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O problema do outro

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Categoria: Outros
O problema do outro

Nada como um dia depois do outro. Ouvi isto milhares de vezes, e em algumas delas quase acreditei, no entanto na maioria das vezes, o meu interior marado e resistente ao pensamento formado, à frase feita e assim por diante, sempre retorquia internamente numa reposta um pouco estúpida mas não absolutamente desprovida de razão, porque naqueles momentos era só o que me poderia ocorrer: Nada como problemas resolvidos, nada como no dia que vem depois do outro as situações complicadas que vivemos hoje já não existirem ou pelo menos terem-se descompicado. Na vida que vivemos neste mundo, todos os dias ocorrem situações que nos perturbam, que nos afligem, e ainda assim, precisamos sempre insistir em viver com o maior dos sorrisos, porque as alegrias dos outros não têm culpa das nossas tristezas, afinal eles também têm problemas e não queríamos vê-los a descarregar em cima de nós quando as nossas vidas têm os seus momentos cinzentos, nem mesmo nos dias ensolarados de primavera.

Na verdade, quando nos pomos a pensar sobre nós próprios encontramos características de altruísmo, de solidariedade, de compreensão, de amizade e muitas outras qualidade fascinantes, porém, se pensarmos mais a fundo, muitas vezes não temos paciência para aturar os maus humores dos que ao nosso lado definham com problemas que não conseguem resolver, e somos capazes de responder torto, e de nos queixar aos outros, que por sua vez corroboram o nosso azedume momentâneo dizendo-nos que temos razão que não há direito de nos virem com disposições enviesadas porque não temos culpa dos seus dilemas e das suas aflições.

Realmente não temos culpa. Realmente não contribuímos para as situações que nos são completamente alheias, no entanto, enquanto colegas, enquanto amigos, ou apenas enquanto pessoas que cruzamos o mesmo espaço, somos chamado não a ser indiferentes para com as pessoas que passam ao nosso lado, mas a determinar as causas dos seus argumentos fora de propósito afim de podermos de alguma forma contribuir diminuir a amargura das pessoas em causa. Somos chamados a travar a hemorragia de problemas e não a potenciá-la.

A vida é um emaranhado de situações, e de pessoas que vivem misturados num mesmo espaço. Quando as situações atingem as pessoas, necessariamente quem está à volta do indivíduo atingido, acaba por sofrer os efeitos colaterais, e precisamos estar preparados, não para ripostar, mas para minorar as causas, levando a uma conclusão vantajosa para todos, os primeiros porque vêm os seus males diminuídos e os restantes porque acabam por se sentir úteis no seio da comunidade de que são parte integrante.

Ana Sebastião

Título: O problema do outro

Autor: Ana Sebastião (todos os textos)

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Fine and Mellow

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Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: Música
Fine and Mellow\"Rua
"O amor é como uma torneira
Que você abre e fecha
Às vezes quando você pensa que ela está aberta, querido
Ela se fechou e se foi"
(Fine and Melow by Billie Holiday)

Ao assistir a Bio de Billie Holiday, ocorreu-me a questão Bluesingers x feminismo, pois quem ouve Blues, especialmente as mais antigas, as damas dos anos 10, 20, 30, 40, 50, há de pensar que eram mulheres submissas ao machismo e maldade de seus homens. Mas, as cantoras de Blues, eram mulheres extremamente independentes; embora cantassem seus problemas, elas não eram submissas a ponto de serem ultrajadas, espancadas... Eram submissas, sim, ao amor, ao bom trato... Essas mulheres, durante muito tempo, tiveram de se virar sozinhas e sempre que era necessário, ficavam sós ou mudavam de parceiros ou assumiam sua bissexualidade ou homossexualidade efetiva. Estas senhoras, muitas trabalharam como prostitutas, eram viciadas em drogas ou viviam boa parte entregues ao álcool, merecem todo nosso respeito. Além de serem precursoras do feminismo, pois romperam barreiras em tempos bem difíceis, amargavam sua solidão motivadas pelo preconceito em relação a cor de sua pele, como aconteceu a Lady Day quê, quando tocava com Artie Shaw, teve que esperar muitas vezes dentro do ônibus, enquanto uma cantora branca cantava os arranjos que haviam sido feitos especialmente para ela, Bilie Holiday. Foram humilhadas, mas, nunca servis; lutaram com garra e competência, eram mulheres de fibra e cheias de muito amor. Ouvir Billie cantar Strange Fruit, uma das primeiras canções de protestos, sem medo, apenas com dor na alma, é demais para quem tem sentimentos. O brilho nos olhos de Billie, fosse quando cantava sobre dor de amor ou sobre dor da dor, é insubstituível. Viva elas, nossas Divas do Blues, viva Billie Holiday, aquela que quando canta parte o coração da gente; linda, magnifica, incomparável, Lady Day.

O amor vai fazer você beber e cair
Vai fazer você ficar a noite toda se repetindo

O amor vai fazer você fazer coisas
Que você sabe que são erradas

Mas, se você me tratar bem, querido
Eu estarei em casa todos os dias

Mas, se você continuar a ser tão mau pra mim, querido
Eu sei que você vai acabar comigo

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Sayonara Melo

Título:Fine and Mellow

Autor:Sayonara Melo(todos os textos)

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