O (imprescindível) papel da mulher na Igreja Católica
Categoria: Outros
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A figura de Jesus apaixona muita gente, entre católicos e não católicos. De facto, a Sua irreverência, criatividade, simplicidade desconcertante, coragem, docilidade e capacidade de desafiar (movido pela justiça e não por rebeldia) o poder instituído suscitam admiração e convidam à reflexão.
A questão do papel da mulher na Igreja pode ser lida à luz da actuação do fundador do Cristianismo: o próprio Cristo. Numa sociedade em que as estruturas patriarcais relegavam a mulher para segundo plano (ou terceiro, ou quarto…), tal-qualmente os marginalizados, Jesus Cristo teve a audácia de Se aproximar delas, de lhes delegar tarefas e de as tratar com igualdade. São Paulo dá-nos a conhecer mulheres concretas e as funções que elas desempenhavam nas comunidades a que pertenciam, havendo marcas dessa presença.
Não obstante, é sabido que à mulher não são permitidos determinados tipos de participação eclesiástica, à semelhança do que acontece noutros âmbitos, desde a política, à cultura e à ciência, tal como sucedia na Idade Média, onde não se previa um lugar para as mulheres na vida pública. Ainda assim, há teólogos que defendem que no Cristianismo a mística das mulheres, o seu encontro com Deus, é substancialmente mais forte do que em qualquer outra religião. Por outro lado, as correntes marianas dentro da Igreja Católica vieram melhorar a condição da mulher, salvando-a, inclusive, de circunstâncias que ditavam aos maridos uma pretensa legitimidade de as considerar como “propriedade” sua.
No século xix ocorreu a explosão das congregações femininas, que mais do que à oração, se dedicavam à prestação de cuidados de saúde, à educação e à caridade. As abadessas dos conventos, sobretudo nos países germânicos, funcionavam como conselheiras dos bispos, exercendo um poder e uma influência não raras vezes bastante superior aos do clero em geral. Houve mulheres, como Brígida da Suécia ou Catarina de Sena, que tiveram a ousadia de interpelar os homens do seu tempo e pôr em causa o rumo que eles levavam e a direcção da própria Igreja, o que para a época era um inqualificável atrevimento.
Actualmente, e dado que as nações passaram a assumir a responsabilidade de apoio à pobreza, a acção das religiosas dirige-se mais para franjas da sociedade e problemáticas emergentes ainda sem resposta civil. É o caso do auxílio às prostitutas oferecido pelas Irmãs Oblatas e da ajuda a mulheres vítimas de tráfico sexual, dispensada pelas Irmãs Adoradoras. Trata-se de um empenho na linha da frente da promoção humana em Portugal, cujo lema poderia ser: «De mulher para mulher.»
Certo é que a Igreja não seria o que é se não se constatasse a presença de inúmeras mulheres em áreas como a maternidade, a assistência e a transmissão da fé. Mas há quem reclame para a mulher mais, que é como quem diz um aproveitamento adequado dos valiosos talentos femininos, reclamando o direito de acesso aos ministérios consagrados, mormente numa altura de crise de vocações. Por enquanto, contudo, mantém-se a exclusividade no que respeita à ordenação sacerdotal de homens, embora as responsabilidades da mulher estejam nitidamente a crescer. Afinal, complexos de inferioridade e superioridade à parte, não existem papéis maiores ou menores no cenário da missão evangelizadora; o que há é protagonismos diferentes com a mesma dignidade.
A questão do papel da mulher na Igreja pode ser lida à luz da actuação do fundador do Cristianismo: o próprio Cristo. Numa sociedade em que as estruturas patriarcais relegavam a mulher para segundo plano (ou terceiro, ou quarto…), tal-qualmente os marginalizados, Jesus Cristo teve a audácia de Se aproximar delas, de lhes delegar tarefas e de as tratar com igualdade. São Paulo dá-nos a conhecer mulheres concretas e as funções que elas desempenhavam nas comunidades a que pertenciam, havendo marcas dessa presença.
Não obstante, é sabido que à mulher não são permitidos determinados tipos de participação eclesiástica, à semelhança do que acontece noutros âmbitos, desde a política, à cultura e à ciência, tal como sucedia na Idade Média, onde não se previa um lugar para as mulheres na vida pública. Ainda assim, há teólogos que defendem que no Cristianismo a mística das mulheres, o seu encontro com Deus, é substancialmente mais forte do que em qualquer outra religião. Por outro lado, as correntes marianas dentro da Igreja Católica vieram melhorar a condição da mulher, salvando-a, inclusive, de circunstâncias que ditavam aos maridos uma pretensa legitimidade de as considerar como “propriedade” sua.
No século xix ocorreu a explosão das congregações femininas, que mais do que à oração, se dedicavam à prestação de cuidados de saúde, à educação e à caridade. As abadessas dos conventos, sobretudo nos países germânicos, funcionavam como conselheiras dos bispos, exercendo um poder e uma influência não raras vezes bastante superior aos do clero em geral. Houve mulheres, como Brígida da Suécia ou Catarina de Sena, que tiveram a ousadia de interpelar os homens do seu tempo e pôr em causa o rumo que eles levavam e a direcção da própria Igreja, o que para a época era um inqualificável atrevimento.
Certo é que a Igreja não seria o que é se não se constatasse a presença de inúmeras mulheres em áreas como a maternidade, a assistência e a transmissão da fé. Mas há quem reclame para a mulher mais, que é como quem diz um aproveitamento adequado dos valiosos talentos femininos, reclamando o direito de acesso aos ministérios consagrados, mormente numa altura de crise de vocações. Por enquanto, contudo, mantém-se a exclusividade no que respeita à ordenação sacerdotal de homens, embora as responsabilidades da mulher estejam nitidamente a crescer. Afinal, complexos de inferioridade e superioridade à parte, não existem papéis maiores ou menores no cenário da missão evangelizadora; o que há é protagonismos diferentes com a mesma dignidade.