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Jogue xadrez no gelo!

Categoria: Desporto
Visitas: 2
Comentários: 1
Jogue xadrez no gelo!

Aquela modalidade esquisita, que a maior parte de nós apenas conhece de ver na televisão, em que é lançada uma espécie de panela, numa pista de gelo, para um alvo desenhado no chão, sendo o transcorrer do percurso acompanhado de perto por jogadores com “esfregonas”, chama-se curling. Bem podia ter sido inventado por donas de casa mais ou menos desesperadas à procura de variantes mais aprazíveis das suas lides habituais ou de propósitos distintos para as suas utilidades domésticas, mas consta que nasceu na Escócia, remontando a primeira referência a 1541.

Nos primórdios, as pedras resumiam-se a calhaus apanhados nos rios, suavemente lapidados para poderem deslizar. Ainda assim, o controlo por parte do lançador era muito relativo e a vitória dependia mais da sorte do que da destreza. Presentemente, joga-se com pedras de granito, minuciosamente cortadas, que pesam no máximo 20 quilos.

O curling apresenta singularidades, e dado que exige precisão e inteligência para dominar as tácticas complexas que emprega, é também conhecido como o “xadrez no gelo”. Joga-se numa superfície de gelo, a cinco graus negativos, com 44,5 metros de comprimento e 4,2 a cinco metros de largura, que tem de estar inteiramente nivelada.

A força de pernas aplicada pelo lançador é o factor mais importante no lançamento. Para lançar a pedra, ele posiciona um dos pés, que tem um sapato antiderrapante, num apoio, e o outro, com sapato de sola deslizante, no gelo. As pedras não são empurradas, mas sim levadas com o lançador, que depois as larga. Após o lançamento, dois jogadores da mesma equipa vão varrer o gelo com vassouras especiais. Varrendo rapidamente, derretem-no numa perspectiva de aumentar a velocidade da pedra e/ou encaminhá-la no sentido da trajectória pretendida. Um terceiro jogador, que se encontra no fundo do ringue para avaliar o caminho da bola, avisa os varredores. Se algum município desconfia destas habilidades e rapidez com a vassoura, tais atletas não terão dificuldade nenhuma em arranjar emprego na limpeza das ruas…!

Qualquer jogo é formado por dez ends. Num end, cada um dos quatro jogadores da equipa (curlers) lança duas pedras, sendo que os lançamentos vão sendo feitos de forma alternada pelas equipas.

O curling integra o programa oficial dos Jogos Olímpicos de Inverno desde 1998. É assaz popular no Canadá, na Escócia e em vários países do Norte da Europa, estando a angariar, igualmente, adeptos no Japão, na China e na Coreia do Sul.

A título de curiosidade, pode recuar-se à etimologia do termo “curling”. Esta palavra nasceu em 1620 e deriva do inglês “curr”, que significa “ruído”, numa clara alusão ao barulho das pedras a deslizar no gelo. O verbo “to curl”, utilizado quando algo se desvia da trajectória, advém deste vocábulo.



Maria Bijóias

Título: Jogue xadrez no gelo!

Autor: Maria Bijóias (todos os textos)

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Comentários     ( 1 )    recentes

Comentários - Jogue xadrez no gelo!

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Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

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Tema: DVD Filmes
Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.\"Rua
Este texto irá falar sobre o filme Ex_Machina, nele podem e vão ocorrer Spoillers, então se ainda não viram o filme, vejam e voltem depois para lê-lo.

Impressões iniciais:

Ponto para o filme. Já que pela sinopse baixei a expectativa ao imaginar que era apenas mais um filme de robôs com complexo de Pinóquio, mas evidentemente que é muito mais que isso.

Desde as primeiras cenas é possível perceber que o filme tem algo de especial, pois não vemos uma cena de abertura com nenhuma perseguição, explosão ou ação sem propósito, típica em filmes hollywoodianos.
Mais um ponto, pois no geral o filme prende mais nos diálogos cerebrais do que na história em si, e isso é impressionante para o primeiro filme, como diretor, de Alex Garland (também roteirista do filme). O filme se mostrou eficiente em criar um ambiente de suspense, em um enredo, aparentemente sem vilões ou perigos, que prende o espectador.

Entrando um pouco no enredo, não é difícil imaginar que tem alguma coisa errada com Nathan Bateman (Oscar Isaac), que é o criador do android Ava (Alicia Vikander), pois ele vive isolado, está trabalhando num projeto de Inteligência Artificial secreto e quando o personagem orelha, Caleb Smith (Domhnall Gleeson), é introduzido no seu ambiente, o espectador fica esperando que em algum momento ele (Nathan) se mostrará como vilão. No entanto isso ocorre de uma forma bastante interessante no filme, logo chegaremos nela.

Falando um pouco da estética do filme, ponto para ele de novo, pois evita a grande cidade (comum nos filmes de FC) como foco e se concentra mais na casa de Nathan, que fica nas montanhas cercadas de florestas e bastante isolado. Logo de cara já é possível perceber que a estética foi pensada para ser lembrada, e não apenas um detalhe no filme. A pesar do ambiente ser isolado era preciso demonstras que os personagens estão em um mundo modernizado, por isso o cineasta opta por ousar na arquitetura da casa de Nathan.

A casa é nesses moldes novos onde a construção se mistura com o ambiente envolta. Usando artifícios como espelhos, muitas paredes de vidro, estruturas de madeira e rochas, dando a impressão de camuflagem para a mesma, coisa que os ambientalistas julgam favorável à natureza. Por dentro se pode ver de forma realista como podem ser as smart-house, não tenho certeza se o termo existe, mas cabe nesse exemplo. As paredes internas são cobertas com fibra ótica e trocam de cor, um efeito que além de estético ajuda a criar climas de suspense, pois há momentos onde ocorrem quedas de energia, então fica tudo vermelho e trancado.

O papel de Caleb á ajudar Nathan a testar a IA de AVA, mas com o desenrolar da história Nathan revela que o verdadeiro teste está em saber se Ava é capaz de “usar”, ou “se aproveitar” de Caleb, que se demonstra ser uma pessoa boa.

Caleb é o típico nerd introvertido, programador, sem amigos, sem família e sem namorada. Nathan também representa a evolução do nerd. O nerd nos dias de hoje. Por fora o cara é careca, barbudão com uns traços orientais (traços indianos, pois a Índia também fica no Oriente), bebê bastante e ao mesmo tempo malha e mantém uma dieta saudável pra compensar. E por dentro é um gênio da programação que criou, o google, o BlueBook, que é um sistema de busca muito eficiente.

Destaque para um diálogo sobre o BlueBook, onde Nathan fala para Caleb:
“Sabe, meus concorrentes estavam tão obcecados em sugar e ganhar dinheiro por meio de compras e mídia social. Achavam que ferramenta de pesquisa mapeava O QUE as pessoas pensavam. Mas na verdade eles eram um mapa de COMO as pessoas pensavam”.

Impulso. Resposta. Fluido. Imperfeição. Padronização. Caótico.

A questão filosófica vai além disso esbarrando no conceito de “vontade de potência”, de Nietzche, mas sobre isso não irei falar aqui, pois já há textos muito bons por aí.

Tem outra coisa que o filme me lembrou, que eu não sei se é referência ou se foi ocasional, mas o local onde Ava está presa e a forma como ela fica deitada num divã, e questiona se Caleb a observa por detrás das câmeras, lembra o filme “A pele que habito” de Almodóvar, um outro filme excelente que algum dia falarei por aqui.

Talvez seja uma versão “O endoesqueleto de metal e silicone que habito”, ou “O cérebro positrônico azul que habito”, mesmo assim não podia deixar de citar a cena por que é muito interessante.

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Jhon Erik Voese

Título:Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

Autor:Jhon Erik Voese(todos os textos)

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Comentários

  • Suassuna 11-09-2015 às 02:03:47

    Gostei do texto, irei conferir o filme.

    ¬ Responder
  • Jhon Erik VoeseJhon Erik Voese

    15-09-2015 às 15:51:02

    Que bom, obrigado! Espero que goste do filme também!

    ¬ Responder

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