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Início > Textos > Categoria > Electrodomésticos > Electrodomésticos - um bem precioso

Electrodomésticos - um bem precioso

Categoria: Electrodomésticos
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Comentários: 1
Electrodomésticos - um bem precioso

Os electrodomésticos constituem, provavelmente, um dos engenhos mais espantosos e apreciados, sobretudo pelas mulheres, verdadeiras prisioneiras da casa e das lides domésticas. Recorrendo a conceitos dos tempos da escravatura, poderia declarar-se que estes valiosos aparelhos apareceram como a “carta de alforria” para tão sacrificadas tarefeiras, decretando a “ordem de soltura” de pesados afazeres.

Mais livres, elas podem dedicar-se aos restantes trabalhos, ou, simplesmente, reconhecer a si mesmas e proporcionar-se o direito ao descanso e ao lazer. Os filhos e ouros membros do agregado familiar beneficiarão, igualmente, com a maior disponibilidade daquelas que são, na essência, a “alma” do lar.

Desde máquinas e equipamentos para tudo e mais alguma coisa, a torradeiras, a chaleiras e facas eléctricas, a microondas, a fogões, a esquentadores, e a um sem-número de outros inestimáveis auxiliares, todos os electrodomésticos proporcionam menos fadiga, mais conforto e, acima de tudo, subentendem a possibilidade de escolha, pela libertação de que são portadores. Agora até já há umas máquinas que cozinham sozinhas (o que se afigura assaz conveniente para quem é um “zero à esquerda” em termos de culinária) e uns aspiradores perfeitamente auto-suficientes, que se pavoneiam para trás e para a frente sem necessidade de supervisão. Ficam apenas um pouco desorientados nos cantos, mas basta desencalhá-los e reencaminhá-los que eles continuarão pronta e incansavelmente a sua empreitada de remoção do pó e sujidades sem mandar “areia para os olhos” nem esconder a varredura debaixo do tapete…

Não obstante a inegável “eficiência a quanto obrigas”, tudo tem um fim. Se, eventualmente, precisar de substituir os electrodomésticos em término de “relação laboral” consigo, mas não os quiser votar ao completo degredo, colocando-os no lixo, informe-se pois existem instituições, geralmente ligadas à reinserção social e à auto-subsistência de pessoas com diversos tipos de problemas, que os recolhem e consertam ou, nessa inviabilidade, os reconvertem noutros objectos úteis, bonitos e criativos. Por exemplo, já pensou acomodar os seus peixinhos num aquário que outrora foi um monitor de computador? E o que acha da ideia de o seu cão, no quintal, se abrigar numa esbelta casota com origem numa máquina de lavar roupa? Para além de estar a dar um precioso contributo para a arte, ao ceder matéria-prima que permite fomentar o espírito artístico e estético, e de ajudar quem mais precisa, sem que isso lhe custe rigorosamente nada, o ambiente também agradece a atenção. Afinal, parece que os electrodomésticos, à semelhança do que se diz acerca dos gatos, podem ter mais do que uma vida…

Maria Bijóias

Título: Electrodomésticos - um bem precioso

Autor: Maria Bijóias (todos os textos)

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Comentários     ( 1 )    recentes

  • Wallace RandalWallace Randal

    14-09-2012 às 18:18:41

    Não há como negar, somos escravos dos eletrodomésticos. É a realidade que não temos como sobreviver sem eles e que a nossa dependência chegou a um nível improvável. Mas desde sempre somos dependentes de algo, seja do fogo, ou de armas, ou até mesmo da luz do sol. É assim que as engrenagens giram e o mundo continua a correr em direção ao abismo.

    ¬ Responder

Comentários - Electrodomésticos - um bem precioso

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Fine and Mellow

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Tema: Música
Fine and Mellow\"Rua
"O amor é como uma torneira
Que você abre e fecha
Às vezes quando você pensa que ela está aberta, querido
Ela se fechou e se foi"
(Fine and Melow by Billie Holiday)

Ao assistir a Bio de Billie Holiday, ocorreu-me a questão Bluesingers x feminismo, pois quem ouve Blues, especialmente as mais antigas, as damas dos anos 10, 20, 30, 40, 50, há de pensar que eram mulheres submissas ao machismo e maldade de seus homens. Mas, as cantoras de Blues, eram mulheres extremamente independentes; embora cantassem seus problemas, elas não eram submissas a ponto de serem ultrajadas, espancadas... Eram submissas, sim, ao amor, ao bom trato... Essas mulheres, durante muito tempo, tiveram de se virar sozinhas e sempre que era necessário, ficavam sós ou mudavam de parceiros ou assumiam sua bissexualidade ou homossexualidade efetiva. Estas senhoras, muitas trabalharam como prostitutas, eram viciadas em drogas ou viviam boa parte entregues ao álcool, merecem todo nosso respeito. Além de serem precursoras do feminismo, pois romperam barreiras em tempos bem difíceis, amargavam sua solidão motivadas pelo preconceito em relação a cor de sua pele, como aconteceu a Lady Day quê, quando tocava com Artie Shaw, teve que esperar muitas vezes dentro do ônibus, enquanto uma cantora branca cantava os arranjos que haviam sido feitos especialmente para ela, Bilie Holiday. Foram humilhadas, mas, nunca servis; lutaram com garra e competência, eram mulheres de fibra e cheias de muito amor. Ouvir Billie cantar Strange Fruit, uma das primeiras canções de protestos, sem medo, apenas com dor na alma, é demais para quem tem sentimentos. O brilho nos olhos de Billie, fosse quando cantava sobre dor de amor ou sobre dor da dor, é insubstituível. Viva elas, nossas Divas do Blues, viva Billie Holiday, aquela que quando canta parte o coração da gente; linda, magnifica, incomparável, Lady Day.

O amor vai fazer você beber e cair
Vai fazer você ficar a noite toda se repetindo

O amor vai fazer você fazer coisas
Que você sabe que são erradas

Mas, se você me tratar bem, querido
Eu estarei em casa todos os dias

Mas, se você continuar a ser tão mau pra mim, querido
Eu sei que você vai acabar comigo

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Título:Fine and Mellow

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