Madagáscar – ponto de apoio estratégico no meio do oceano
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Madagáscar é a quinta maior ilha mundial, com 587 mil quilómetros quadrados, avistada em primeiro lugar pelo português Diogo Dias, em 1500. Os Portugueses estabeleceram nela um ponto de apoio às suas frotas marítimas na rota para o Oriente até meados do século xvi, mas em 1886 a França transformou Madagáscar numa colónia sua.
Consta que Madagáscar representava uma importante alternativa na rota da Índia, sobretudo a ilha de São Lourenço, tida como um ponto-chave da denominada “rota por fora”, que sublimava os dissabores da invernada em Moçambique, bem como do regime de monções entre a costa de África e a da Índia. A sucessão de naufrágios impunha a necessidade de um ponto de reunião para os barcos que os temporais dispersavam e para os náufragos que se revelassem capazes de chegar à ilha.
Reza a tradição indígena que muitos foram os descobridores portugueses naufragados que atingiram Madagáscar, vivendo no interior da ilha e deixando descendentes mestiços no Sudoeste. Santa Cruz, por exemplo, é uma ilhota do rio Fanjahira supostamente povoada por inúmeros homens brancos que ali naufragaram e que construíram uma fortaleza em cujas pedras estavam sulcadas as armas de Portugal, a cruz de Cristo e outros elementos portugueses e cristãos. Nomes como João Pinto, Ana Pinta e João Rebelo eram bastante comuns no seio das principais famílias por volta de 1613, mercê da copiosa prole destes homens lusos que casaram com mulheres indígenas e da influência que exerciam por aquelas paragens. Em acréscimo, para além do sinal da cruz, assaz venerado, e dos nomes lusitanos, ficaram também para a posteridade alguns vocábulos portugueses.
Nos finais do século xvi já se sabia que a terra de Madagáscar era fértil e dava milho, legumes, cidra, lima, cana-de-açúcar e gengibre, sendo igualmente muito profícua em fontes e ribeiras, silvados e bosques desertos, que albergavam inúmeros animais selvagens. Paralelamente, foram descobertas minas de ferro, cobre e prata.
No que se refere à biodiversidade, Madagáscar é a terra com maior variedade de fauna e flora do mundo, acolhendo milhares de espécies de pássaros, répteis e anfíbios fundamentais para a vida na floresta. Existem em Madagáscar cerca de 12 mil tipos de plantas, algumas com mais de 80 milhões de anos (sendo que várias centenas só se encontram aqui), possuindo grande quantidade delas propriedades terapêuticas, como é o caso da Rosy Periwinkle, de onde se extraem os dois únicos princípios activos aplicados pelos laboratórios farmacêuticos no tratamento de certas formas de leucemia infantil.
Uma vez que em 2009 um inventário dos anfíbios de Madagáscar veio dar conta de aproximadamente duzentas espécies de rãs até aí desconhecidas, é admissível que a biodiversidade da ilha esteja ainda subestimada. Porque não vem confirmar?
Consta que Madagáscar representava uma importante alternativa na rota da Índia, sobretudo a ilha de São Lourenço, tida como um ponto-chave da denominada “rota por fora”, que sublimava os dissabores da invernada em Moçambique, bem como do regime de monções entre a costa de África e a da Índia. A sucessão de naufrágios impunha a necessidade de um ponto de reunião para os barcos que os temporais dispersavam e para os náufragos que se revelassem capazes de chegar à ilha.
Reza a tradição indígena que muitos foram os descobridores portugueses naufragados que atingiram Madagáscar, vivendo no interior da ilha e deixando descendentes mestiços no Sudoeste. Santa Cruz, por exemplo, é uma ilhota do rio Fanjahira supostamente povoada por inúmeros homens brancos que ali naufragaram e que construíram uma fortaleza em cujas pedras estavam sulcadas as armas de Portugal, a cruz de Cristo e outros elementos portugueses e cristãos. Nomes como João Pinto, Ana Pinta e João Rebelo eram bastante comuns no seio das principais famílias por volta de 1613, mercê da copiosa prole destes homens lusos que casaram com mulheres indígenas e da influência que exerciam por aquelas paragens. Em acréscimo, para além do sinal da cruz, assaz venerado, e dos nomes lusitanos, ficaram também para a posteridade alguns vocábulos portugueses.
Nos finais do século xvi já se sabia que a terra de Madagáscar era fértil e dava milho, legumes, cidra, lima, cana-de-açúcar e gengibre, sendo igualmente muito profícua em fontes e ribeiras, silvados e bosques desertos, que albergavam inúmeros animais selvagens. Paralelamente, foram descobertas minas de ferro, cobre e prata.
Uma vez que em 2009 um inventário dos anfíbios de Madagáscar veio dar conta de aproximadamente duzentas espécies de rãs até aí desconhecidas, é admissível que a biodiversidade da ilha esteja ainda subestimada. Porque não vem confirmar?
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Comentários ( 1 ) recentes
Sophia
13-06-2014 às 18:43:04Linda Madagáscar! Quanta beleza e riqueza! Uma história que fica em nossa memória, mesmo sabendo a quem pertence. podemos vislumbrar toda a sua originalidade. É a partir dela que vemos o quanto Deus faz tudo perfeito!
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Cumprimentos,
Sophia
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