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Início > Textos > Categoria > Literatura > Amélia e a mulher do lago

Amélia e a mulher do lago

Categoria: Literatura
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Amélia e a mulher do lago

Certa noite, Amélia, uma jovem camponesa que morava em Akranes, uma cidade na parte ocidental da Islândia ouve um barulho do lado de fora e resolve ver o que era, ao longe, percebeu um vulto luminoso e resolveu segui-lo, com essa atitude, a menina acaba chegando a beira de um lago no meio da floresta, já ouvia-se boatos desse lago, que era perigoso, que ninguém podia nadar nele que morria afogado, que coisas estranhas aconteciam ali, e muitas outras histórias terríveis.

Chegando de frente ao lago, a menina ficou curiosa, o vulto havia sumida, fazia frio, as estrelas ficavam opacas à luz do luar, era lua cheia; ela parecia maior que nos outros dias; talvez fosse porque dali, a única coisa visível era a lua, a menina percebendo que não haveria mais o que fazer, resolve voltar para sua casa, quando ouve uma voz sua:

_Hei, eu estou aqui? Venha me ver?
Era uma voz vindo de dentro do lago, quando a menina resolve olhar; era o reflexo de uma garotinha, pálida como a neve e olhos azuis como o céu, mas com um ar fúnebre, como se já tivesse morrido há décadas.
_O que você está fazendo ai, menina? Como entrou ai?
Quis saber Amélia curiosa. A menina responde, que há 10 anos vivia ali dentro, que seus pais há jogaram no rio, e afogaram-na lhe jogando uma praga que ela só sairia dali quando completasse 27 anos, e só depois viveria em paz em outro plano. Só posso sair rapidinho, em forma de luz, e por no máximo dois a três minutos.
_Mas o por quê fizeram isso? Prosseguia Amélia.
_Diziam que era porque eu era muito travessa, mas não, soube que meus pais fizeram um pacto com o demônio e que iriam ganhar muita riqueza, poucos dias depois, soube que foram em embora porque ganharam muito dinheiro. Explicava a menina.
Comovida, a menina Amélia passou a ir todas as noites conversar com a garotinha do lago, a pobre, nem nome tinha mais, queria ser chamada de a menina do lago, e nunca revelou seu nome real a Amélia; eram conversas, risadas, histórias e brincadeiras, até que aos poucos 10 anos se passam; ignorando as mudanças da vida, adolescência, namorados e mais detalhes da infância, Amélia desfrutava sua vida, com a morte da garotinha do lado.

Certa noite, Amélia vai ao lago, e não encontra sua amiga, passara 10 anos rapidamente, Amélia tinha 8 quando encontrara a menina do lago, a menina, provavelmente tinha 7, e completara o período de sua prisão no lago. Sem saber o que fazer, Amélia põe-se a chorar, sozinha, sem ninguém, ela havia feito da menina do lago sua única amiga e confidente, então sem pensar duas vezes, atira-se ao lago morre afogada.

Dizem que Deus castiga quem tira a própria vida, disse não se sabe ao certo, o que se sabe, é que ainda hoje, uma luz branca, ainda aparece de vez em quando em Akranes, e muitos dizem que é Amélia, a mulher que morreu no lago.


José de Sousa Magalhães

Título: Amélia e a mulher do lago

Autor: José de Magalhães (todos os textos)

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Fine and Mellow

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Tema: Música
Fine and Mellow\"Rua
"O amor é como uma torneira
Que você abre e fecha
Às vezes quando você pensa que ela está aberta, querido
Ela se fechou e se foi"
(Fine and Melow by Billie Holiday)

Ao assistir a Bio de Billie Holiday, ocorreu-me a questão Bluesingers x feminismo, pois quem ouve Blues, especialmente as mais antigas, as damas dos anos 10, 20, 30, 40, 50, há de pensar que eram mulheres submissas ao machismo e maldade de seus homens. Mas, as cantoras de Blues, eram mulheres extremamente independentes; embora cantassem seus problemas, elas não eram submissas a ponto de serem ultrajadas, espancadas... Eram submissas, sim, ao amor, ao bom trato... Essas mulheres, durante muito tempo, tiveram de se virar sozinhas e sempre que era necessário, ficavam sós ou mudavam de parceiros ou assumiam sua bissexualidade ou homossexualidade efetiva. Estas senhoras, muitas trabalharam como prostitutas, eram viciadas em drogas ou viviam boa parte entregues ao álcool, merecem todo nosso respeito. Além de serem precursoras do feminismo, pois romperam barreiras em tempos bem difíceis, amargavam sua solidão motivadas pelo preconceito em relação a cor de sua pele, como aconteceu a Lady Day quê, quando tocava com Artie Shaw, teve que esperar muitas vezes dentro do ônibus, enquanto uma cantora branca cantava os arranjos que haviam sido feitos especialmente para ela, Bilie Holiday. Foram humilhadas, mas, nunca servis; lutaram com garra e competência, eram mulheres de fibra e cheias de muito amor. Ouvir Billie cantar Strange Fruit, uma das primeiras canções de protestos, sem medo, apenas com dor na alma, é demais para quem tem sentimentos. O brilho nos olhos de Billie, fosse quando cantava sobre dor de amor ou sobre dor da dor, é insubstituível. Viva elas, nossas Divas do Blues, viva Billie Holiday, aquela que quando canta parte o coração da gente; linda, magnifica, incomparável, Lady Day.

O amor vai fazer você beber e cair
Vai fazer você ficar a noite toda se repetindo

O amor vai fazer você fazer coisas
Que você sabe que são erradas

Mas, se você me tratar bem, querido
Eu estarei em casa todos os dias

Mas, se você continuar a ser tão mau pra mim, querido
Eu sei que você vai acabar comigo

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Sayonara Melo

Título:Fine and Mellow

Autor:Sayonara Melo(todos os textos)

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