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O relicário de Santa Valéria

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Categoria: Arte
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O relicário de Santa Valéria

O relicário de Santa Valeria é uma obra que tem 23,2 x 28 x 11,5 cm está datado entre 1175-85, encontra-se no museu de S. Petersburgo. Este é um exemplar bem preservado de um relicário narrativo, é representativo de um dos pontos altos de design e artesanato em esmalte de Limoges. Toda a superfície desta peça está coberta por um trabalho minucioso onde é possível ver retratada a história da vida de santa Valéria.

O fundo é composto por hastes enroladas de videiras possível de comparar com as caixas relicário de dois outros importantes santos de Limoges, Estevão (a quem é dedicada a catedral de Limoges, noivo de Valéria) e Marçal (primeiro bispo da cidade), também estas obras exibem um rico conjunto narrativo, com várias cenas, às quais também é dada grande atenção a nível do detalhe e da execução minuciosa.

Assim as obras dos relicários destes três santos de Limoges têm em comum uma herança espiritual e artística associada à sua produção em esmalte, foram os principais patronos de Limoges. Contudo não se tem a certeza que estes três relicários tenham sido produzidos para serem usados em Limoges, contudo foram criados para albergarem relíquias, fenómeno que se foi desenvolvendo ao longo do século XII e XIII e continuou pela idade média.

A figuração deste relicário é baseada nas convenções comuns dos mártires virgens, é representado o seu julgamento e sacrifício, representando o episódio mais significativo da sua vida.

A narrativa presente no relicário de Santa Valéria tem início com a condenação de Valéria por Estevão, o seu carrasco Horácio leva-a para o local onde terá lugar a sua execução, fora dos muros da cidade, é possível distinguir Valéria através dos inúmeros detalhes representados, o seu cabelo longo está solto, a sua pose mostra graciosidade, veste um vestido azul com longas mangas e calça sapatos roxos, estas características representadas neste trabalho demonstram-nos que Valéria era como uma princesa nobre.

A representação do duque Estevão através da sua espada, do ceptro em forma de coroa e do facto de este estar entronizado, demonstra a posição que o mesmo tinha na cidade de Limoges. É possível também ver os habitantes da cidade junto ao arco do portão da mesma, alguns virados de costas e outros a olhar para Valéria, ao canto vê-se a mão de Deus confirmando o martírio de Valéria. O seu carrasco aparece representado, por duas vezes, com vestes exóticas e turbante na cabeça. Estas representações, como refere a autora apresentam paralelos na arte Bizantina. Estes elementos mais exóticos são como que a representação, para os observadores dos inimigos dos cristãos os sarracenos.

No “telhado” do relicário aparece a representação da aparição de Valéria onde se processa a colocação da sua cabeça como que hasteada a ser levada a S. Marçal que presidia a eucaristia, Valéria surge-nos nesta altura de uma forma menos graciosa precisando de ajuda para caminhar, a narrativa termina com a oferta da sua cabeça a São Marçal.

A narrativa termina como que em ruptura com a ordem cronológica, em que é representado um fogo divino que leva à concretização da profecia de Valéria, a morte do seu carrasco. Ainda de dar enfase é a questão narrada na parte de trás do relicário, onde se encontra uma cena aparentemente não relacionada com a história de Valéria, e onde é possível observar uma cena em que os Magos fazem as suas oferendas a Jesus. Esta caixa de relíquias é em muito similar a outras criadas, principalmente no que diz respeito ao facto de todas elas terem como preocupação primária mostrar o santo da história como santo virgem mártire, uma visão mais aproximada mostra uma divergência marcada na narrativa da esquerda para a direita, formando uma cruz, ou seja, a acção levada a cabo por Valéria numa fase inicial tem a sua consequência representada no canto superior direito em cima, com a sua oferenda a S. Marçal, a sua decapitação, à direita, é punida com a morte do seu carrasco em cima à esquerda. Este tipo de narrativa é comum na época medieval principalmente em vitrais.

Associado a este culto existe outro facto particular, os milagres cefalóforos comuns na idade média, que têm como características o facto de a cabeça continuar a evocar o nome de Deus, contudo Valéria não fala, o que faz com que o milagre nesta narrativa se encontre noutro lugar, autora faz referência a Maurice Coens para defender esta teoria bem como também para justificar que a narrativa marca um lugar sagrado, ou seja o local que o santo escolheu para ser enterrada a sua maior relíquia, a sua cabeça.

De acordo com a legenda da caixa das relíquias Valéria foi inicialmente enterrada na futura tumba de S. Marçal na igreja de S. Marçal.


Sónia Henriques

Título: O relicário de Santa Valéria

Autor: Sónia Henriques (todos os textos)

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Os 10 melhores queijos holandeses

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Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: Alimentação
Os 10 melhores queijos holandeses\"Rua
Os holandeses são conhecidos como “cabeças de queijo”. A partir daí, podemos notar e concluir que não são apenas amantes de queijo, mas também grandes produtores.
O queijo está presente na Holanda há milhares de anos, desde os tempos de Júlio César, que ficou encantado com os queijos que encontrou no local. Desde então, os queijos holandeses dividem espaço com as flores como símbolo da cultura da Holanda, gerando a maior parte do combustível econômico do país.

Os holandeses fabricam 650 milhões de quilos de queijo por ano, exportando dois terços desse volume para outros países. São os maiores exportadores de queijo do mundo.
Além disso, cada cidadão da Holanda come por ano, em média, 15 quilos de queijo.

Conheça os 10 melhores tipos de queijos holandeses:

1- Queijo Gouda
O queijo recebe o nome da cidade onde é produzido e é responsável por dois terços de toda a produção de queijos da Holanda. É o mais famoso e copiado no mundo.
Trata-se de um queijo macio e cremoso, em formato circular, com os famosos furinhos no meio. Pode-se encontrar variações no tempero, como especiarias e ervas finas. Possui um nível elevado de gordura de 48%, mas que garante o sabor único, úmido e macio do queijo. É considerado um dos melhores queijos do mundo.

2- Queijo Edam
É facilmente reconhecido por possuir no seu interior a coloração amarelo claro e camadas vermelhas ou alaranjadas nas partes mais externas. Possui um sabor picante e é mais seco se comparado com o tipo Gouda. Por esses motivos, possui menos gordura, 40%.

3- Queijo Leiden
Possui menor teor de gordura em comparação com os anteriores por se tratar de leite coado na fabricação do queijo. É mais firme e robusto, com consistência mais rígida. Pode conter especiarias em seu interior. Possui maturação mais prolongada e é prensado, o que o torna mais firme. Além de conter pimenta cominho na preparação da sua massa, dando um sabor mais do que especial ao queijo.

4- Queijo Maasdammer
Queijo com sabor de nozes fabricado na cidade de Maasdam. Também possui os famosos buracos no seu interior e um sabor peculiar e distinto. Possui estrutura firme, consistente, devido a sua cura precoce, de aproximadamente quatro semanas.

5- Queijo Cablanca
Esse queijo de cabra é classificado de duas maneiras: um tipo é fresco e mole, mais suave e cremoso; o outro é semiduro e curado, semelhante ao aspecto dos queijos gouda.
Os primeiros possuem sabor agradável e leve, por serem mais frescos. Enquanto os segundos possuem sabor mais forte e cítrico.

6- Queijo Boerenkaas

Queijo feito essencialmente de forma artesanal, o que o torna um queijo único e exclusivo, além de mais caro que os demais. Pelo menos metade do leite utilizado na fabricação desse queijo deve ser originário de vacas que são criadas na própria fazenda produtora. Além disso, o restante do leite utilizado não pode ser proveniente de mais do que duas fazendas diferentes e próximas ao local original de produção do queijo.

7- Queijo Defumado
Esse tipo de queijo é um pouco diferente dos demais. É fabricado e praticamente finalizado, após isso, é derretido e novamente prensado em formato de embutidos. É geralmente vendido por fatia, em formato de linguiça.

8- Queijo de cravo da Frísia
É um queijo preparado de leite desnatado na região da Frísia.
Além do cominho, leva na fabricação da sua massa pitadas de cravo. Isso garante a esse queijo um sabor forte, seco e rústico. Sua consistência é firme.



9- Queijo Parrano
É um queijo de vaca que possui um sabor que combina com doces aromas.
É um queijo feito nos moldes dos queijos italianos, parecido com a textura do parmesão. Por isso mesmo, é bastante usado na gastronomia italiana.

10 – Queijo Graskaas

Esse queijo é especial pois é feito a partir do primeiro leite produzido pelas vacas após retornarem da pastagem, depois de passarem o inverno trancadas nos celeiros.

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Filipe Mixa

Título:Os 10 melhores queijos holandeses

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