública, a grã-cruz da Ordem do Mérito do Trabalho e a comenda da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, em Portugal, e a Grã-Cruz da Ordem de Rio Branco do Brasil.

Faleceu hoje, aos 82 anos, em Palmela, vítima de doença prolongada.

Ao olharmos para trás, vemos que perdemos. Perdemos um grande homem. Perdemos um marco da cultura. Perdemos uma grande alma. Perdemos História!

Espero que possa, um dia mais tarde, mostrar a História de Portugal aos meus filhos pelos olhos deste homem. Embora ele possa ter cometido alguns erros ou desvios na história do nosso país, fez algo de muito importante: avivou o interesse na cultura e história nacional em muitas mentes e corações.

Descansa em paz, José Hermano Saraiva!


Patrícia Carvalho

Título: José Hermano Saraiva – o contador do tempo

Autor: Patrícia Carvalho (todos os textos)

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Comentários - José Hermano Saraiva – o contador do tempo

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Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

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Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: DVD Filmes
Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.\"Rua
Este texto irá falar sobre o filme Ex_Machina, nele podem e vão ocorrer Spoillers, então se ainda não viram o filme, vejam e voltem depois para lê-lo.

Impressões iniciais:

Ponto para o filme. Já que pela sinopse baixei a expectativa ao imaginar que era apenas mais um filme de robôs com complexo de Pinóquio, mas evidentemente que é muito mais que isso.

Desde as primeiras cenas é possível perceber que o filme tem algo de especial, pois não vemos uma cena de abertura com nenhuma perseguição, explosão ou ação sem propósito, típica em filmes hollywoodianos.
Mais um ponto, pois no geral o filme prende mais nos diálogos cerebrais do que na história em si, e isso é impressionante para o primeiro filme, como diretor, de Alex Garland (também roteirista do filme). O filme se mostrou eficiente em criar um ambiente de suspense, em um enredo, aparentemente sem vilões ou perigos, que prende o espectador.

Entrando um pouco no enredo, não é difícil imaginar que tem alguma coisa errada com Nathan Bateman (Oscar Isaac), que é o criador do android Ava (Alicia Vikander), pois ele vive isolado, está trabalhando num projeto de Inteligência Artificial secreto e quando o personagem orelha, Caleb Smith (Domhnall Gleeson), é introduzido no seu ambiente, o espectador fica esperando que em algum momento ele (Nathan) se mostrará como vilão. No entanto isso ocorre de uma forma bastante interessante no filme, logo chegaremos nela.

Falando um pouco da estética do filme, ponto para ele de novo, pois evita a grande cidade (comum nos filmes de FC) como foco e se concentra mais na casa de Nathan, que fica nas montanhas cercadas de florestas e bastante isolado. Logo de cara já é possível perceber que a estética foi pensada para ser lembrada, e não apenas um detalhe no filme. A pesar do ambiente ser isolado era preciso demonstras que os personagens estão em um mundo modernizado, por isso o cineasta opta por ousar na arquitetura da casa de Nathan.

A casa é nesses moldes novos onde a construção se mistura com o ambiente envolta. Usando artifícios como espelhos, muitas paredes de vidro, estruturas de madeira e rochas, dando a impressão de camuflagem para a mesma, coisa que os ambientalistas julgam favorável à natureza. Por dentro se pode ver de forma realista como podem ser as smart-house, não tenho certeza se o termo existe, mas cabe nesse exemplo. As paredes internas são cobertas com fibra ótica e trocam de cor, um efeito que além de estético ajuda a criar climas de suspense, pois há momentos onde ocorrem quedas de energia, então fica tudo vermelho e trancado.

O papel de Caleb á ajudar Nathan a testar a IA de AVA, mas com o desenrolar da história Nathan revela que o verdadeiro teste está em saber se Ava é capaz de “usar”, ou “se aproveitar” de Caleb, que se demonstra ser uma pessoa boa.

Caleb é o típico nerd introvertido, programador, sem amigos, sem família e sem namorada. Nathan também representa a evolução do nerd. O nerd nos dias de hoje. Por fora o cara é careca, barbudão com uns traços orientais (traços indianos, pois a Índia também fica no Oriente), bebê bastante e ao mesmo tempo malha e mantém uma dieta saudável pra compensar. E por dentro é um gênio da programação que criou, o google, o BlueBook, que é um sistema de busca muito eficiente.

Destaque para um diálogo sobre o BlueBook, onde Nathan fala para Caleb:
“Sabe, meus concorrentes estavam tão obcecados em sugar e ganhar dinheiro por meio de compras e mídia social. Achavam que ferramenta de pesquisa mapeava O QUE as pessoas pensavam. Mas na verdade eles eram um mapa de COMO as pessoas pensavam”.

Impulso. Resposta. Fluido. Imperfeição. Padronização. Caótico.

A questão filosófica vai além disso esbarrando no conceito de “vontade de potência”, de Nietzche, mas sobre isso não irei falar aqui, pois já há textos muito bons por aí.

Tem outra coisa que o filme me lembrou, que eu não sei se é referência ou se foi ocasional, mas o local onde Ava está presa e a forma como ela fica deitada num divã, e questiona se Caleb a observa por detrás das câmeras, lembra o filme “A pele que habito” de Almodóvar, um outro filme excelente que algum dia falarei por aqui.

Talvez seja uma versão “O endoesqueleto de metal e silicone que habito”, ou “O cérebro positrônico azul que habito”, mesmo assim não podia deixar de citar a cena por que é muito interessante.

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Jhon Erik Voese

Título:Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

Autor:Jhon Erik Voese(todos os textos)

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Comentários

  • Suassuna 11-09-2015 às 02:03:47

    Gostei do texto, irei conferir o filme.

    ¬ Responder
  • Jhon Erik VoeseJhon Erik Voese

    15-09-2015 às 15:51:02

    Que bom, obrigado! Espero que goste do filme também!

    ¬ Responder

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