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Motivações das Cruzadas

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Categoria: Outros
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Motivações das Cruzadas

No século X-XI, deu-se a explosão da cavalaria como categoria social, e, durante algum tempo, teve alguma importância. A emergência da cavalaria foi feita em condições de guerra, de invasões e das cruzadas. As populações locais, indefesas e desprotegidas, colocaram-se sobre a proteção destes cavaleiros.

A Igreja Católica foi muito prejudicada pela emergência da cavalaria, pois era alvo de roubos, nomeadamente, de terrenos e servos. Numa fase inicial, a Igreja tentou os Sínodos de Paz, para conseguir as tréguas com os cavaleiros. Contudo, a própria Igreja Católica decidiu terminar com estas reuniões, e nos finais do século XII acabaram decididamente. As cruzadas foram a salvação para os membros do clero, pois os cavaleiros que anda a vaguear entre cidades e abusar dos eu estatuto, tinham agora um objetivo, combater os infiéis na Terra Santa.

Os turcos conquistaram a cidade de Jerusalém, em 1071, expulsando os bizantinos. A Igreja Católica, uma instituição muito esperta, para dispersar os católicos e cristianiza-los, mandou um apelo a todos os cristãos para salvar a Terra Santa. O prémio, digamos assim, era o perdão dos pecados nas Cruzadas. Para além destes motivos, encontramos também motivações económicas e sociais: os mercadores, que financiaram as cruzadas, os italianos, que com o domínio dos turcos, tinham de acabar com o seu comércio no Oriente, os servos, que ficavam livres da dependência do senhor, e as pessoas, em geral, não guerreiros, que percorriam a Europa toda para combater os infiéis com enxadas.

Todas as cruzadas foram um desastre total. Houve cerca de oito ou nove cruzadas. O número de cruzadas difere, porque a opinião dos historiadores não é concisa: a oitava e nona cruzada podem ser vistas juntas ou em separado. Fica à interpretação de cada um dos factos. A primeira e a segunda cruzada foram um desastre porque os cristãos radicais, em vez de juntarem-se aos bizantinos para lutarem contra os turcos, lutaram contra os bizantinos. Sabemos que nas muitas cruzadas que os cristãos empreenderam conseguiram conquistar os lugares santos, mas em 1244 voltaram a perde-los.

O fracasso das cruzadas deve-se, sobretudo, à desunião dos cristãos, para além dos fatores físicos, claro.


Daniela Vicente

Título: Motivações das Cruzadas

Autor: Daniela Vicente (todos os textos)

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Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

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Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: Literatura
Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal\"Rua
Gertrude Stein foi uma escritora de peças de teatro, de peças de opera, de ficção, de biografia e de poesia, nascida nos Estados Unidos da América, e escreveu a Autobiografia de Alice B. Toklas, vestindo a pele, e ouvindo pela viva voz da sua companheira de 25 anos de vida, os relatos da historia de ambas, numa escrita acessível, apresentando situações caricatas ou indiscretas de grandes vultos da arte e da escrita da sua época. Alice B. Toklas foi também escritora, apesar de ter vivido sempre um pouco na sombra de Stein. Apesar de ambas terem crescido na Califórnia, apenas se conheceram em Paris, em 1907.


Naquela altura, Gertrude vivia há quatro anos com o seu irmão, o artista Leo Stein, no numero 27 da rue de Fleurus, num apartamento que se tinha transformado num salão de arte, recebendo exposições de arte moderna, e divulgando artistas que viriam a tornar-se muito famosos. Nestes anos iniciais em Paris, Stein estava a escrever o seu mais importante trabalho de início de carreira, Three Lives (1905).


Quando Gertrude e Alice se conheceram, a sua conexão foi imediata, e rapidamente Alice foi viver com Gertrude, tornando-se sua parceira de escrita e de vida. A casa, como se referiu atrás, tornou-se um local de reunião para escritores e artistas da vanguarda da época. Stein ajudou a lançar as carreiras de Matisse, e Picasso, entre outros, e passou a ser uma espécie de teórica de arte, aquela que descrevia os trabalhos destes artistas. No entanto, a maior parte das críticas que Stein recebia, acusavam-na de utilizar uma escrita demasiado densa e difícil, pelo que apenas em 1933, com a publicação da Autobiografia de Alice B. Toklas, é que o trabalho de Gertrude Stein se tornou de facto reconhecido e elogiado.


Alice foi o apoio de Gertrude, foi a dona de casa, a cozinheira, grande cozinheira aliás, vindo mais tarde a publicar algumas das suas receitas, e aquela que redigia e corrigia o que Gertrude lhe ditava. Assim, Toklas fundou uma pequena editora, a Plain Editions, onde publicava o trabalho de Gertrude. Aliás, é reconhecido nesta Autobiografia, que o papel de Gertrude, no casal, era o de marido, escrevendo e discutindo arte com os homens, enquanto Alice se ocupava da casa e da cozinha, e de conversar sobre chapéus e roupas com as mulheres dos artistas que visitavam a casa. Depois da morte de Gertrude, Alice continuou a promover o trabalho da sua companheira, bem como alguns trabalhos seus, de culinária, e um de memórias da vida que ambas partilharam.


Assim, este livro que inspirou o filme “Meia noite em Paris”, de Woody Allen, é um livro a não perder, já nas livrarias em Portugal, pela editora Ponto de Fuga.

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Liliana Félix Leite

Título:Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

Autor:Liliana Félix Leite(todos os textos)

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