Uma estante virtual
Foi esta pergunta, indagada por Jack Johnson na música “Good People”, que inspirou os criadores do site skoob.com.br: “A primeira e maior rede de leitores do Brasil”, conforme descrição no próprio site.
O nome do site, que às vezes não é compreendido de imediato, é um anagrama simples da palavra inglesa “books”, que significa “livros” em português, e seus membros são carinhosamente chamados de skoobers.
Os autores, no texto de apresentação, afirmam que é para lá que todas as pessoas boas foram e onde elas se encontram e, com certeza, após alguns dias fazendo parte dessa rede literária, qualquer skoober concordará com a afirmação.
O site, que possui uma interface iconográfica bonita e intuitiva, permite a cada membro recriar uma estante virtual de livros com todos os títulos que fizeram parte de sua jornada literária: aqueles que foram lidos avidamente ou de forma letárgica, mas lidos por completo; aqueles que foram abandonados devido a uma linguagem difícil ou uma história maçante; os que estão em nossa cabeceira no momento sendo abertos pela primeira vez ou aqueles que estão sendo apreciados novamente pelos nossos olhos; os preferidos que nos encantam pela linguagem elaborada e poética, pela história surpreendente em uma literatura fantástica ou porque nos apaixonamos pelas personagens loucas, intensas, profundas e incomuns; os mais desejados, os preferidos, os que já possuímos e os que estamos dispostos a trocar. Todos eles são destacados em nossa estante virtual.
No perfil de cada membro ainda há um espaço para recados que pode ser utilizado para fazer novos amigos, divulgar lançamentos próprios, conversar sobre livros e, o mais intenso de todos, negociar trocas. É nesse quesito que a interação entre os membros ultrapassa a realidade virtual e se torna física.
As trocas são negociadas pelos próprios membros e normalmente são feitas através dos Correios. A confiança entre os skoobers é o “gatilho” principal das negociações, afinal de contas, é lá que as pessoas boas estão.
E por mais que o site seja brasileiro e que trocas físicas pareçam um pouco impossível para membros de outros países, a troca de experiência é mais do que viável e incentivada, afinal, a internet não conhece fronteiras.