Abrir a boca para ouvir?!
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E que tal abrir a boca para ouvir? Investigadores pensam ter encontrado no mundo animal a solução para certos tipos de surdez em humanos.
Um grupo de cientistas, numa investigação coordenada por Renaud Boistel do Centro Nacional Francês para a Investigação Científica, descobriu que afinal as rãs Gardiner, das ilhas Seychelles (Oceano Índico), conseguem ouvir com a boca.
Até esta investigação ser feita acreditava-se que esta espécie de anfíbios era totalmente surda.
Os investigadores concluíram que esta espécie de rãs usa a cavidade bucal para receber e retransmitir os sinais sonoros ao cérebro.
As rãs geralmente não possuem ouvidos externos, mas têm um ouvido médio com tímpano. E era a falta desse ouvido médio nestas rãs que induzia erroneamente ao pensamento que eram surdas.
Os cientistas instalaram sistemas de alta voz na floresta e reproduziram gravações do coaxar de outras rãs. Para surpresa os machos Gardiner responderam imediatamente.
Justin Gerlach, do Fundo de Proteção da Natureza das Seychelles e membro da equipa de investigadores, disse à BBC que o barulho feito pelas rãs: “É um grito muito alto e agudo”. Ao ouvirem, os machos respondem. “Mudam de posição ou, muitas vezes, respondem à chamada”.
Os cientistas fizeram radiografias à rã e após analisadas verificaram a existência de pequenas membranas entre a cavidade bucal e o ouvido interno, chegando á conclusão de que a boca funciona como um amplificador que estimula essas membranas a emitir os sons ao ouvido interno.
"Esta combinação da cavidade bucal e da cavidade óssea permite às rãs Gardiner perceber os sons sem utilizarem um ouvido médio", conclui Boistel.
Boistel acredita ainda que esta descoberta pode ser aplicada na medicina, pode ajudar a estudar formas que levem á solução de determinados tipos de surdez nos humanos.
Curiosidade também é que estas rãs têm só um centímetro de comprimento e apenas vivem nas ilhas Seychelles (Oceano Índico), e tendo em conta as limitações geográfica correm perigo de ser considerada espécie em vias de extinção, quer por degradação natural do seu habitat, quer por ação humana, como destruição do seu habitat em prol da agricultura e do “desenvolvimento”.
Este estudo foi publicado na revista Proceedings of the Natural Academy of Sciences (PNAS), da Academia Americana de Ciências.
Um grupo de cientistas, numa investigação coordenada por Renaud Boistel do Centro Nacional Francês para a Investigação Científica, descobriu que afinal as rãs Gardiner, das ilhas Seychelles (Oceano Índico), conseguem ouvir com a boca.
Até esta investigação ser feita acreditava-se que esta espécie de anfíbios era totalmente surda.
Os investigadores concluíram que esta espécie de rãs usa a cavidade bucal para receber e retransmitir os sinais sonoros ao cérebro.
As rãs geralmente não possuem ouvidos externos, mas têm um ouvido médio com tímpano. E era a falta desse ouvido médio nestas rãs que induzia erroneamente ao pensamento que eram surdas.
Os cientistas instalaram sistemas de alta voz na floresta e reproduziram gravações do coaxar de outras rãs. Para surpresa os machos Gardiner responderam imediatamente.
Justin Gerlach, do Fundo de Proteção da Natureza das Seychelles e membro da equipa de investigadores, disse à BBC que o barulho feito pelas rãs: “É um grito muito alto e agudo”. Ao ouvirem, os machos respondem. “Mudam de posição ou, muitas vezes, respondem à chamada”.
Os cientistas fizeram radiografias à rã e após analisadas verificaram a existência de pequenas membranas entre a cavidade bucal e o ouvido interno, chegando á conclusão de que a boca funciona como um amplificador que estimula essas membranas a emitir os sons ao ouvido interno.
"Esta combinação da cavidade bucal e da cavidade óssea permite às rãs Gardiner perceber os sons sem utilizarem um ouvido médio", conclui Boistel.
Boistel acredita ainda que esta descoberta pode ser aplicada na medicina, pode ajudar a estudar formas que levem á solução de determinados tipos de surdez nos humanos.
Este estudo foi publicado na revista Proceedings of the Natural Academy of Sciences (PNAS), da Academia Americana de Ciências.
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Comentários ( 2 ) recentes
- Vicente
18-08-2014 às 06:05:56Muito rico esse texto, super brutal!
¬ Responder - tete
09-09-2013 às 21:18:18absolutamente fantástico
¬ Responder